Produção de novos porta-enxertos híbridos para castanheiro. Caracterização ecofisiológica da geração F1

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brito, Diana Carolina Dias de
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/6308
Resumo: A produção de castanha decresceu desde o início do seculo XX devido a inúmeros fatores, incluindo a doença da tinta provocada pelo oomiceta Phytophthora cinnamomi que provocou uma forte redução na área de castanheiro. A valorização da castanha, desde o início da década de 90, aumentou o interesse sobre o cultivo do castanheiro, e uma vez que Portugal se insere no patamar dos principais produtores mundiais, revela-se importante a realização de estudos para ajudar à sustentabilidade desta esta cultura. Com este trabalho, que tem por objetivo a produção de porta-enxertos híbridos com resistência à doença da tinta, pretendeu-se efetuar a caracterização ecofisiológica da geração híbrida F1, para melhor compreender as suas características adaptativas às condições ambientais. As plantas F1 provêm de polinizações controladas entre árvores de C. sativa (variedade Aveleira) como planta-mãe e pólen das árvores C. crenata e C. mollissima. Do grupo de plantas da geração F1 instaladas no Banco de Germoplasma de Torgueda, o SC51 é totalmente resistente, o SC55 e o SC1 pertencem ao grupo dos mais resistentes e os restantes são sensíveis, considerando-se os três primeiros apresentam maiores potencialidades para serem usados como porta-enxertos. De acordo com os estudos efetuados, foi possível observar a existência de potencial plasticidade adaptativa entre plantas. Esta plasticidade pode ser muito útil uma vez que se poderá sempre optar por um ou outro porta-enxerto em função das condições edafoclimáticas e das variedades a enxertar. Os resultados preliminares também sugerem que o híbrido SC51 esteja melhor adaptado a condições ambientais mais quentes e secas, uma vez que apresenta uma maior espessura de epiderme, maior densidade estomática, maior temperatura ótima para fotossíntese, menor potencial hídrico e maior teor em clorofilas e carotenoides que os outros genótipos.
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