Efeito moderador do suporte social na relação entre experiências adversas na infância e sintomatologia de PTSD : estudo longitudinal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/9266 |
Resumo: | A presente dissertação teve como objetivo avaliar a relação entre adversidade na infância, suporte social e Perturbação Stress Pós-Traumático (PTSD) em jovens com história de adversidade e trauma. A novidade do estudo prendeu-se com o facto de ser um estudo longitudinal com adolescentes expostos à adversidade e trauma, bem como a utilização de um instrumento de avaliação de sintomatologia de PTSD com base no atual DSM-V e uma escala de avaliação de experiências traumáticas (LEC-5) para avaliação do critério (A) de PTSD. Método: O estudo incluiu 151 jovens com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos (M = 15,99; DP = 1,25), dos quais 68 (45%) eram do sexo masculino e 83 (55%) do sexo feminino, avaliados em dois momentos temporais distintos, com um período de intervalo, em média, de 6 meses. Resultados: Os principais resultados obtidos revelaram que níveis mais elevados de adversidade na infância foram preditores de níveis mais elevados de sintomatologia de PTSD. No entanto, o suporte social não foi preditor de sintomatologia de PTSD, num modelo em que foram ajustadas variáveis sociodemográficas e adversidade na infância. O efeito moderador do suporte social também não se verificou. Conclusões: este estudo sugere que as intervenções, que tenham como objetivo diminuir o impacto do trauma em jovens (sintomas de PTSD), devem incluir a avaliação de adversidade, uma vez que esta parece ter uma relação direta com PTSD. Ou seja, não parece fazer sentido desenvolver programas de intervenção apenas focados no aumento do suporte social em jovens expostos ao trauma, sem considerar a avaliação da sua história de adversidade. Parece ser fundamental avaliar e intervir na mudança de potenciais esquemas cognitivos desadaptativos que se desenvolvem em consequência da exposição à adversidade, e que o trauma posterior só os vem confirmar, impedindo que o suporte social tenha um efeito protetor conforme seria esperado. |
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Efeito moderador do suporte social na relação entre experiências adversas na infância e sintomatologia de PTSD : estudo longitudinalMESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDEPSICOLOGIAPSICOLOGIA CLÍNICAPERTURBAÇÃO DE STRESS PÓS-TRAUMÁTICOINFÂNCIASUPORTE SOCIALPSYCHOLOGYCLINICAL PSYCHOLOGYPOST-TRAUMATIC STRESS DISORDERCHILDHOODSOCIAL SUPPORTA presente dissertação teve como objetivo avaliar a relação entre adversidade na infância, suporte social e Perturbação Stress Pós-Traumático (PTSD) em jovens com história de adversidade e trauma. A novidade do estudo prendeu-se com o facto de ser um estudo longitudinal com adolescentes expostos à adversidade e trauma, bem como a utilização de um instrumento de avaliação de sintomatologia de PTSD com base no atual DSM-V e uma escala de avaliação de experiências traumáticas (LEC-5) para avaliação do critério (A) de PTSD. Método: O estudo incluiu 151 jovens com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos (M = 15,99; DP = 1,25), dos quais 68 (45%) eram do sexo masculino e 83 (55%) do sexo feminino, avaliados em dois momentos temporais distintos, com um período de intervalo, em média, de 6 meses. Resultados: Os principais resultados obtidos revelaram que níveis mais elevados de adversidade na infância foram preditores de níveis mais elevados de sintomatologia de PTSD. No entanto, o suporte social não foi preditor de sintomatologia de PTSD, num modelo em que foram ajustadas variáveis sociodemográficas e adversidade na infância. O efeito moderador do suporte social também não se verificou. Conclusões: este estudo sugere que as intervenções, que tenham como objetivo diminuir o impacto do trauma em jovens (sintomas de PTSD), devem incluir a avaliação de adversidade, uma vez que esta parece ter uma relação direta com PTSD. Ou seja, não parece fazer sentido desenvolver programas de intervenção apenas focados no aumento do suporte social em jovens expostos ao trauma, sem considerar a avaliação da sua história de adversidade. Parece ser fundamental avaliar e intervir na mudança de potenciais esquemas cognitivos desadaptativos que se desenvolvem em consequência da exposição à adversidade, e que o trauma posterior só os vem confirmar, impedindo que o suporte social tenha um efeito protetor conforme seria esperado.The present dissertation aimed to evaluate the relationship between childhood adversities, social support and posttraumatic stress disorder (PTSD) in young people with a history of adversity and trauma. The novelty of the study was the longitudinal study design with adolescents exposed to adversity and trauma, as well as the use of a PTSD symptom assessment tool based on the current DSM-V, and the assessment of several traumatic experiences to met the criterion A for the evaluation of the PTSD. Method: The study included 151 adolescents assessed at two distinct moments in time, with an average 6 months interval, aged from 13 to 18 (M = 15.99, SD = 1.25), of whom 68 (45%) were males and 83 (55%) were female. Results: The main results have showed that higher levels of childhood adversity were predictors of higher levels of PTSD symptoms. However, social support was not a predictor of PTSD symptoms, in a model in which socio-demographic variables and childhood adversity were adjusted. Additionally, the moderating effect of social support did not occur. Conclusions: This study suggests that interventions, which intent to reduce the impact of trauma on young people (PTSD symptoms), should include the assessment of adversity, since this seems to have a direct relationship with PTSD. Therefore, it does not seem to make sense to develop intervention programs focused only on increasing social support in young people exposed to trauma, without considering the evaluation of their history of adversity. It seems to be fundamental to evaluate and intervene in the change of potential maladaptive cognitive schemas as consequence of adversity exposure, and which subsequent trauma only confirmed them, preventing social support from having a protective effect as expected.2018-12-18T18:36:41Z2018-01-01T00:00:00Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/9266TID:202054675porFreitas, Ana Rita Ferreira deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:08:38Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/9266Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:15:47.844202Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A presente dissertação teve como objetivo avaliar a relação entre adversidade na infância, suporte social e Perturbação Stress Pós-Traumático (PTSD) em jovens com história de adversidade e trauma. A novidade do estudo prendeu-se com o facto de ser um estudo longitudinal com adolescentes expostos à adversidade e trauma, bem como a utilização de um instrumento de avaliação de sintomatologia de PTSD com base no atual DSM-V e uma escala de avaliação de experiências traumáticas (LEC-5) para avaliação do critério (A) de PTSD. Método: O estudo incluiu 151 jovens com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos (M = 15,99; DP = 1,25), dos quais 68 (45%) eram do sexo masculino e 83 (55%) do sexo feminino, avaliados em dois momentos temporais distintos, com um período de intervalo, em média, de 6 meses. Resultados: Os principais resultados obtidos revelaram que níveis mais elevados de adversidade na infância foram preditores de níveis mais elevados de sintomatologia de PTSD. No entanto, o suporte social não foi preditor de sintomatologia de PTSD, num modelo em que foram ajustadas variáveis sociodemográficas e adversidade na infância. O efeito moderador do suporte social também não se verificou. Conclusões: este estudo sugere que as intervenções, que tenham como objetivo diminuir o impacto do trauma em jovens (sintomas de PTSD), devem incluir a avaliação de adversidade, uma vez que esta parece ter uma relação direta com PTSD. Ou seja, não parece fazer sentido desenvolver programas de intervenção apenas focados no aumento do suporte social em jovens expostos ao trauma, sem considerar a avaliação da sua história de adversidade. Parece ser fundamental avaliar e intervir na mudança de potenciais esquemas cognitivos desadaptativos que se desenvolvem em consequência da exposição à adversidade, e que o trauma posterior só os vem confirmar, impedindo que o suporte social tenha um efeito protetor conforme seria esperado. |
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