Síndrome do pé diabético: a perspectiva do radiologista de intervenção
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.10/1215 |
Resumo: | O síndrome do pé diabético é uma forma particularmente difícil de tratar de isquémia crítica dos membros inferiores. Este síndrome caracteriza-se por alterações micro e macroangiopáticas; doença ateromatosa agressiva com obstruções arteriais difusas a múltiplos níveis e de predomínio abaixo do joelho; redução da circulação colateral; inflamação e sépsis locais com trombose séptica aguda e atraso da cicatrização de feridas. Entre os doentes diabéticos, cerca de 15% irão desenvolver úlceras ao longo da sua vida e destes, 14 a 43% irão necessitar de amputação. A complexidade da doença implica uma abordagem multidisciplinar, com o envolvimento de endocrinologistas, cirurgiões gerais e vasculares, radiologistas de intervenção, neurologistas, ortopedistas e equipas de enfermagem especializadas. No entanto, a necessidade de criar equipas multidisciplinares é contrariada pelo acesso insuficiente a certas especialidades e pela falta de consensos alargados sobre o tema. O reconhecimento das particularidades deste subgrupo de doentes responsáveis pelo pior prognóstico e menor benefício terapêutico em relação com a população total de doentes com isquémia crítica dos membros inferiores levou ao desenvolvimento de novos conceitos teóricos como a doença arterial terminal diabética e o modelo dos angiossomas. Estes conceitos ainda carecem de evidência científica definitiva mas, quando aplicados no planeamento terapêutico, em particular em procedimentos de revascularização, têm demonstrado resultados promissores. O rápido desenvolvimento de novas técnicas e materiais de revascularização endovascular, promovendo intervenções mais distais e seletivas, ainda não teve o impacto necessário nas recomendações internacionais. As recomendações atuais não refletem a especificidade do síndrome e que estão admitidamente ultrapassadas em certos aspectos. Propomos, por este motivo, uma revisão da literatura científica recente de forma a apresentar uma visão global do estado da arte no tratamento multidisciplinar do síndrome do pé diabético com ênfase na evolução e tendência futura da revascularização endovascular. |
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