A memória de um sistema ainda atual: Marvila

• Autor(a) principal: Serrão, Sofia Morais
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/5321
• topic: Marvila; Lisboa; azinhagas; percurso; reabilitação; património; quintas

Partindo da intenção de (re)ativar um percurso, a Azinhaga dos Alfinetes em Marvila, abre-se todo um campo de investigação que cruza a memória daquele território com a atualidade. O reconhecimento prévio da delimitação das explorações agrícolas, por um lado, e do desenvolvimento do espaço que vai da zona ribeirinha até este bairro, por outro, permite-nos encontrar razões para a sua atual configuração. Uma vez concluído o processo de reabilitação, o percurso, contido por limites pré--existentes diferentes, deverá ser capaz de ligar os lotes (antigas unidades agrícolas), unificar o território, redesenhar os acessos, interligar os equipamentos urbanos existentes e amenizar a forte separação originada pelas linhas férreas ligando as frentes sul e norte, de forma a tornar esta zona mais coesa. O estudo desses limites (em parte vazios), bem como dos das infraestruturas agrícolas e industriais, permite-nos entender a zona e o desenvolvimento da mesma. No intuito de preservar a memória e as práticas do local, o projeto propõe a reabilitação parcial da Azinhaga e da Quinta dos Alfinetes, bem como a criação de um centro cultural. Este nascerá da articulação entre os edifícios públicos envolventes e a construção de novos equipamentos com vista a fundir-se num só sistema. Perante a diversidade dos elementos existentes, propõe-se criar um sistema que garanta a sua plena integração. Trata-se de conferir às estruturas existentes uma nova dimensão de espaço público, capaz de harmonizar o território.