Impacto Funcional da Cirurgia de Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, André Fernando Santos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/89949
Resumo: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
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spelling Impacto Funcional da Cirurgia de Reconstrução do Ligamento Cruzado AnteriorFunctional Outcome of Anterior Cruciate Ligament ReconstructionLIGAMENTO CRUZADO ANTERIORPOSICIONAMENTO TÚNELCHANFRADURA INTERCONDILIANALINHA DE BLUMENSAATRESULTADO FUNCIONALANTERIOR CRUCIATE LIGAMENTTUNNEL POSITIONINTERCONDYLAR NOTCHBLUMENSAAT’S LINEFUNCTIONAL OUTCOMETrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: O posicionamento não anatómico dos túneis ósseos está associado a um maior risco de rotura da plastia e, consequentemente, de cirurgia de revisão. No entanto, o impacto real das variações do posicionamento não está de todo determinado. O presente estudo pretende, através da avaliação morfométrica das radiografias do joelho e da avaliação clínica, verificar se pequenas variações do posicionamento dos túneis femoral ou tibial se traduzem em alterações clínicas ou funcionais dos doentes.Métodos: Foram incluídos no estudo 49 doentes submetidos a cirurgia de reconstrução primária do ligamento cruzado anterior, em que não houve a necessidade de cirurgia de revisão e/ou reoperação. Através da análise retrospetiva dos processos clínicos, foram recolhidos dados demográficos e clínicos. Procedeu-se à avaliação das imagens radiográficas obtidas em contexto pré- e pós-operatório. Na radiografia pré-operatória, determinou-se o grau de artrose pela classificação de Ahlback, o eixo epifisário de Dejour e Levigne, a inclinação tibial, a morfologia da linha de Blumensaat e a báscula epifisária femoral (BEF). Na radiografia pós-operatória, foi medido o posicionamento da plastia no fémur e na tíbia, o ângulo da plastia com a interlinha articular e a divergência ou convergência dos túneis ósseos. A avaliação funcional subjetiva foi feita através do SF-36 (Short Form Health Survey), da escala de Lysholm e Tegner e dos questionários de avaliação subjetiva do joelho: IKDC (International Knee Documentation Committee) e KOOS (Knee Injury and Osteoarthritis Outcome Score).Resultados: Na maioria dos doentes (65.3%; n=32), a linha de Blumensaat apresentava um padrão retilíneo. Entre os que apresentavam um padrão em pequena ou grande colina (34.6%, n=17), a percentagem média da colina foi de 47.3%. A média da BEF nos doentes com um padrão retilíneo, em pequena colina e grande colina da linha de Blumensaat foi de 32.4º, 29.4º e 27.3º, respetivamente. O teste Kruskal-Wallis identificou diferenças estatisticamente significativas entre a BEF e os diferentes padrões morfológicos da linha de Blumensaat (H=6.6; p=0.037). Relativamente ao posicionamento do túnel femoral, as pontuações medianas das dimensões S (H=34.0; p=0.017) e QV (F=3.6; p=0.036) do KOOS apresentaram diferenças significativas de acordo com a zona femoral (ZF).Discussão: O padrão morfológico em grande colina da linha de Blumensaat está associado a valores inferiores da BEF. Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre a BEF ou o padrão da linha de Blumensaat e o resultado clínico. Contudo, o posicionamento mais anterior do túnel femoral está associado a valores de KOOS-S e KOOS-QV inferiores.Conclusão: Os valores da BEF correlacionam-se com o padrão morfológico da linha de Blumensaat, apesar de não se traduzir num resultado clínico inferior. No entanto, existe uma correlação entre o posicionamento do túnel femoral e os valores de KOOS-S e KOOS-QV.Introduction: Non-anatomic tunnel position is associated with an increased risk of primary ACL reconstruction failure and, consequently, need for surgical revision. However, the actual impact of tunnel position is not entirely determined. The aim of this study is to verify whether small variations of femoral and tibial tunnel position are associated with worse clinical or functional outcome, through radiographic and clinical evaluation.Methods: The cohort included 49 patients who underwent primary ACL reconstruction, without being submitted to revision and/or reoperation surgery. Retrospective analysis of patients’ clinical data allowed to characterize the cohort in both clinical and demographic terms. Pre and post-operative radiographic evaluation were conducted. In the first radiological analysis, knee join osteoarthritis (according to the Ahlack classification), epiphyseal axis defined by Dejour and Levigne, posterior tibial slope, Blumensaat’s line morphology and the femoral epiphyseal scale (BEF) were analyzed. In the postoperative radiography, femoral and tibial tunnels were determined as well as the graft angle and the divergence of bone tunnels. Functional outcome was assessed using SF-36, Lysholm score, IKDC subjective knee form and KOOS 3.8 years after surgery. Results: In most cases (65.3%; n=32), the Blumensaat’s line was straight. When classifying the Blumensaat’s line in small and large hill types (34.6%, n=17), the mean percent of the protrusion was 47.3%. The mean value of the femoral epiphyseal scale (BEF) in patients with straight, small hill and high hill types was 32.4º, 29.4º e 27.3º, respectively. Kruskal-Wallis test found a significant statistical difference between BEF and morphologic variations of the Blumensaat’s line. (H=6.6; p=0.037). When analyzing the femoral tunnel position, significant difference was found in KOOS subscales such as the median values of symptoms (S) (H=34.0; p=0.017) and quality of life (QoL) (F=3.6; p=0.036) depending on the femoral zone (FZ). Discussion: Considering the morphological variations of the Blumensaat’s line, large hill type is correlated with lower femoral epiphyseal scale values. No differences in clinical outcome were found when comparing BEF or Blumensaat’s line morphology with the functional outcome. However, anterior femoral tunnel position is associated with lower KOOS-S and KOOS-QoL subscales score.Conclusion: Study results strongly suggest that femoral epiphysial scale (BEF) is correlated with Blumensaat’s line morphology. No correlation was found between BEF or Blumensaat’s line morphology and the functional outcome. However, a significant difference was found between femoral tunnel position and KOOS-S and KOOS-QoL subscales score.2019-06-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/89949http://hdl.handle.net/10316/89949TID:202477444porMoreira, André Fernando Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T04:04:42Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/89949Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:10:10.992712Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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