Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25751/rspa.10127 |
Resumo: | Introdução: A monitorização da temperatura, manutenção da normotermia, prevenção e tratamento da hipotermia perioperatória inadvertida são considerados, atualmente, standard of care. Este trabalho teve como principais objetivos conhecer a prevalência da monitorização e manutenção da temperatura no período perioperatório, nas instituições de saúde em Portugal; e identificar os motivos para o eventual incumprimento das recomendações internacionais. Material e Métodos: Foi elaborado um inquérito aos anestesiologistas portugueses, que pretendia avaliar a importância que estes atribuem à monitorização da temperatura e prevenção da hipotermia perioperatória inadvertida, assim como a sua prática clínica nas instituições onde exercem funções. Resultados: Obtiveram-se 108 respostas ao questionário. A maioria dos anestesiologistas atribui grande importância à monitorização da temperatura. Contudo, a maioria admite não monitorizar ou fazê-lo com pouca frequência no pré-operatório, e de forma mais frequente no intra-operatório e pós-operatório imediato. A maioria dos inquiridos considera como indicação para aquecimento ativo um volume ≥1000ml/h e tempo anestésico previsto >60 minutos. Quanto à temperatura das salas de bloco operatório foi referida como sendo <21ºC pela maioria dos inquiridos. Discussão e Conclusão: Verificamos que a monitorização da temperatura é um aspeto considerado importante na qualidade da prática anestésica. O local de monitorização da temperatura parece depender do doente e do procedimento cirúrgico. Destaca-se a necessidade, por parte das diversas instituições de saúde do país, de mais investimento em dispositivos de aquecimento e técnicas de monitorização de temperatura, de forma a melhorar a qualidade do desempenho. Salienta-se ainda a necessidade de recomendações sobre este tópico, adequadas à realidade nacional. |
id |
RCAP_0d5f1a2238bc9658de8fb5ee472716af |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/10127 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliaçãoManutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliaçãoArtigo OriginalIntrodução: A monitorização da temperatura, manutenção da normotermia, prevenção e tratamento da hipotermia perioperatória inadvertida são considerados, atualmente, standard of care. Este trabalho teve como principais objetivos conhecer a prevalência da monitorização e manutenção da temperatura no período perioperatório, nas instituições de saúde em Portugal; e identificar os motivos para o eventual incumprimento das recomendações internacionais. Material e Métodos: Foi elaborado um inquérito aos anestesiologistas portugueses, que pretendia avaliar a importância que estes atribuem à monitorização da temperatura e prevenção da hipotermia perioperatória inadvertida, assim como a sua prática clínica nas instituições onde exercem funções. Resultados: Obtiveram-se 108 respostas ao questionário. A maioria dos anestesiologistas atribui grande importância à monitorização da temperatura. Contudo, a maioria admite não monitorizar ou fazê-lo com pouca frequência no pré-operatório, e de forma mais frequente no intra-operatório e pós-operatório imediato. A maioria dos inquiridos considera como indicação para aquecimento ativo um volume ≥1000ml/h e tempo anestésico previsto >60 minutos. Quanto à temperatura das salas de bloco operatório foi referida como sendo <21ºC pela maioria dos inquiridos. Discussão e Conclusão: Verificamos que a monitorização da temperatura é um aspeto considerado importante na qualidade da prática anestésica. O local de monitorização da temperatura parece depender do doente e do procedimento cirúrgico. Destaca-se a necessidade, por parte das diversas instituições de saúde do país, de mais investimento em dispositivos de aquecimento e técnicas de monitorização de temperatura, de forma a melhorar a qualidade do desempenho. Salienta-se ainda a necessidade de recomendações sobre este tópico, adequadas à realidade nacional.Introduction: Temperature monitoring, maintenance of normothermia, prevention and treatment of inadvertent perioperative hypothermia are considered standard of care. The aim of this study was to evaluate the level of monitoring and maintenance of temperature in the perioperative period at portuguese hospitals; and to understand why international guidelines have not been fulfilled.Material and methods: A survey among anesthesiologists assessed estimated importance and clinical practice in terms of temperature monitoring and prevention of inadvertent perioperative hypothermia.Results: A total of 108 anesthesiologists answered the questionnaire. Most anesthesiologists considered temperature monitoring of great importance. However, most of them admitted monitoring only intraoperatively. Active warming was considered an indication if intravenous fluids and blood products were given at infusion rates above 1000ml/h and expected duration of anesthesia longer than 60 minutes. Besides, operating rooms show an ambient temperature below 21ºC, in most cases.Discussion and Conclusion: Temperature monitoring is an important issue for assessing the quality of anesthesia. The best monitoring sites depend on patients and kind of surgery. All effort to prevent hypothermia should be done, including the more frequently use of body temperature monitoring and methods to warm patients. We emphasize the need for more investment in heating and temperature monitoring devices, in order to improve our performance. We also need a national guideline based on our reality.Sociedade Portuguesa de Anestesiologia2017-03-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25751/rspa.10127por0871-6099Ribeiro, Ana FilipaPereira, ElisabeteMatias, FranciscoAzenha, MartaMacedo, Ana LuísaÓrfão, Maria do Rosárioinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-23T15:34:43Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/10127Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:04:11.794915Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação |
title |
Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação |
spellingShingle |
Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação Ribeiro, Ana Filipa Artigo Original |
title_short |
Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação |
title_full |
Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação |
title_fullStr |
Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação |
title_full_unstemmed |
Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação |
title_sort |
Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação |
author |
Ribeiro, Ana Filipa |
author_facet |
Ribeiro, Ana Filipa Pereira, Elisabete Matias, Francisco Azenha, Marta Macedo, Ana Luísa Órfão, Maria do Rosário |
author_role |
author |
author2 |
Pereira, Elisabete Matias, Francisco Azenha, Marta Macedo, Ana Luísa Órfão, Maria do Rosário |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ribeiro, Ana Filipa Pereira, Elisabete Matias, Francisco Azenha, Marta Macedo, Ana Luísa Órfão, Maria do Rosário |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Artigo Original |
topic |
Artigo Original |
description |
Introdução: A monitorização da temperatura, manutenção da normotermia, prevenção e tratamento da hipotermia perioperatória inadvertida são considerados, atualmente, standard of care. Este trabalho teve como principais objetivos conhecer a prevalência da monitorização e manutenção da temperatura no período perioperatório, nas instituições de saúde em Portugal; e identificar os motivos para o eventual incumprimento das recomendações internacionais. Material e Métodos: Foi elaborado um inquérito aos anestesiologistas portugueses, que pretendia avaliar a importância que estes atribuem à monitorização da temperatura e prevenção da hipotermia perioperatória inadvertida, assim como a sua prática clínica nas instituições onde exercem funções. Resultados: Obtiveram-se 108 respostas ao questionário. A maioria dos anestesiologistas atribui grande importância à monitorização da temperatura. Contudo, a maioria admite não monitorizar ou fazê-lo com pouca frequência no pré-operatório, e de forma mais frequente no intra-operatório e pós-operatório imediato. A maioria dos inquiridos considera como indicação para aquecimento ativo um volume ≥1000ml/h e tempo anestésico previsto >60 minutos. Quanto à temperatura das salas de bloco operatório foi referida como sendo <21ºC pela maioria dos inquiridos. Discussão e Conclusão: Verificamos que a monitorização da temperatura é um aspeto considerado importante na qualidade da prática anestésica. O local de monitorização da temperatura parece depender do doente e do procedimento cirúrgico. Destaca-se a necessidade, por parte das diversas instituições de saúde do país, de mais investimento em dispositivos de aquecimento e técnicas de monitorização de temperatura, de forma a melhorar a qualidade do desempenho. Salienta-se ainda a necessidade de recomendações sobre este tópico, adequadas à realidade nacional. |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017-03-09T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.25751/rspa.10127 |
url |
https://doi.org/10.25751/rspa.10127 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
0871-6099 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Anestesiologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Anestesiologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130505202892800 |