Avaliação da exposição ambiental a metais em populações não ocupacionalmente exposta
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/32053 |
Resumo: | Tese de mestrado, Biologia Humana e Ambiente, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2017 |
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Avaliação da exposição ambiental a metais em populações não ocupacionalmente expostaExposição ambientalChumboArsénio e manganêsBiomardores de exposiçãoPorfirinas e ácido delta -aminolevulínico na urinaTeses de mestrado - 2017Departamento de Biologia AnimalTese de mestrado, Biologia Humana e Ambiente, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2017A qualidade do meio ambiente é fundamental para o nosso bem-estar. Uma maior prevalência de doenças não contagiosas e crónicas têm sido observadas e em parte atribuídas à exposição a substâncias tóxicas, e aos estilos de vida não saudáveis. Relativamente aos contaminantes ambientais, foram estabelecidos quatro grandes grupos, tendo em conta os seus efeitos negativos na saúde. Um destes grupos são o das substâncias químicas inorgânicas, onde se incluem alguns metais pesados. No grupo dos metais, temos aqueles que são vitais para a saúde humana, em quantidades definidas, enquanto os metalóides e a maioria dos metais pesados não desempenham qualquer função fisiológica nos humanos, podendo causar intoxicações. Os metais pesados são elementos naturais encontrados em toda a crosta terrestre, sendo caracterizados pelo seu elevado peso atómico. Os metais pesados são elementos ubíquos na natureza, estando assim o ser humano exposto por diversas vias, tais como a via oral, inalação e absorção dérmica. Esta exposição diária a um ambiente poluído pode causar acumulação de alguns metais pesados no organismo provocando danos em determinados órgãos ou sistemas. Assim, o nosso principal objectivo foi avaliar a exposição ambiental a três metais (chumbo, manganês e arsénio) em populações não ocupacionalmente expostas em diferentes zonas urbanas de Portugal, através da determinação de biomarcadores no sangue e urina nessas populações. Para este trabalho, a selecção destes três metais foi feita tendo em conta que estes três metais podem apresentar efeitos neurotóxicos, bem como alterações ao nível da síntese do heme. Para avaliação da exposição foram escolhidos biomarcadores de exposição, como a quantificação dos metais no sangue e na urina, bem como biomarcadores de exposição/efeito, tais como a quantificação do ácido delta-aminolevulínico e das porfirinas na urina, e a actividade da acetilcolinesterase no sangue. Ao analisarmos os resultados obtidos verificou-se que a concentração dos biomarcadores está relacionada com o meio envolvente. Na zona urbana mais industrializada (Vx), destaca-se os níveis de Pb, já no caso da área urbana com elevado tráfego automóvel e aéreo (Lx) podemos destacar os níveis de Mn e As, onde se verificaram os níveis médios mais elevados. Quanto aos biomarcadores de exposição/efeito observou-se que estas duas mesmas populações foram também as que apresentaram as concentrações médias superiores. No caso das porfirinas as populações Vx e Lx apresentaram valores acima dos estabelecidos, o que poderá indicar uma possível alteração do perfil das porfirinas. No caso do ácido delta-aminolevulínico, novamente Vx e Lx, foram as que apresentaram os níveis médios mais elevados, não ultrapassando no entanto os limites estabelecidos. Quanto à actividade da acetilcolinesterase não foram observadas diferenças significativas (p<0,05) entre as populações Vx e Lx. Podemos concluir através dos nossos resultados, que os biomarcadores seleccionados podem reflectir o nível de exposição ambiental aos três metais em estudo nas zonas frequentadas e áreas de habitação das populações analisadas. Verificou-se ainda a dificuldade de se encontrar valores referência para estes metais em fluidos biológicos em populações não expostas ocupacionalmente.The quality of the environment is fundamental to our well-being. A higher prevalence of non-contagious and chronic diseases has been ascertained and are attributed in part to toxic substances exposure and unhealthy lifestyles. Concerning environmental contaminants, four large groups were established taking into account their negative effects on health. One of these groups are the inorganic chemicals, which include some heavy metals. In the metal group, there are metals that are vital for human health in defined amounts, others such as metalloids and most heavy metals have no physiological function in humans and may cause intoxication. Heavy metals are natural elements found throughout the earth's crust and are characterized by their high atomic weight. They are ubiquitous in nature and thus humans are exposed to them by various routes such as ingestion, inhalation and dermal absorption. This daily exposure to a polluted environment can cause accumulation of heavy metals in the body causing damage to certain organs or systems. Thus, our main objective was to evaluate human exposure to three metals, lead, arsenic and manganese in non-occupationally exposed populations in different urban areas of Portugal. The selection of the referred metals was made taking into account their existence in polluted environment and their effects on the nervous system as well as on heme biosynthetic pathways. To obtain the information concerning human metal exposure, exposure biomarkers were chosen, such as the quantification of metals in blood and urine, and also exposure/effect biomarkers, along with the levels of delta-aminolevulinic acid, porphyrins in urine and acetylcholinesterase activity in blood. When analysing the obtained results, it was verified that the quantification of the biomarkers was related to the surrounding environment. In the most industrialized urban area (Vx), the Pb levels stand out, and in the case of the urban area with high car and air traffic (Lx), Mn and As levels also presented the highest average levels. Regarding effect biomarkers, it was also observed that these two populations were the ones with the highest mean concentrations. In the case of porphyrins, Vx and Lx populations presented values above those established, eventually admitting that the porphyrins profiles could be altered. In the case of delta-aminolevulinic acid, again Vx and Lx, were those that presented higher average levels, but not exceeding the established limits. Regarding the activity of acetylcholinesterase, no significant differences (p <0.05) between Vx and Lx were observed. Finally, our results showed that the selected biomarkers could reflect the expected environmental exposure to the metals under study, the quality of the frequented areas and the housing areas of the selected populations.Santos, Ana Paula Marreilha dos, 1957-Rebelo, Maria Teresa Ferreira Ramos Nabais de Oliveira, 1964-Repositório da Universidade de LisboaCota, Madalena Isabel Melo2020-10-27T01:30:14Z201720172017-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/32053TID:201857359porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:26:00Zoai:repositorio.ul.pt:10451/32053Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:47:22.138474Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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