Do estereótipo à visão fenomenológica: análises sobre o agarrado
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-48902011000100003 |
Resumo: | Este artigo propõe o confronto entre duas visões acerca do toxicodependente: a que é veiculada pelo estereótipo do agarrado e a fenomenológica, proposta aqui a partir do acesso da etnografia à sua experiência. Começamos por caracterizar dois tipos de pensamento, o coisista e o construtivista, como formas de olhar e dizer o real, discutindo assim distâncias e aproximações entre senso-comum e ciência; fazemos em seguida uma breve caracterização do conceito de estereótipo, de modo a enquadrar teoricamente o exercício que nos ocupará o resto do artigo. Este exercício analisa dimensões como a relação da figura do agarrado com a exclusão social, com a temporalidade ou com a (in)capacidade da abstinência. Concluímos, não pela necessidade de correcção do estereótipo do agarrado a partir do que seria uma visão mais rigorosa da ciência, mas pela evidenciação de como, entre ambas, há realimentações mútuas. A linguagem com que falamos da droga é portanto produto duma construção social de que evidenciamos os papéis do senso-comum, da comunicação social e da ciência, em particular da que inscreve a sua produção no dispositivo medicopsicológico. |
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