Literacia em saúde em cuidados paliativos : influência das variáveis sociodemográficas e de satisfação da família com os cuidados prestados

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Autor(a) principal: Lima, Sílvia Rodrigues de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/6273
Resumo: Enquadramento: A satisfação das famílias com os cuidados prestados aos doentes é considerada um importante indicador da qualidade dos mesmos, onde o Enfermeiro assume uma posição de destaque. A literacia em saúde assume-se como uma preocupação crescente no caminho para a melhoria dos cuidados, na medida em que diferentes estudos têm demonstrado um nível inadequado de literacia na população portuguesa Objetivos: Avaliar o nível de Literacia em Saúde e o grau de satisfação com os cuidados prestados, dos familiares de doentes internados em Unidades de Cuidados Paliativos, identificando as variáveis sociodemográficas; analisar a relação existente entre as variáveis sociodemográficas e o grau de satisfação com os cuidados e o nível de Literacia em Saúde do familiar de referência do doente internado em UCP. Métodos: Estudo quantitativo descritivo-correlacional e explicativo com uma amostra não probabilística por conveniência de familiares dos doentes internados em Unidades de Cuidados Paliativos na região Centro de Portugal. Colheita de dados realizada com a aplicação de um questionário de dados sóciodemográficos; da Escala FAMCARE e do Questionário HLS-EU-PT, após autorização dos autores. Resultados: Os familiares que participaram no estudo são maioritariamente mulheres (67,7%),assumem-se como cuidadores principais (73.8%); com idades ≤ 64 anos (84.6%); o grau de parentesco é Filho/a (41.7%); vivem com companheiro (64.6%) e com os filhos (56.3%); possuem o ensino básico; sem experiência anterior em CP (90.6%); residem em meio urbano (54.2%), exercem profissão (61.5%) e não têm experiência na área da saúde (87.5%). Os familiares apresentam maior índice de Literacia na Prevenção da Doença (M=31.06 ±9.59) e menor na Promoção da Saúde (M=26.57 ±10.69). Em todas as dimensões, os níveis de Literacia distribuem-se entre o Inadequado e Problemático. Os familiares do sexo feminino; com idade ≥65 anos; que coabitam, com o ensino Básico; sem atividade profissional ativa e sem profissões relacionadas com a saúde apresentam um menor nível de Literacia em Saúde. Tiveram impacto, na Literacia em Saúde Geral e de Promoção da Saúde casais sem filhos; com estatuto de esposo/a; a cohabitar com o doente, como cuidador principal e residir em meio rural. Os familiares encontram-se satisfeitos com os cuidados (X=40.50 ±13.72). Estão mais satisfeitos com a Informação dada e Cuidados Físicos e menos satisfeitos nos Cuidados Psicossociais. As variáveis: papel cuidador principal, escolaridade básica, familiares com profissão não relacionada com a saúde influenciam positivamente esta avaliação. O agregado familiar monoparental teve impato positivo na dimensão disponibilidade de cuidados. Conclusões: Existe ainda um longo caminho a percorrer no sentido de melhorar a satisfação pelos cuidados e o nível de Literacia em Saúde destes familiares, pois os resultados revelaram baixos e preocupantes índices de Literacia em Saúde. Estas variáveis devem ser respeitadas quando planeados os Cuidados Paliativos diferenciados ao doente e sua família por toda a equipa, que deve estar empenhada na melhoria contínua e no seu empoderamento. Palavras-Chave: Cuidados Paliativos, Família, Alfabetização em Saúde, Satisfação
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A literacia em saúde assume-se como uma preocupação crescente no caminho para a melhoria dos cuidados, na medida em que diferentes estudos têm demonstrado um nível inadequado de literacia na população portuguesa Objetivos: Avaliar o nível de Literacia em Saúde e o grau de satisfação com os cuidados prestados, dos familiares de doentes internados em Unidades de Cuidados Paliativos, identificando as variáveis sociodemográficas; analisar a relação existente entre as variáveis sociodemográficas e o grau de satisfação com os cuidados e o nível de Literacia em Saúde do familiar de referência do doente internado em UCP. Métodos: Estudo quantitativo descritivo-correlacional e explicativo com uma amostra não probabilística por conveniência de familiares dos doentes internados em Unidades de Cuidados Paliativos na região Centro de Portugal. Colheita de dados realizada com a aplicação de um questionário de dados sóciodemográficos; da Escala FAMCARE e do Questionário HLS-EU-PT, após autorização dos autores. Resultados: Os familiares que participaram no estudo são maioritariamente mulheres (67,7%),assumem-se como cuidadores principais (73.8%); com idades ≤ 64 anos (84.6%); o grau de parentesco é Filho/a (41.7%); vivem com companheiro (64.6%) e com os filhos (56.3%); possuem o ensino básico; sem experiência anterior em CP (90.6%); residem em meio urbano (54.2%), exercem profissão (61.5%) e não têm experiência na área da saúde (87.5%). Os familiares apresentam maior índice de Literacia na Prevenção da Doença (M=31.06 ±9.59) e menor na Promoção da Saúde (M=26.57 ±10.69). Em todas as dimensões, os níveis de Literacia distribuem-se entre o Inadequado e Problemático. Os familiares do sexo feminino; com idade ≥65 anos; que coabitam, com o ensino Básico; sem atividade profissional ativa e sem profissões relacionadas com a saúde apresentam um menor nível de Literacia em Saúde. Tiveram impacto, na Literacia em Saúde Geral e de Promoção da Saúde casais sem filhos; com estatuto de esposo/a; a cohabitar com o doente, como cuidador principal e residir em meio rural. Os familiares encontram-se satisfeitos com os cuidados (X=40.50 ±13.72). Estão mais satisfeitos com a Informação dada e Cuidados Físicos e menos satisfeitos nos Cuidados Psicossociais. As variáveis: papel cuidador principal, escolaridade básica, familiares com profissão não relacionada com a saúde influenciam positivamente esta avaliação. O agregado familiar monoparental teve impato positivo na dimensão disponibilidade de cuidados. Conclusões: Existe ainda um longo caminho a percorrer no sentido de melhorar a satisfação pelos cuidados e o nível de Literacia em Saúde destes familiares, pois os resultados revelaram baixos e preocupantes índices de Literacia em Saúde. Estas variáveis devem ser respeitadas quando planeados os Cuidados Paliativos diferenciados ao doente e sua família por toda a equipa, que deve estar empenhada na melhoria contínua e no seu empoderamento. Palavras-Chave: Cuidados Paliativos, Família, Alfabetização em Saúde, SatisfaçãoAbstract Background: The satisfaction of families with the care provided to patients is considered an important indicator of their quality, where the nurse assumes a prominent position. Health literacy is a growing concern on the way to better care, as different studies have shown an inadequate level of literacy in the Portuguese population. Objectives: To evaluate the level of Health Literacy and the degree of satisfaction with the care provided by family members of patients admitted to Palliative Care Units, identifying sociodemographic variables; to analyze the relationship between sociodemographic variables and the degree of satisfaction with care and the level of health literacy of the referral relative of the patient admitted to the PCU. Methods: A descriptive-correlational and explanatory quantitative study with a nonprobabilistic convenience sample of relatives of patients hospitalized in Palliative Care Units in the Central region of Portugal. Data collection performed with the application of a sociodemographic data questionnaire; FAMCARE Scale and the HLS-EU-PT Questionnaire, after authorization by the authors. Results: Family members who participated in the study are mostly women (67.7%), assuming themselves as primary caregivers (73.8%); aged ≤ 64 years (84.6%); the relationship degree is son / a (41.7%); live with a partner (64.6%) and with their children (56.3%); have basic education; no previous CP experience (90.6%); they live in urban areas (54.2%), work in a profession (61.5%) and have no experience in health (87.5%). Family members have a higher rate of Literacy in Disease Prevention (M = 31.06 ± 9.59) and lower in Health Promotion (M = 26.57 ± 10.69). In all dimensions, literacy levels are distributed between the Inadequate and the Problematic. Female relatives; aged ≥65 years; cohabiting with basic education; without active professional activity and without healthrelated professions have a lower level of Health Literacy. Children without children had an impact on General Health Literacy and Health Promotion; with spouse status; cohabiting with the patient as their primary caregiver and living in rural areas. Family members are satisfied with the care (X = 40.50 ± 13.72). They are more satisfied with the Information given and Physical Care and less satisfied with Psychosocial Care. The variables: primary caregiver role, basic education, family members with a non-health profession positively influence this assessment. The single parent household had a positive impact on the extent of care availability. Conclusions: There is still a long way to go to improve care satisfaction and the Health Literacy level of these family members, as the results revealed low and worrying Health Literacy rates. These variables must be respected when planning Palliative Care to patients and their families across the team, who must be committed to continuous improvement and empowerment. Keywords: Palliative Care, Family, Health Literacy, SatisfactionRibeiro, Olivério de PaivaDuarte, João CarvalhoRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuLima, Sílvia Rodrigues de2021-03-05T01:30:10Z2020-03-052019-052020-03-05T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/6273TID:202473589porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:28:31Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/6273Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:44:12.993548Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Enquadramento: A satisfação das famílias com os cuidados prestados aos doentes é considerada um importante indicador da qualidade dos mesmos, onde o Enfermeiro assume uma posição de destaque. A literacia em saúde assume-se como uma preocupação crescente no caminho para a melhoria dos cuidados, na medida em que diferentes estudos têm demonstrado um nível inadequado de literacia na população portuguesa Objetivos: Avaliar o nível de Literacia em Saúde e o grau de satisfação com os cuidados prestados, dos familiares de doentes internados em Unidades de Cuidados Paliativos, identificando as variáveis sociodemográficas; analisar a relação existente entre as variáveis sociodemográficas e o grau de satisfação com os cuidados e o nível de Literacia em Saúde do familiar de referência do doente internado em UCP. Métodos: Estudo quantitativo descritivo-correlacional e explicativo com uma amostra não probabilística por conveniência de familiares dos doentes internados em Unidades de Cuidados Paliativos na região Centro de Portugal. Colheita de dados realizada com a aplicação de um questionário de dados sóciodemográficos; da Escala FAMCARE e do Questionário HLS-EU-PT, após autorização dos autores. Resultados: Os familiares que participaram no estudo são maioritariamente mulheres (67,7%),assumem-se como cuidadores principais (73.8%); com idades ≤ 64 anos (84.6%); o grau de parentesco é Filho/a (41.7%); vivem com companheiro (64.6%) e com os filhos (56.3%); possuem o ensino básico; sem experiência anterior em CP (90.6%); residem em meio urbano (54.2%), exercem profissão (61.5%) e não têm experiência na área da saúde (87.5%). Os familiares apresentam maior índice de Literacia na Prevenção da Doença (M=31.06 ±9.59) e menor na Promoção da Saúde (M=26.57 ±10.69). Em todas as dimensões, os níveis de Literacia distribuem-se entre o Inadequado e Problemático. Os familiares do sexo feminino; com idade ≥65 anos; que coabitam, com o ensino Básico; sem atividade profissional ativa e sem profissões relacionadas com a saúde apresentam um menor nível de Literacia em Saúde. Tiveram impacto, na Literacia em Saúde Geral e de Promoção da Saúde casais sem filhos; com estatuto de esposo/a; a cohabitar com o doente, como cuidador principal e residir em meio rural. Os familiares encontram-se satisfeitos com os cuidados (X=40.50 ±13.72). Estão mais satisfeitos com a Informação dada e Cuidados Físicos e menos satisfeitos nos Cuidados Psicossociais. As variáveis: papel cuidador principal, escolaridade básica, familiares com profissão não relacionada com a saúde influenciam positivamente esta avaliação. O agregado familiar monoparental teve impato positivo na dimensão disponibilidade de cuidados. Conclusões: Existe ainda um longo caminho a percorrer no sentido de melhorar a satisfação pelos cuidados e o nível de Literacia em Saúde destes familiares, pois os resultados revelaram baixos e preocupantes índices de Literacia em Saúde. Estas variáveis devem ser respeitadas quando planeados os Cuidados Paliativos diferenciados ao doente e sua família por toda a equipa, que deve estar empenhada na melhoria contínua e no seu empoderamento. Palavras-Chave: Cuidados Paliativos, Família, Alfabetização em Saúde, Satisfação
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