"Diabetes Gestacional: uma visão do passado à luz das orientações de hoje, coorte restrospetiva nacional"
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/97603 |
Resumo: | Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina |
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"Diabetes Gestacional: uma visão do passado à luz das orientações de hoje, coorte restrospetiva nacional""Gestational Diabetes: assessing the past through present guidelines, national retrospective cohort"Diabetes GestacionalRastreioDiagnósticoNormasPortugalGestational DiabetesScreeningDiagnosisStandardsPortugalTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: Diabetes Gestacional é uma das endocrinopatias mais comuns no decorrer da gravidez e está associada a vários riscos materno-fetais a curto e longo prazo, sendo por isso muito importante o seu rastreio. Porém não existe consenso internacional quanto aos critérios de rastreio e diagnóstico da diabetes gestacional. Em 2011, a Direção Geral de Saúde (DGS) emitiu novas orientações para o diagnóstico e conduta na Diabetes Gestacional, que vieram substituir as até então utilizadas desde 1998, e que foram contestadas por escasso fundamento científico. Se por um lado, a adoção das novas orientações da DGS permite um diagnóstico mais precoce, por outro, a utilização do limiar de 92 mg/dL na primeira consulta a todas as mulheres grávidas, aumentou a prevalência de diabetes gestacional detetada, o que possui implicações em termos de recursos e custos para a saúde. Neste trabalho, pretendeu-se averiguar se a adoção dos novos critérios de diagnóstico tem potenciais benefícios em termos de complicações maternas, fetais e do RN, em relação aos anteriormente preconizados. Material e Métodos: Foi realizado um estudo observacional longitudinal com dados retrospetivos, em utentes de 3 ARSs de Portugal (Algarve, Centro e Norte) que reuniam as seguintes condições: gestações únicas, no período temporal de 2008 a 2010, com conhecimento do valor de Glicémia em Jejum na primeira consulta e conhecimento do desfecho da gestação. A amostra foi dividida em dois grupos: as mulheres grávidas que, na primeira consulta de vigilância pré-natal, apresentaram um valor de glicémia em jejum entre 92- 139 mg/dL (estas que, de acordo com os antigos critérios eram consideradas de baixo risco, mas que de acordo com os atuais seriam diagnosticadas com DG) e as grávidas com valor inferior a 92 mg/dL, excluindo destes grupos as que tiveram o diagnóstico de Diabetes Gestacional posterior. Foi feita estatística descritiva e inferencial para perceber a diferença entre estes dois grupos.Resultados: Numa amostra total de 251 utentes, foram identificadas 18 com diagnóstico confirmado de Diabetes Gestacional e que por isso não foram incluídas no estudo comparativo de grupos. Das 233 incluídas, 226 (97%) faziam parte do grupo 1 (com GJ <92 mg/dL) e 7 (3%) faziam parte do Grupo 2 (com GJ ≥92mg/dL). Os grupos não possuíam diferenças significativas em relação à idade, peso, aumento ponderal na gravidez, hábitos de vida, antecedentes pessoais e familiares. Também não foram detetadas diferenças estatísticas quando comparadas as complicações (obstétricas, hipertensivas ou infeciosas) ocorridas no decorrer da gravidez (p=0,199), os desfechos das gravidezes (p=0,143), as complicações do parto (p=0,417) ou as complicações associadas ao RN (p=0,079). Discussão e conclusão: A prevalência das complicações obstétricas e/ou perinatais não foi significativamente diferente entre os grupos estudados. É assim discutível o benefício do uso do ponto de coorte de glicémia em jejum de 92 mg/dL para diagnóstico das grávidas com diabetes gestacional.Palavras-chave: DIABETES GESTACIONAL, RASTREIO, DIAGNÓSTICO, NORMAS, PORTUGALIntroduction: Gestational Diabetes is one of the most common endocrinopathies in the course of pregnancy and carries multiple short- and longterm risks for both mother and baby, reason why screening and management of DG are extremely important. However, there is no international consensus on the management of gestational diabetes. In 2011, the General Directorate of Health (DGS) issued new guidelines for the diagnosis and management of Gestational Diabetes, which came to replace those previously used since 1998. If, on the one hand, the adoption of the new DGS guidelines allows an earlier diagnosis, on the other hand, the use of the 92 mg / dL threshold in the first visit for all pregnant women, seems to increase the prevalence of gestational diabetes. Besides the implications in terms of resources and costs for health, there is weak support for their diagnostic criteria by the references mentioned by DGS. In this work, we aimed to ascertain whether or not the adoption of the new diagnostic criteria has benefits in terms of maternal, fetal and newborn complications, in relation to those previously recommended.Material and Methods: This observational study was carried out using retrospective data, of patients from 3 geodemographic areas of Portugal (Algarve, Centro, and Norte), which met the following conditions: single fetal pregnancy between 2008 and 2010, knowledge of the fasting glycemia determination in the first visit and the outcome of pregnancy. The sample was divided into two groups: pregnant women who, in the first prenatal visit, had a fasting blood glucose value between 92-139 mg/dL and pregnant women with a value below 92 mg/dL. Women diagnosed with Gestational Diabetes were excluded from these groups. Descriptive and inferential statistics were used to understand the difference between the two groups. Results: In a total sample of 251 women, 18 had a confirmed diagnosis of Gestational Diabetes and were not included in the comparative study of groups. Of the 233 included, 226 (97%) were part of group 1 (with fasting blood glucose <92 mg / dL) and 7 (3%) were part of Group 2 (with fasting blood glucose ≥92mg / dL). There were no differences between groups concerning to age, body mass index, gestational weight gain, lifestyle, personal and family history. No statistical differences were detected when comparing complications (obstetric, hypertensive or infectious) that occurred during pregnancy (p = 0.199), pregnancy outcomes (p = 0.143), delivery complications (p = 0.417) or complications associated with the newborns (p = 0.079).Discussion and conclusion: The prevalence of obstetric and / or perinatal complications was not significantly different between groups. The benefit of using the fasting blood glucose threshold of 92 mg/dL for the diagnosis of gestational diabetes is questionable.Keywords: GESTATIONAL DIABETES, SCREENING, DIAGNOSIS, STANDARDS, PORTUGAL2020-06-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/97603http://hdl.handle.net/10316/97603TID:202713962porPombo, Ana Margarida Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T05:43:59Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/97603Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:15:35.944849Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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