Os meus livros
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1997 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.19/714 |
Resumo: | Li o Estrangeiro quando tinha 15 anos. Aquela história de um homem (francês) que mata outro (um árabe), porque estava muito calor, perturbou-me. Claro que Camus é um francês nascido na Argélia e a história supõe um envolvimento político, que poderíamos transpor para uma qualquer situação xenófoba, tão comum actualmente. No entanto, não é isso que dá perenidade à história : antes a ideia que ser próximo ou estranho não são categorias substancialmente estanques, nem dependem apenas de uma filiação /pertença a um grupo de referência . É-se estranho /outro na nossa própria pele, quando as nossas acções não têm, para nós, sentido. É fácil deduzir o que pode acontecer numa sociedade onde este sintoma de alienação se vai subrepticiamente instalando: a breve trecho, os outros são mesmo o inferno, como diria Sartre. |
id |
RCAP_0de7578786f94fb206ffafe7114b527d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/714 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Os meus livrosLiteraturaLi o Estrangeiro quando tinha 15 anos. Aquela história de um homem (francês) que mata outro (um árabe), porque estava muito calor, perturbou-me. Claro que Camus é um francês nascido na Argélia e a história supõe um envolvimento político, que poderíamos transpor para uma qualquer situação xenófoba, tão comum actualmente. No entanto, não é isso que dá perenidade à história : antes a ideia que ser próximo ou estranho não são categorias substancialmente estanques, nem dependem apenas de uma filiação /pertença a um grupo de referência . É-se estranho /outro na nossa própria pele, quando as nossas acções não têm, para nós, sentido. É fácil deduzir o que pode acontecer numa sociedade onde este sintoma de alienação se vai subrepticiamente instalando: a breve trecho, os outros são mesmo o inferno, como diria Sartre.Instituto Politécnico de ViseuRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuMouraz, Ana Paula2011-02-03T12:32:14Z1997-031997-03-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/714porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:24:25Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/714Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:40:10.787154Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Os meus livros |
title |
Os meus livros |
spellingShingle |
Os meus livros Mouraz, Ana Paula Literatura |
title_short |
Os meus livros |
title_full |
Os meus livros |
title_fullStr |
Os meus livros |
title_full_unstemmed |
Os meus livros |
title_sort |
Os meus livros |
author |
Mouraz, Ana Paula |
author_facet |
Mouraz, Ana Paula |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório Científico do Instituto Politécnico de Viseu |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mouraz, Ana Paula |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Literatura |
topic |
Literatura |
description |
Li o Estrangeiro quando tinha 15 anos. Aquela história de um homem (francês) que mata outro (um árabe), porque estava muito calor, perturbou-me. Claro que Camus é um francês nascido na Argélia e a história supõe um envolvimento político, que poderíamos transpor para uma qualquer situação xenófoba, tão comum actualmente. No entanto, não é isso que dá perenidade à história : antes a ideia que ser próximo ou estranho não são categorias substancialmente estanques, nem dependem apenas de uma filiação /pertença a um grupo de referência . É-se estranho /outro na nossa própria pele, quando as nossas acções não têm, para nós, sentido. É fácil deduzir o que pode acontecer numa sociedade onde este sintoma de alienação se vai subrepticiamente instalando: a breve trecho, os outros são mesmo o inferno, como diria Sartre. |
publishDate |
1997 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1997-03 1997-03-01T00:00:00Z 2011-02-03T12:32:14Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.19/714 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.19/714 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Politécnico de Viseu |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Politécnico de Viseu |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130864169254912 |