Otites externas em cães: análise de casos clínicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Raul Mikael Brites
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/9202
Resumo: As otites externas em animais de companhia, nomeadamente em cães, são uma das situações mais comuns com que os clínicos se deparam na clínica de pequenos animais e definem-se como inflamação do ouvido externo. No entanto, apesar de serem comuns, existem vários fatores como a sua etiologia multifatorial, diferenças anatómicas e de resposta individuais que levam a que seja difícil criar linhas orientadoras para o tratamento de otites e por isso o sucesso deste é altamente variável. Neste trabalho foram descritos dezasseis casos clínicos, depois de um período de estágio de quatro meses no Hospital Veterinário do Baixo Vouga, com o intuito de analisar a abordagem a diferentes casos e a forma de optar pelas melhores opções de tratamento. Destes dezasseis casos dez foram cães com orelhas pendulares (62,5%), que é um fator predisponente para otites externas. Outro fator predisponente observado foi o aumento da humidade relativa do canal auditivo, mas isto apenas foi identificado num dos casos em que o animal teria estado em contato com água recentemente. Como causas primárias foram identificadas: atopia (25%), corpos estranhos (12,5%) e acumulação de cerúmen (12,5%) e como causa secundária a mais comummente identificada foi Malassezia spp. (62,5%), seguido de cocos (18,75%) e bacilos (6,25%), sendo que estas bactérias foram invariavelmente observadas em animais que também tinham sobrecrescimento de Malassezia spp. Dos casos clínicos apresentados, em nove, apenas foi possível identificar uma etiologia. Quanto ao tipo de tratamento, o mais comum foi combinar terapia tópica com sistémica (62%), seguido de apenas tratamento tópico (25%) e cirurgia ou outros procedimentos sob sedação (13%), não se tendo verificado nenhum caso em que se tenha apenas utilizado tratamento sistémico. Os produtos tópicos utilizados nestes casos foram: Osurnia® (5/16), Otoclean® (2/16), Easotic® (9/16), Otodine® (2/16), Cortavance® spray (1/16) e Omniotic® (1/16).
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