Qualidade de vida relacionada com a saúde da pessoa com Esclerose Múltipla e sintomas do trato urinário inferior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Cátia Patrícia Palhais
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=7q9GqEXg
Resumo: A EM consiste numa patologia crónica e degenerativa do SNC que ocorre tipicamente no adulto jovem assumindo um caracter de imprevisibilidade, capaz de gerar incapacidade de forma preocupante, potenciando, aos portadores da doença, uma vida de inquietações constantes. O objetivo deste estudo é descrever o impacto que os STUI apresentam na QV relacionada com a saúde, no que diz respeito às pessoas com EM. O presente estudo recorre à metodologia do tipo quantitativo, nível II, descritivo-correlacional. A amostra tem por base o tipo não probabilística acidental, sendo constituída por 72 indivíduos (50 feminino / 22 masculino), com média de idade 45,72 anos (? 10,16), que frequentaram a consulta de Enfermagem / Hospital de dia de Neurologia A, CHUC-HUC no período entre 3/12/2016 e 14/01/17. Procedeu-se à adaptação cultural e linguística do Qualiveen para Português (Europeu), instrumento que foi utilizado na colheita de dados. Os participantes fizeram-no de livre e espontânea vontade, dando o seu consentimento por escrito. Identificou-se, na sua esmagadora maioria, mais do que um STUI, sendo mais frequentes os STUI mistos. O STUI mais frequente é a urgência. O IPUQV é notório e apresentou maiores valores no sexo feminino, nos reformados, nos que necessitam de ajuda nas atividades de vida diária dentro e fora de casa e nas pessoas que usam dispositivos protetores. Apresenta correlação com a perceção da pessoa sobre a forma como urina, o número de STUI, a frequência urinária diária aumentada e os anos de evolução dos STUI. Verificaram-se ainda outras correlações fracas mas, não relevantes, e encontraram-se correlações e relações inexistentes. Em conclusão os STUI constituem um problema real das pessoas com EM, que causam impacto na sua qualidade de vida. Estes resultados urgem a necessidade cabal da intervenção ativa e imediata dos Enfermeiros de Reabilitação na identificação precoce dos STUI junto da pessoa com EM, desenhando e implementando o melhor plano de intervenção com vista à prevenção de complicações e à redução do impacto na sua vida. Sugerem-se novos estudos, averiguando quais os STUI que causam maior impacto e que técnicas de enfermagem de Reabilitação modificam o IPUQV recorrendo como método de avaliação o Qualiveen
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