Evolução das comunidades de macroinvertebrados bentónicos do estuário do Tejo nas últimas duas décadas: efeitos das alterações nas redes de Saneamento básico e/ou das alterações climáticas?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/26110 |
Resumo: | Tese de mestrado, Ecologia Marinha, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2016 |
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Evolução das comunidades de macroinvertebrados bentónicos do estuário do Tejo nas últimas duas décadas: efeitos das alterações nas redes de Saneamento básico e/ou das alterações climáticas?Estuário do TejoMacroinvertebrados bentónicosQualidade ecológica - AMBIAlterações climáticasDistribuição geográfica das espéciesTeses de mestrado - 2016Departamento de Biologia AnimalTese de mestrado, Ecologia Marinha, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2016Os estuários apresentam-se como um dos ecossistemas aquáticos mais importantes devido ao seu valor ecológico e elevada produtividade, em comparação com outros ecossistemas. São ambientes com uma variabilidade e dinâmica única, sendo essenciais para as comunidades de peixes, macroinvertebrados, aves e plantas. Os estuários oferecem diversos serviços ambientais, algo que influencia a população humana a se fixar nestas áreas e tem como resultado uma elevada pressão humana sobre os ecossistemas estuarinos. Para além do fator Homem, também as alterações climáticas, das quais resultam mais fenómenos meteorológicos extremos e um aumento genérico da temperatura, têm um papel na alteração destes ecossistemas. De entre os vários organismos presentes nos estuários, podem-se destacar os macroinvertebrados bentónicos, pelas suas características intrínsecas, que permitem determinar a qualidade ecológica da água desses sistemas. Trata-se de um grupo com baixa mobilidade e que vive em estreita associação com o substrato, apresentando espécies com diferentes ciclos de vida e diferentes níveis de tolerância a contaminações ou outras situações de stress, o que permite usá-los com indicadores ambientais. Este estudo incidiu na área do estuário do Tejo e teve como objetivo analisar a estrutura e dinâmica das comunidades de marcoinvertebrados para perceber se estas têm vindo a mudar nos últimos anos, e se tal se confirmasse, tentar perceber se estas alterações se deviam a alterações da qualidade da água ou a mudanças de temperatura devido a alterações climáticas. Para tal, recorreu-se a dados existentes em bases de dados do MARE - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, recolhidos no âmbito de vários projetos levados a cabo em diversas áreas do estuário, desde 1996. Apesar de nestes projetos terem sido recolhidas amostras em várias estações do ano, ao longo deste trabalho foram apenas utilizadas as amostras recolhidas no verão, para garantir uma maior homogeneidade temporal. Para fazer a caracterização das comunidades de macroinvertebrados bentónicos e perceber as possíveis variações na qualidade da água, foi utilizado o Índice Biótico Marinho (AMBI). Já para detetar um eventual impacto das alterações climáticas nestas comunidades, foi analisada a distribuição global de cada espécie, tendo em conta a sua afinidade por climas mais temperados ou subtropicais. Os resultados do presente trabalho mostraram a ocorrência de alterações nas comunidades de invertebrados bentónicos no estuário do Tejo, nos últimos anos, tanto na área intermédia, como nas baías e área inferior do estuário. Uma análise da relação dessas alterações com a qualidade ecológica e a distribuição geográfica das espécies identificadas permitiu perceber que se verificou simultaneamente uma melhoria da qualidade da água do estuário e uma alteração da composição das comunidades relativamente às suas afinidades climáticas, com um aumento da representatividade das espécies com afinidades mais meridionais. No entanto, essas variações foram mais notórias em áreas mais a montante e menos profundas do estuário, onde a influência dos eventuais constrangimentos térmicos será sempre maior.Estuaries are considered as one of the most important aquatic ecosystems because of their ecological value and high productivity, compared to other ecosystems. They are environments with a unique variability and dynamics, and are essential for fish communities, macroinvertebrates, birds and plants. Estuaries provide various environmental services, which influence the human population to settle in these areas and results in a high human pressure on estuarine ecosystems. In addition to the human factor, climate change, from which results more extreme weather events and a general rise in temperature, also has a role in changing these ecosystems. Benthic macroinvertebrates have inherent characteristics, which make them suitable to assess the ecological status of these systems. This taxonomic group has low mobility, living in close association with the substrate, featuring species with different life cycles and different levels of tolerance to contamination or other stress situations, providing the suitable characteristics to be used as environmental indicators. This study focused on the Tagus estuary area and aimed to analyze the structure and dynamics of macroinvertebrate communities, to understand if there have been significant changes in these communities in recent years. On a second stage, if these changes have been confirmed, trying to figure out if they were due to changes in water quality or temperature changes due to climate change. Benthic macroinvertebrates databases available at MARE - Faculty of Science, University of Lisbon were used for this assessment. This data was collected by several different projects carried out in various areas of the estuary since 1996. Although in these projects samples have been collected in various seasons, only samples collected during summer were used in this study to ensure greater temporal uniformity. The AZTI Marine Biotic Index (AMBI) was used to assess the ecological status based on benthic ivertebrate communities and identify possible variations in water quality. The overall distribution of each species was examined to detect any impact of climate change in these communities, ased on their affinity for more temperate or subtropical climates. The results of this study showed the occurrence of changes in benthic invertebrate communities in the Tagus estuary in recent years, both in the intermediate area, as in the bays and downstream area of the estuary. An analysis of the relationship of these changes to the ecological quality and the geographical distribution of species identified indicated a simultaneous improvement of the estuary water quality and a change in the composition of communities in relation to their climate affinities, with an increased representation of species with more southern affinities. However, these changes were more noticeable in areas farther upstream and shallower estuary, where any influence of the thermal constraints will always be greater.Costa, José Lino Vieira de Oliveira, 1964-Chainho, PaulaRepositório da Universidade de LisboaSousa, Pedro Miguel Rodrigues de2017-01-23T12:26:02Z201620162016-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/26110TID:201693399porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:16:03Zoai:repositorio.ul.pt:10451/26110Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:42:52.662641Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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