Análise de tempo e movimento no futebol de alto nível: efeitos do estatuto dos jogadores e da qualidade das equipas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Armando Manuel da Rocha
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/6686
Resumo: Os principais objetivos deste estudo foram identificar o perfil de tempo e movimento dos jogadores de futebol de alto nível de rendimento, em função do estatuto do jogador (titulares/suplentes) e qualidade da equipa (forte/média). Foram analisados 438 jogadores de elite, representando as 16 melhores seleções nacionais de futebol profissional da atualidade em 16 jogos (n) do Campeonato do Mundo da FIFA na África do Sul de 2010. As equipas foram classificadas quanto ao nível de qualidade, tendo em consideração três níveis (quadro 7): as 8 primeiras equipas da 2ª fase (fortes), as restantes 8 da 2ª fase (médias) e as eliminadas na 1ª fase (fracas), sendo que estas últimas não fizeram parte do estudo. Os resultados obtidos permitiram identificar uma tendência para quatro aspetos distintos: a) os treinadores parecem decidir-se pela entrada dos suplentes para o setor ofensivo e as equipas fortes passam mais tempo de jogo na grande área; b) as equipas fortes e os titulares percorrem distâncias maiores a baixa intensidade, enquanto os suplentes percorrem distâncias superiores a média e alta intensidade em termos de percentagem comparativamente aos titulares; c) os titulares das equipas fortes e médias percorreram uma maior distância (m/min) do que os suplentes das equipas fortes e médias sem posse de bola. Por sua vez, os titulares das equipas fortes percorrem uma distância menor do que os titulares das médias. Os suplentes das equipas médias percorrem maior distância por minuto do que os suplentes das equipas fortes, sem posse de bola e d) os suplentes das equipas fortes e médias fazem mais sprints por minuto do que os titulares das equipas fortes e médias, sendo que os suplentes das médias são os que fazem mais sprints por minuto. Por fim, os resultados parecem enfatizar a necessidade de investir num trabalho para os suplentes, não totalmente diferenciado dos titulares, mas com características adaptadas às exigências solicitadas pelo treinador e pelo jogo, ou seja, preparar os titulares e suplentes para regimes de esforços diferentes.
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Os resultados obtidos permitiram identificar uma tendência para quatro aspetos distintos: a) os treinadores parecem decidir-se pela entrada dos suplentes para o setor ofensivo e as equipas fortes passam mais tempo de jogo na grande área; b) as equipas fortes e os titulares percorrem distâncias maiores a baixa intensidade, enquanto os suplentes percorrem distâncias superiores a média e alta intensidade em termos de percentagem comparativamente aos titulares; c) os titulares das equipas fortes e médias percorreram uma maior distância (m/min) do que os suplentes das equipas fortes e médias sem posse de bola. Por sua vez, os titulares das equipas fortes percorrem uma distância menor do que os titulares das médias. Os suplentes das equipas médias percorrem maior distância por minuto do que os suplentes das equipas fortes, sem posse de bola e d) os suplentes das equipas fortes e médias fazem mais sprints por minuto do que os titulares das equipas fortes e médias, sendo que os suplentes das médias são os que fazem mais sprints por minuto. Por fim, os resultados parecem enfatizar a necessidade de investir num trabalho para os suplentes, não totalmente diferenciado dos titulares, mas com características adaptadas às exigências solicitadas pelo treinador e pelo jogo, ou seja, preparar os titulares e suplentes para regimes de esforços diferentes.The main objectives of this study were to identify the profile of time and movement of football players in high level as a function of the player's status (starter/nonstarters) and quality of the team (strong, medium). We analyzed 438 elite players worldwide, representing the 16 best national teams in professional football today in 16 games (n) of the FIFA World Cup South Africa 2010. The games were selected directly, being counted from the second phase to the final, including the game award for the 3rd and 4th place. The teams were classified according to quality level taking into account the three levels (Table 7): the first 8 teams in the second phase (strong), the remaining 8 of the 2nd phase (middle) and the teams eliminated in the first phase (weak) being that the latter were not part of the study. The results indicated a tendency to identify four distinct aspects: a) the coaches seem to decide the entry of the nonstarters for the sector strong offensive teams and spend more time playing in the penalty area; b) the strong teams and starters traveled larger distances at low intensity while the nonstarters travel distances greater to medium and high intensity as a percentage compared to starters; c) the starters of strong and medium teams traveled a greater distance (meters/minute) than nonstarters of strong and medium teams without ball possession and the starters of strong teams traveled a shorter distance than the starters of the medium. The nonstarters of medium teams traveled more distance per minute without ball possession than the nonstarters of the strong teams d) the nonstarters of strong teams and make more sprints per minute than the starters of the strong and medium teams, this way the nonstarters of medium teams were those who did more sprints per minute. Finally, the results seem to emphasize the need to invest in a work for the nonstarters, not fully differentiated from the starters but with features adapted to the requirements requested by the coach and by the game, which means that is important to, prepare for starters and non starters to different effort regimes.2016-10-26T11:09:29Z2016-10-26T00:00:00Z2016-10-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/6686porCampos, Armando Manuel da Rochainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:47:24Zoai:repositorio.utad.pt:10348/6686Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:04:25.679717Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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