Masculinidades e a desolada paisagem urbana do cinema noir

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo, Tatiana Brandão de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.13/4960
Resumo: : Um dos personagens presentes no cinema estadunidense desde o início é o de homens que vagam pelas paisagens do país sem rumo e sem raiz. Por mais que a exploração das paisagens inóspitas do Oeste seja uma constante no gênero faroeste, o contexto urbano apresenta outras questões e desafios para esses personagens. Nos anos posteriores à Segunda Guerra Mundial muitas histórias focam nas dificuldades que envolvem a adaptação à vida civil dos que foram à guerra. Esse tema, abordado de diversas maneiras, está presente no cinema noir do período, mas não limitado a ele. Mesmo sem afirmar que o personagem é veterano, os filmes de forma geral possuem protagonistas desenraizados, desesperados e/ou a procura de algo. Partindo do filme de Edgar Ulmer, Detour (1945), o texto debate esses personagens e os desafios que enfrentam em espaços, que diferente do Oeste, não se constituem como um mundo de possibilidades, muito menos representam liberdade. No noir, esse homem sente-se aprisionado mesmo quando vislumbra o Oeste. Apoiada nas discussões de autores como Frank Krutnik (1991), Mike Chopra-Gant (2006) e Michael Kimmel (2005), problematizo a atualidade do tema ainda presente nas representações culturais.
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