Género e corporificação na sociedade mundial
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.21814/rlec.96 |
Resumo: | O feminismo contestou as ideologias de género conservadoras, realçando a construção social do género, o que suscitou o risco de tratar o género como sendo descorporificado. O género é, efetivamente, integralmente social, mas também é corporificado, dizendo respeito à forma como os corpos reprodutores entram na história da humanidade. A condução do processo de corporificação social é inerentemente política e afetada por mudanças recentes no mundo institucional. Em particular, as relações de género são reformuladas no colonialismo e na globalização pós-colonial, eles próprios processos genderizados. Na reconfiguração do poder, tem vindo a emergir um novo tipo de classe dominante, organizada à escala mundial, e a sua liderança masculinizada é articulada com patriarcados locais na nova economia. O desenfreado poder neoliberal conduz a novos níveis de mercantilização dos corpos e a novos padrões de violência de género. A resistência e a oposição também necessitarão de novas configurações políticas. |
id |
RCAP_0d83fe0a1e32283875820ae76e454507 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:journals.uminho.pt:article/1787 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Género e corporificação na sociedade mundialGender and embodiment in world societyArtigos temáticosO feminismo contestou as ideologias de género conservadoras, realçando a construção social do género, o que suscitou o risco de tratar o género como sendo descorporificado. O género é, efetivamente, integralmente social, mas também é corporificado, dizendo respeito à forma como os corpos reprodutores entram na história da humanidade. A condução do processo de corporificação social é inerentemente política e afetada por mudanças recentes no mundo institucional. Em particular, as relações de género são reformuladas no colonialismo e na globalização pós-colonial, eles próprios processos genderizados. Na reconfiguração do poder, tem vindo a emergir um novo tipo de classe dominante, organizada à escala mundial, e a sua liderança masculinizada é articulada com patriarcados locais na nova economia. O desenfreado poder neoliberal conduz a novos níveis de mercantilização dos corpos e a novos padrões de violência de género. A resistência e a oposição também necessitarão de novas configurações políticas.Feminism contested conservative gender ideologies by emphasising the social construction of gender; but this risked treating gender as disembodied. Gender is indeed fully social, but it is also embodied; it concerns the way reproductive bodies enter human history. The steering of the process of social embodiment is inherently political; it is affected by recent changes in the institutional world. Notably, gender relations are re-shaped in colonialism and post-colonial globalization, themselves gendered processes. In the reconfiguration of power, a new kind of ruling class, organized on a world scale, has been emerging; its masculinized leadership is articulated with local patriarchies in the new economy. Unrestrained neoliberal power leads to new levels of commodification of bodies and new patterns of gendered violence. Resistance and opposition will also require new political configurations.Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho2015-06-18T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.21814/rlec.96por2183-08862184-0458Connell, Raewyninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-22T16:20:16Zoai:journals.uminho.pt:article/1787Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:59:15.515255Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Género e corporificação na sociedade mundial Gender and embodiment in world society |
title |
Género e corporificação na sociedade mundial |
spellingShingle |
Género e corporificação na sociedade mundial Connell, Raewyn Artigos temáticos |
title_short |
Género e corporificação na sociedade mundial |
title_full |
Género e corporificação na sociedade mundial |
title_fullStr |
Género e corporificação na sociedade mundial |
title_full_unstemmed |
Género e corporificação na sociedade mundial |
title_sort |
Género e corporificação na sociedade mundial |
author |
Connell, Raewyn |
author_facet |
Connell, Raewyn |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Connell, Raewyn |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Artigos temáticos |
topic |
Artigos temáticos |
description |
O feminismo contestou as ideologias de género conservadoras, realçando a construção social do género, o que suscitou o risco de tratar o género como sendo descorporificado. O género é, efetivamente, integralmente social, mas também é corporificado, dizendo respeito à forma como os corpos reprodutores entram na história da humanidade. A condução do processo de corporificação social é inerentemente política e afetada por mudanças recentes no mundo institucional. Em particular, as relações de género são reformuladas no colonialismo e na globalização pós-colonial, eles próprios processos genderizados. Na reconfiguração do poder, tem vindo a emergir um novo tipo de classe dominante, organizada à escala mundial, e a sua liderança masculinizada é articulada com patriarcados locais na nova economia. O desenfreado poder neoliberal conduz a novos níveis de mercantilização dos corpos e a novos padrões de violência de género. A resistência e a oposição também necessitarão de novas configurações políticas. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-06-18T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.21814/rlec.96 |
url |
https://doi.org/10.21814/rlec.96 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
2183-0886 2184-0458 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho |
publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130459136851968 |