A obesidade nos animais de companhia e o impacto nas doenças metabólicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bouze, Auriane Marie Margaux
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/46622
Resumo: O número de pessoas e animais de companhia que sofrem de excesso de peso ou obesidade tem vindo a aumentar desde há vários anos. É atualmente o distúrbio alimentar mais comum em animais de companhia. A obesidade é a consequência de um balanço energético positivo causando uma acumulação de tecido adiposo visceral e subcutâneo. Os fatores de riscos são numerosos e podem ser ligados entre outros ao ambiente, à alimentação do animal, à raça, à idade ou ao sexo. O tecido adiposo é atualmente considerado como um órgão de armazenamento de gordura na forma de lípidos, mas também como o órgão endócrino mais importante na secreção de adipocinas e citocinas. A hiperplasia e hipertrofia dos adipócitos que ocorrem num organismo obeso desencadeia um desequilíbrio metabólico causando a secreção de adipocinas pro-inflamatórias responsáveis pela resistência à insulina. Um animal obeso encontra-se num estado de inflamação crónica de baixo grau. Todos estes fenómenos favorecem a associação da obesidade com doenças metabólicas como a diabetes mellitus de tipo II, o aparecimento de alguns cancros, hipertensão arterial e doença renal crónica. A obesidade é então uma doença com impacto negativo na saúde dos animais e também afeta o bem-estar e longevidade. O papel do médico veterinário torna-se muito importante na prevenção da obesidade, na conscientização dos tutores e no sucesso dos tratamentos durante os programas de perda de peso.
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