Placas inovadoras para revestimento interior de edifícios com capacidade de regulação térmica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aguiar, Ingried
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Cunha, Sandra Raquel Leite, Aguiar, J. L. Barroso de
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1822/86607
Resumo: Atualmente, a Europa enfrenta graves problemas relacionados com o abastecimento energético, especialmente agravados pelos recentes conflitos internacionais. Por outro lado, a Europa tem também assistido a um aumento significativo dos custos da energia e perante os baixos rendimentos das famílias, a pobreza energética é cada vez mais uma realidade, fragilizando sobretudo as famílias economicamente mais desfavorecidas. Assim, cada vez mais os países da União Europeia necessitam de encontrar formas de se tornarem mais independentes energeticamente. O investimento em fontes de energia renováveis é uma forma de minimizar esta dependência energética, sem impactos danosos para o meio ambiente. Por outro lado, apostar em materiais de construção inovadores e funcionais, nomeadamente materiais de construção com capacidade de armazenamento térmico, que contribuam para o conforto energético nos edifícios, constitui também uma medida para uma maior independência energética, especialmente se estes funcionarem com base em energias renováveis. A disponibilidade de energia solar é imensa, todos os anos a energia fornecida pelo sol que atinge a superfície da terre é 10.000 vezes superior ao consumo anual de energia em todo o mundo [1]. Assim, torna-se necessário não só aumentar o recurso a fontes de energia renováveis, mas também aumentar especificamente o recurso à energia solar. Os materiais de mudança de fase (PCM) possuem a capacidade de armazenar e libertar energia de acordo com a temperatura ambiente, apenas com recurso à energia solar [2]. Nos últimos anos a sua incorporação em materiais de construção tem atraído a atenção da comunidade científica, contudo grande parte dos estudos têm se focado na utilização da técnica de encapsulamento que acarreta grande custos devido à sua necessidade de tratamento prévio [2]. A incorporação direta de PCM em argamassas permite obter uma boa capacidade de regulação térmica nos edifícios, diminuindo significativamente os custos de aquisição do PCM, uma vez que nesta técnica o material é aplicado puro, sem qualquer tratamento prévio [2]. Assim, o principal objetivo deste trabalho consistiu em desenvolver e caracterizar argamassas e placas com incorporação direta de PCM. A composição das placas foi baseada na composição de argamassas à base de cimento, com diferentes teores de PCM (0%, 5%, 10% e 20%). O comportamento das argamassas foi avaliado, no estado fresco e endurecido, com base na trabalhabilidade, resistência à compressão e desempenho térmico. O comportamento das placas foi avaliado no estado endurecido, com base na porosidade total e resistência à flexão.
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