Uma cidade desenhada para todos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/10459 |
Resumo: | Este artigo baseia-se numa investigação de doutoramento em curso intitulada «Design Inclusivo na Cidade - um contributo ao nível do Equipamento Urbano» que incide sobre o estudo do equipamento urbano. Questiona-se assim a exploração de possíveis soluções de desenvolvimento de equipamento urbano inclusivo standardizado numa perspectiva de desenvolvimento sustentável, que reflicta e reforce a identidade da cidade onde é aplicado. Como criar a ideia de cidade como espaço fundamental de inclusividade e acessibilidade, propiciadora de contactos e intercâmbios? Como propor a cidade como um projecto colectivo através da criação de equipamento urbano inclusivo standardizado sustentável que reflicta a identidade do local? Neste artigo reflecte-se sobre a possibilidade da ideia de “cidade projectada para todos”, como forma de criar uma malha urbana que confira a maximização e qualidade do uso do espaço público do ponto de vista do planeamento das cidades e dos seus limites, tornando-a mais amistosa para toda a população, independentemente da idade, da condição física, social, étnica, etc. Para isto acontecer uma solução poderá passar pelo desenho de equipamento urbano, que deverá ter na sua génese princípios de inclusividade, standardização, sustentabilidade e identidade/cultura. Tem-se por objectivo apresentar conceitos e um possível procedimento de avaliação e de metodologia projectual a aplicar no desenho de equipamento urbano, com enfoque na inclusividade. Com este propósito foram investigados diversos métodos de análise de equipamento urbano, bem como propostas metodológicas de projecto definidas por autores como Bernhard E. Bürdek e Bruno Munari. Os resultados indicam a relevância de dois aspectos: 1) o desenvolvimento de uma metodologia projectual e de avaliação de equipamento urbano que deverá ter em consideração a inclusividade como contexto do planeamento de uma cidade sustentável, numa perspectiva que contém factores económicos, ambientais e sociais, numa lógica metodológica do processo de projecto de equipamentos inclusivos. 2) a produção de objectos do nosso quotidiano segundo visões, do ponto de vista tecnológico (standardização) e científico que assentam em conceitos que procuram o equilíbrio entre os factores sociais, ambientais e económicos da urbe, bem como estes deverão expressar os contextos culturais em que surgiram e comunicar sobre os utilizadores, os seus modos de vida e valores. Através do processo dialógico mediado pelo design - que engloba cidade, inclusividade, standardização, sustentabilidade e identidade - todo o equipamento urbano passa a diferenciar e a valorizar o espaço público, e desta forma define padrões de qualidade nas cidades. As soluções projectuais inclusivas de equipamento urbano standardizado, identitário do local onde se insere, numa óptica de desenvolvimento sustentável, deverão ser um princípio a adoptar numa “cidade projectada para todos”. [1] Almendra, Rita, (2010), Decision Making In The Conceptual Phase Of Design Processes: A Descriptive Study Contributing For The Strategic Adequacy And Overall Quality Of Design Outcomes. Universidade Técnica De Lisboa – Faculdade De Arquitectura, Lisbon [2] Bürdek, Bernhard E. (2005). Design-The History, Theory And Practice Of Product Design.Boston. Ma, Birkhauser-Publishers For Architecture. [3] Fuad-Luke, Alastair (2002). The Eco-Design Handbook. A Complete Sourcebook For The Home And Office. London, Thames & Hudson. [4] Munari, Bruno, (1981). Das coisas nascem coisas, edições 70. [5] Secca Ruivo, Inês (2008). Design Para O Futuro. O Indivíduo Entre O Artifício E A Natureza Ph.D. Thesis. Aveiro: Universidade De Aveiro. |
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Este artigo baseia-se numa investigação de doutoramento em curso intitulada «Design Inclusivo na Cidade - um contributo ao nível do Equipamento Urbano» que incide sobre o estudo do equipamento urbano. Questiona-se assim a exploração de possíveis soluções de desenvolvimento de equipamento urbano inclusivo standardizado numa perspectiva de desenvolvimento sustentável, que reflicta e reforce a identidade da cidade onde é aplicado. Como criar a ideia de cidade como espaço fundamental de inclusividade e acessibilidade, propiciadora de contactos e intercâmbios? Como propor a cidade como um projecto colectivo através da criação de equipamento urbano inclusivo standardizado sustentável que reflicta a identidade do local? Neste artigo reflecte-se sobre a possibilidade da ideia de “cidade projectada para todos”, como forma de criar uma malha urbana que confira a maximização e qualidade do uso do espaço público do ponto de vista do planeamento das cidades e dos seus limites, tornando-a mais amistosa para toda a população, independentemente da idade, da condição física, social, étnica, etc. Para isto acontecer uma solução poderá passar pelo desenho de equipamento urbano, que deverá ter na sua génese princípios de inclusividade, standardização, sustentabilidade e identidade/cultura. Tem-se por objectivo apresentar conceitos e um possível procedimento de avaliação e de metodologia projectual a aplicar no desenho de equipamento urbano, com enfoque na inclusividade. Com este propósito foram investigados diversos métodos de análise de equipamento urbano, bem como propostas metodológicas de projecto definidas por autores como Bernhard E. Bürdek e Bruno Munari. Os resultados indicam a relevância de dois aspectos: 1) o desenvolvimento de uma metodologia projectual e de avaliação de equipamento urbano que deverá ter em consideração a inclusividade como contexto do planeamento de uma cidade sustentável, numa perspectiva que contém factores económicos, ambientais e sociais, numa lógica metodológica do processo de projecto de equipamentos inclusivos. 2) a produção de objectos do nosso quotidiano segundo visões, do ponto de vista tecnológico (standardização) e científico que assentam em conceitos que procuram o equilíbrio entre os factores sociais, ambientais e económicos da urbe, bem como estes deverão expressar os contextos culturais em que surgiram e comunicar sobre os utilizadores, os seus modos de vida e valores. Através do processo dialógico mediado pelo design - que engloba cidade, inclusividade, standardização, sustentabilidade e identidade - todo o equipamento urbano passa a diferenciar e a valorizar o espaço público, e desta forma define padrões de qualidade nas cidades. As soluções projectuais inclusivas de equipamento urbano standardizado, identitário do local onde se insere, numa óptica de desenvolvimento sustentável, deverão ser um princípio a adoptar numa “cidade projectada para todos”. [1] Almendra, Rita, (2010), Decision Making In The Conceptual Phase Of Design Processes: A Descriptive Study Contributing For The Strategic Adequacy And Overall Quality Of Design Outcomes. Universidade Técnica De Lisboa – Faculdade De Arquitectura, Lisbon [2] Bürdek, Bernhard E. (2005). Design-The History, Theory And Practice Of Product Design.Boston. Ma, Birkhauser-Publishers For Architecture. [3] Fuad-Luke, Alastair (2002). The Eco-Design Handbook. A Complete Sourcebook For The Home And Office. London, Thames & Hudson. [4] Munari, Bruno, (1981). Das coisas nascem coisas, edições 70. [5] Secca Ruivo, Inês (2008). Design Para O Futuro. O Indivíduo Entre O Artifício E A Natureza Ph.D. Thesis. Aveiro: Universidade De Aveiro. |
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