Otimização do consumo de matérias-primas na pedreira no processo de fabrico de cimento

• Autor(a) principal: Martins, Mafalda Soeiro
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/146925
• topic: matérias-primas fabrico de cimento; variabilidade; composição química; marga; fabrico de cimento; Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Engenharia Química

A variabilidade da composição química das matérias-primas existentes na pedreira da Secil-Outão além de dificultar a dosagem dos materiais na alimentação dos moinhos de cru, afeta a qualidade da farinha, o que se reflete na qualidade do clínquer formado e, consequentemente do cimento resultante. Assim, é fundamental que a composição química das matérias-primas apresente a menor variabilidade possível. O tema base desta dissertação foca a variabilidade da composição química da marga à entrada dos moinhos de cru, visto ser a matéria-prima com maior flutuação. Estudou-se a heterogeneidade das matérias-primas naturais, materiais de correção, matérias-primas secundárias (MPS) e farinha, concluindo-se que a marga é o material mais heterogéneo, em termos de amplitude e variabilidade dos teores dos óxidos. A adição de MPS às pegas de fogo de marga permite uma redução da variabilidade superior a 30%. O Solver do Excel permitiu obter análises químicas mais estáveis e uma maior incorporação de MPS (aumento de cerca de 17%), comparativamente à retro análise. Determinaram-se os desvios das análises químicas da marga registadas pelo analisador de raios gama (γ) relativamente à retro análise e às análises químicas da marga no moinho de cru R2, verificando-se a existência de desvios superiores a 1, em ambos os casos. Obtiveram-se os desvios entre as análises químicas do pó de perfuração do calcário e as registadas pelo analisador de raios-γ, verificando-se a necessidade de calibração dinâmica do analisador. Esta calibração não foi suficiente para baixar os desvios registados para todos os óxidos. O cálculo dos desvios entre as análises químicas do analisador de raios-γ e da marga no moinho de cru R2, considerando o desfasamento temporal entre o momento em que a marga é depositada no hangar e o momento em que é retirada, após três calibrações dinâmicas do analisador, permitiu uma redução máxima de 13% nos desvios.