A linha de Cascais: construção e modernização. Reflexos no turismo e no processo de suburbanização da cidade de Lisboa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/9353 |
Resumo: | Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em História, especialização em História Contemporânea |
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A linha de Cascais: construção e modernização. Reflexos no turismo e no processo de suburbanização da cidade de LisboaHistóriaHistória ContemporâneaHistória UrbanaSuburbanizaçãoCaminho-de-ferroLisboaCascaisAlgésEstorilDissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em História, especialização em História ContemporâneaOs projectos iniciais de construção do ramal de Cascais, remontam à década de 50 do século XIX e eram dependentes da edificação da linha de Sintra. Neste contexto, destacam-se aqueles que foram apresentados por Claranges Lucotte e por Thomé Gamond, que visavam ligar a capital a dois espaços de lazer, um associado à montanha, a vila de Sintra e, outro, associado ao crescente gosto pelos banhos de mar, a vila de Cascais. Só a partir da apresentação dos projectos de Hersent, Burnay e da Companhia Real dos Caminhos de Ferro, já na década de 80, é que os planos passaram a apresentar a linha de Cascais de forma independente. À questão turística e de veraneio inerente aos objectivos de construção deste ramal, acrescentou-se a ideia de conexão das vias-férreas à capital e de ligação ao porto de Lisboa. Tendo sido outorgada a construção à C.R.C.F.P., a sua inauguração deu-se de forma faseada entre o final dos anos 80 e meados dos anos 90. Por outro lado, não se deve descurar o pioneirismo desta linha no que concerne à modernização da via-férrea, motivo pelo qual é bastante importante estudar as razões que levaram à electrificação do ramal de Cascais (concorrenciais, de preço do carvão e custo de manutenção da tracção a vapor), incentivando-se uma nova actividade industrial associada à produção de energia eléctrica. Importa ainda referir como esta modernização foi perspectivada, sobretudo, no seio da C.R.C.F.P. e a forma como o empresário Fausto Cardoso de Figueiredo (1880-1950) emergiu neste contexto. A ele está também associada uma iniciativa num novo sector de actividade, o turismo, materializada no seu projecto cosmopolita para o Estoril, o Parque Estoril, intimamente relacionada com a electrificação da linha de caminho-de-ferro. O ramal de Cascais, construído no final do século XIX, tendo, inicialmente, um fito turístico, de veraneio e prática de banhos acabou por se revelar, a partir da sua extensão ao centro de Lisboa e, numa primeira fase, uma via-férrea com um cariz urbano importante ainda que, a partir de 1901/2, se verificasse um significativo aumento do tráfego a partir da zona rural e dentro desta. Uma análise mais detalhada do tráfego mostra que o caminho-de-ferro não só teve influência no desenvolvimento da actividade turística, como também foi determinante na fixação de população nas povoações suburbanas e rurais por ele servidas, que já tinham algum relevo demográfico e sector de actividade a elas associado. Atestou-se, assim, o processo de suburbanização da cidade de Lisboa o qual, alguns anos mais tarde, originou a formação da Área Metropolitana de Lisboa.Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de LisboaSilveira, Luís Nuno Espinha daRUNPaulino, Joana Catarina Vieira2012-102012-10-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/9353porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T03:42:23Zoai:run.unl.pt:10362/9353Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:18:43.640751Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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