Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Ana Filipa
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Pereira, Elisabete, Matias, Francisco, Azenha, Marta, Macedo, Ana Luísa, Órfão, Maria do Rosário
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25751/rspa.10127
Resumo: Introdução: A monitorização da temperatura, manutenção da normotermia, prevenção e tratamento da hipotermia perioperatória inadvertida são considerados, atualmente, standard of care. Este trabalho teve como principais objetivos conhecer a prevalência da monitorização e manutenção da temperatura no período perioperatório, nas instituições de saúde em Portugal; e identificar os motivos para o eventual incumprimento das recomendações internacionais. Material e Métodos: Foi elaborado um inquérito aos anestesiologistas portugueses, que pretendia avaliar a importância que estes atribuem à monitorização da temperatura e prevenção da hipotermia perioperatória inadvertida, assim como a sua prática clínica nas instituições onde exercem funções. Resultados: Obtiveram-se 108 respostas ao questionário. A maioria dos anestesiologistas atribui grande importância à monitorização da temperatura. Contudo, a maioria admite não monitorizar ou fazê-lo com pouca frequência no pré-operatório, e de forma mais frequente no intra-operatório e pós-operatório imediato. A maioria dos inquiridos considera como indicação para aquecimento ativo um volume ≥1000ml/h e tempo anestésico previsto >60 minutos. Quanto à temperatura das salas de bloco operatório foi referida como sendo <21ºC pela maioria dos inquiridos. Discussão e Conclusão: Verificamos que a monitorização da temperatura é um aspeto considerado importante na qualidade da prática anestésica. O local de monitorização da temperatura parece depender do doente e do procedimento cirúrgico. Destaca-se a necessidade, por parte das diversas instituições de saúde do país, de mais investimento em dispositivos de aquecimento e técnicas de monitorização de temperatura, de forma a melhorar a qualidade do desempenho. Salienta-se ainda a necessidade de recomendações sobre este tópico, adequadas à realidade nacional.
id RCAP_0d5f1a2238bc9658de8fb5ee472716af
oai_identifier_str oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/10127
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliaçãoManutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliaçãoArtigo OriginalIntrodução: A monitorização da temperatura, manutenção da normotermia, prevenção e tratamento da hipotermia perioperatória inadvertida são considerados, atualmente, standard of care. Este trabalho teve como principais objetivos conhecer a prevalência da monitorização e manutenção da temperatura no período perioperatório, nas instituições de saúde em Portugal; e identificar os motivos para o eventual incumprimento das recomendações internacionais. Material e Métodos: Foi elaborado um inquérito aos anestesiologistas portugueses, que pretendia avaliar a importância que estes atribuem à monitorização da temperatura e prevenção da hipotermia perioperatória inadvertida, assim como a sua prática clínica nas instituições onde exercem funções. Resultados: Obtiveram-se 108 respostas ao questionário. A maioria dos anestesiologistas atribui grande importância à monitorização da temperatura. Contudo, a maioria admite não monitorizar ou fazê-lo com pouca frequência no pré-operatório, e de forma mais frequente no intra-operatório e pós-operatório imediato. A maioria dos inquiridos considera como indicação para aquecimento ativo um volume ≥1000ml/h e tempo anestésico previsto >60 minutos. Quanto à temperatura das salas de bloco operatório foi referida como sendo <21ºC pela maioria dos inquiridos. Discussão e Conclusão: Verificamos que a monitorização da temperatura é um aspeto considerado importante na qualidade da prática anestésica. O local de monitorização da temperatura parece depender do doente e do procedimento cirúrgico. Destaca-se a necessidade, por parte das diversas instituições de saúde do país, de mais investimento em dispositivos de aquecimento e técnicas de monitorização de temperatura, de forma a melhorar a qualidade do desempenho. Salienta-se ainda a necessidade de recomendações sobre este tópico, adequadas à realidade nacional.Introduction: Temperature monitoring, maintenance of normothermia, prevention and treatment of inadvertent perioperative hypothermia are considered standard of care. The aim of this study was to evaluate the level of monitoring and maintenance of temperature in the perioperative period at portuguese hospitals; and to understand why international guidelines have not been fulfilled.Material and methods: A survey among anesthesiologists assessed estimated importance and clinical practice in terms of temperature monitoring and prevention of inadvertent perioperative hypothermia.Results: A total of 108 anesthesiologists answered the questionnaire. Most anesthesiologists considered temperature monitoring of great importance. However, most of them admitted monitoring only intraoperatively. Active warming was considered an indication if intravenous fluids and blood products were given at infusion rates above 1000ml/h and expected duration of anesthesia longer than 60 minutes. Besides, operating rooms show an ambient temperature below 21ºC, in most cases.Discussion and Conclusion: Temperature monitoring is an important issue for assessing the quality of anesthesia. The best monitoring sites depend on patients and kind of surgery. All effort to prevent hypothermia should be done, including the more frequently use of body temperature monitoring and methods to warm patients. We emphasize the need for more investment in heating and temperature monitoring devices, in order to improve our performance. We also need a national guideline based on our reality.Sociedade Portuguesa de Anestesiologia2017-03-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25751/rspa.10127por0871-6099Ribeiro, Ana FilipaPereira, ElisabeteMatias, FranciscoAzenha, MartaMacedo, Ana LuísaÓrfão, Maria do Rosárioinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-23T15:34:43Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/10127Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:04:11.794915Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação
Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação
title Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação
spellingShingle Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação
Ribeiro, Ana Filipa
Artigo Original
title_short Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação
title_full Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação
title_fullStr Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação
title_full_unstemmed Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação
title_sort Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação
author Ribeiro, Ana Filipa
author_facet Ribeiro, Ana Filipa
Pereira, Elisabete
Matias, Francisco
Azenha, Marta
Macedo, Ana Luísa
Órfão, Maria do Rosário
author_role author
author2 Pereira, Elisabete
Matias, Francisco
Azenha, Marta
Macedo, Ana Luísa
Órfão, Maria do Rosário
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Ribeiro, Ana Filipa
Pereira, Elisabete
Matias, Francisco
Azenha, Marta
Macedo, Ana Luísa
Órfão, Maria do Rosário
dc.subject.por.fl_str_mv Artigo Original
topic Artigo Original
description Introdução: A monitorização da temperatura, manutenção da normotermia, prevenção e tratamento da hipotermia perioperatória inadvertida são considerados, atualmente, standard of care. Este trabalho teve como principais objetivos conhecer a prevalência da monitorização e manutenção da temperatura no período perioperatório, nas instituições de saúde em Portugal; e identificar os motivos para o eventual incumprimento das recomendações internacionais. Material e Métodos: Foi elaborado um inquérito aos anestesiologistas portugueses, que pretendia avaliar a importância que estes atribuem à monitorização da temperatura e prevenção da hipotermia perioperatória inadvertida, assim como a sua prática clínica nas instituições onde exercem funções. Resultados: Obtiveram-se 108 respostas ao questionário. A maioria dos anestesiologistas atribui grande importância à monitorização da temperatura. Contudo, a maioria admite não monitorizar ou fazê-lo com pouca frequência no pré-operatório, e de forma mais frequente no intra-operatório e pós-operatório imediato. A maioria dos inquiridos considera como indicação para aquecimento ativo um volume ≥1000ml/h e tempo anestésico previsto >60 minutos. Quanto à temperatura das salas de bloco operatório foi referida como sendo <21ºC pela maioria dos inquiridos. Discussão e Conclusão: Verificamos que a monitorização da temperatura é um aspeto considerado importante na qualidade da prática anestésica. O local de monitorização da temperatura parece depender do doente e do procedimento cirúrgico. Destaca-se a necessidade, por parte das diversas instituições de saúde do país, de mais investimento em dispositivos de aquecimento e técnicas de monitorização de temperatura, de forma a melhorar a qualidade do desempenho. Salienta-se ainda a necessidade de recomendações sobre este tópico, adequadas à realidade nacional.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-03-09T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.25751/rspa.10127
url https://doi.org/10.25751/rspa.10127
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 0871-6099
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Anestesiologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Anestesiologia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799130505202892800