Sedentarismo, Disfunção Eréctil e Lower Urinary Tract Symptoms
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/5219 |
Resumo: | Introdução: A disfunção eréctil é definida como uma incapacidade persistente em ter ou manter uma ereção suficiente para a satisfação sexual, sendo considerada um importante problema de saúde pública. A sua prevalência aumenta com a idade, principalmente se associada a fatores de risco cardiovasculares como obesidade, tabagismo, hipertensão, diabetes e sedentarismo. Em contrapartida, a prática regular de exercício físico evidencia forte associação com a função sexual e deve ser indicada no controle dos fatores de risco e disfunção eréctil (1). Por outro lado, a dieta e o exercício físico são considerados fatores de relevo ao influenciarem positivamente a saúde prostática do homem.(2) Objetivo do estudo: Verificar a existência de uma relação entre o sedentarismo, a disfunção eréctil e os sintomas do trato urinário inferior (LUTS), pretendendo-se, também, correlacionar a disfunção eréctil e LUTS. Por outro lado, analisar a relevância estatística entre as variáveis idade, IMC e carga tabágica, por um lado, e as variáveis anteriormente descritas. Metodologia: Foi realizado um estudo prospetivo entre Novembro de 2014 e Abril de 2015 na Consulta Externa do Hospital Pêro da Covilhã. A recolha de dados do projeto baseou-se na aplicação de três questionários a cada paciente, um para avaliação do nível de atividade física, outro para averiguação da função eréctil e por fim um questionário para graduação dos sintomas miccionais (LUTS). Também foram colhidos dados relativamente à idade, peso, altura, IMC, antecedentes pessoais relevantes e carga tabágica dos pacientes. Resultados: Foram estudados 100 pacientes do sexo masculino com idades compreendidas entre os 40 e os 65 anos, apresentando uma idade média de 54,58 anos (DP 0,37). Observou-se uma correlação positiva e significativa entre o sedentarismo e quatro dimensões do IIEF (p<0,01), nomeadamente a função eréctil, o orgasmo, a satisfação no ato sexual e a satisfação geral (p<0,05). Não foi observada uma associação estatística significativa entre o sedentarismo e o desejo sexual (p=0,287). Na análise global da nossa amostra em relação aos LUTS, revelou-se uma correlação negativa e significativa com o sedentarismo (r=-0,377; p<0,01) e com as cinco dimensões do IIEF (p<0,01), demonstrando que a intensificação dos sintomas LUTS interferem negativa e proporcionalmente na disfunção eréctil (nomeadamente nas variáveis função eréctil, orgasmo, desejo sexual, satisfação no ato sexual e satisfação geral). Conclusões: Os nossos resultados estão de acordo com estudos prévios. Constatámos que o aumento do nível de atividade física diária se encontra diretamente relacionado com uma melhoria da capacidade sexual e redução dos sintomas urinários. Por outro lado, um agravamento dos LUTS interferem negativamente na função eréctil (nomeadamente nas variáveis função eréctil, orgasmo, desejo sexual, satisfação no ato sexual e satisfação geral). |
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Sedentarismo, Disfunção Eréctil e Lower Urinary Tract SymptomsDisfunção EréctilLuts.SedentarismoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: A disfunção eréctil é definida como uma incapacidade persistente em ter ou manter uma ereção suficiente para a satisfação sexual, sendo considerada um importante problema de saúde pública. A sua prevalência aumenta com a idade, principalmente se associada a fatores de risco cardiovasculares como obesidade, tabagismo, hipertensão, diabetes e sedentarismo. Em contrapartida, a prática regular de exercício físico evidencia forte associação com a função sexual e deve ser indicada no controle dos fatores de risco e disfunção eréctil (1). Por outro lado, a dieta e o exercício físico são considerados fatores de relevo ao influenciarem positivamente a saúde prostática do homem.(2) Objetivo do estudo: Verificar a existência de uma relação entre o sedentarismo, a disfunção eréctil e os sintomas do trato urinário inferior (LUTS), pretendendo-se, também, correlacionar a disfunção eréctil e LUTS. Por outro lado, analisar a relevância estatística entre as variáveis idade, IMC e carga tabágica, por um lado, e as variáveis anteriormente descritas. Metodologia: Foi realizado um estudo prospetivo entre Novembro de 2014 e Abril de 2015 na Consulta Externa do Hospital Pêro da Covilhã. A recolha de dados do projeto baseou-se na aplicação de três questionários a cada paciente, um para avaliação do nível de atividade física, outro para averiguação da função eréctil e por fim um questionário para graduação dos sintomas miccionais (LUTS). Também foram colhidos dados relativamente à idade, peso, altura, IMC, antecedentes pessoais relevantes e carga tabágica dos pacientes. Resultados: Foram estudados 100 pacientes do sexo masculino com idades compreendidas entre os 40 e os 65 anos, apresentando uma idade média de 54,58 anos (DP 0,37). Observou-se uma correlação positiva e significativa entre o sedentarismo e quatro dimensões do IIEF (p<0,01), nomeadamente a função eréctil, o orgasmo, a satisfação no ato sexual e a satisfação geral (p<0,05). Não foi observada uma associação estatística significativa entre o sedentarismo e o desejo sexual (p=0,287). Na análise global da nossa amostra em relação aos LUTS, revelou-se uma correlação negativa e significativa com o sedentarismo (r=-0,377; p<0,01) e com as cinco dimensões do IIEF (p<0,01), demonstrando que a intensificação dos sintomas LUTS interferem negativa e proporcionalmente na disfunção eréctil (nomeadamente nas variáveis função eréctil, orgasmo, desejo sexual, satisfação no ato sexual e satisfação geral). Conclusões: Os nossos resultados estão de acordo com estudos prévios. Constatámos que o aumento do nível de atividade física diária se encontra diretamente relacionado com uma melhoria da capacidade sexual e redução dos sintomas urinários. Por outro lado, um agravamento dos LUTS interferem negativamente na função eréctil (nomeadamente nas variáveis função eréctil, orgasmo, desejo sexual, satisfação no ato sexual e satisfação geral).Introduction: Erectile dysfunction is defined as the persistent inability to attain or maintain an erection sufficient for sexual satisfaction and is considered a major public health problem. Its prevalence increases with age, especially if associated with cardiovascular risk factors such as obesity, smoking, hypertension, diabetes and physical inactivity. In contrast, regular physical exercise has a strong association with sexual function and must be indicated for the control of risk factors and erectile dysfunction. (1) On the other hand, diet and exercise are considered relevant factors for the prostatic human health. (2) Objective: To test the existence of a relationship between physical inactivity, the likelihood of developing erectile dysfunction and lower urinary tract symptoms (LUTS), and the relationship between LUTS and erectile dysfunction. We also intend to analyze the statistical correlation between age, BMI (Body Mass Index), smoking history, and the variables described above. Methodology: A prospective study was conducted from November 2014 to April 2015 at the Outpatient Clinic of Cova da Beira Hospital Center. The data is based on the application of three questionnaires for each patient, one that evaluates the level of physical activity, other the degree of erectile dysfunction and finally a questionnaire that examines LUTS. The collected data included age, weight, height, BMI, relevant medical history and smoking history. Results: 100 patients were studied between 45 to 60 years of age, with an average age of 54.58 years (SD 0.37). There was a significant positive correlation between physical inactivity and four dimensions of the International Index of Erectile Function (IIEF; p <0.01), particularly erectile function, orgasm, satisfaction with sexual intercourse and overall satisfaction (p <0.05). There was no statistically significant association between sedentary lifestyle and sexual desire (p = 0.287). In the overall analysis LUTS proved to have a negative significant correlation with physical inactivity (r = -0.377; p <0.01) and the five dimensions of IIEF (P <0.01), demonstrating that an increase in LUTS negatively interferes with erectile capacity (namely variables such as erectile function, orgasmic function, sexual desire, intercourse satisfaction and overall satisfaction). Conclusions: Our results are accordant with previous studies. We found that an increase of the daily physical activity level is directly related to a decrease in LUTS. On the other hand, an increase in urinary symptoms negatively affects erectile function (in particular, the variables erectile function, orgasmic function, sexual desire, intercourse satisfaction and overall satisfaction).Pereira, Bruno Alexandre Guerra JorgeuBibliorumPinto, Eduardo Miguel de Almeida Moreira2018-07-18T16:04:03Z2016-4-12016-06-022016-06-02T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5219TID:201773538porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:42:52Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5219Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:10.730838Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: A disfunção eréctil é definida como uma incapacidade persistente em ter ou manter uma ereção suficiente para a satisfação sexual, sendo considerada um importante problema de saúde pública. A sua prevalência aumenta com a idade, principalmente se associada a fatores de risco cardiovasculares como obesidade, tabagismo, hipertensão, diabetes e sedentarismo. Em contrapartida, a prática regular de exercício físico evidencia forte associação com a função sexual e deve ser indicada no controle dos fatores de risco e disfunção eréctil (1). Por outro lado, a dieta e o exercício físico são considerados fatores de relevo ao influenciarem positivamente a saúde prostática do homem.(2) Objetivo do estudo: Verificar a existência de uma relação entre o sedentarismo, a disfunção eréctil e os sintomas do trato urinário inferior (LUTS), pretendendo-se, também, correlacionar a disfunção eréctil e LUTS. Por outro lado, analisar a relevância estatística entre as variáveis idade, IMC e carga tabágica, por um lado, e as variáveis anteriormente descritas. Metodologia: Foi realizado um estudo prospetivo entre Novembro de 2014 e Abril de 2015 na Consulta Externa do Hospital Pêro da Covilhã. A recolha de dados do projeto baseou-se na aplicação de três questionários a cada paciente, um para avaliação do nível de atividade física, outro para averiguação da função eréctil e por fim um questionário para graduação dos sintomas miccionais (LUTS). Também foram colhidos dados relativamente à idade, peso, altura, IMC, antecedentes pessoais relevantes e carga tabágica dos pacientes. Resultados: Foram estudados 100 pacientes do sexo masculino com idades compreendidas entre os 40 e os 65 anos, apresentando uma idade média de 54,58 anos (DP 0,37). Observou-se uma correlação positiva e significativa entre o sedentarismo e quatro dimensões do IIEF (p<0,01), nomeadamente a função eréctil, o orgasmo, a satisfação no ato sexual e a satisfação geral (p<0,05). Não foi observada uma associação estatística significativa entre o sedentarismo e o desejo sexual (p=0,287). Na análise global da nossa amostra em relação aos LUTS, revelou-se uma correlação negativa e significativa com o sedentarismo (r=-0,377; p<0,01) e com as cinco dimensões do IIEF (p<0,01), demonstrando que a intensificação dos sintomas LUTS interferem negativa e proporcionalmente na disfunção eréctil (nomeadamente nas variáveis função eréctil, orgasmo, desejo sexual, satisfação no ato sexual e satisfação geral). Conclusões: Os nossos resultados estão de acordo com estudos prévios. Constatámos que o aumento do nível de atividade física diária se encontra diretamente relacionado com uma melhoria da capacidade sexual e redução dos sintomas urinários. Por outro lado, um agravamento dos LUTS interferem negativamente na função eréctil (nomeadamente nas variáveis função eréctil, orgasmo, desejo sexual, satisfação no ato sexual e satisfação geral). |
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