Streptococcus agalactiae, avaliação da resistência a macrólidos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Torres, Sofia Isabel Ferreira
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/10260
Resumo: Streptococcus ß – hemolítico do grupo B ou S. agalactiae é uma das principais causas de infeções neonatais graves. A maioria das infeções neonatais podem ser prevenidas usando a profilaxia antibiótica intraparto em mulheres colonizadas por esta bactéria e que têm um risco aumentado de transmiti-la aos seus bebés. No entanto, apesar dos ensaios clínicos que demonstram a efetividade da profilaxia antibiótica intraparto, as estratégias de prevenção não foram amplamente e consistentemente implementadas, e a incidência da doença neonatal por este agente não diminui. Para promover uma coordenada aplicação das medidas preventivas, o CDC em conjunto com representantes de associações profissionais, publicou em 1996, recomendações para a prevenção da doença neonatal por Streptococcus agalactiae. Estas recomendações foram revistas em 2002 e mais recentemente em 2010. O objetivo deste estudo foi verificar a ocorrência de colonização por Streptococcus agalactiae em gestantes saudáveis, avaliar a susceptibilidade dos isolados aos antibióticos e determinar os fenótipos de resistência à eritromicina. Realizou-se um estudo envolvendo 212 gestantes que realizaram rastreio para S. agalactiae no Laboratório de Patologia Clínica Hilário de Lima, em Braga, no período de 1 de Julho de 2012 a 31 de Agosto de 2012. Foram colhidas amostras vaginal e retal para rastrear a presença de colonização por S.agalactiae. O procedimento laboratorial para a deteção da colonização por S. agalactiae foi o recomendado pelo CDC. Os rastreios positivos (34) foram avaliados quanto ao perfil de suscetibilidade aos antibióticos de eleição para a profilaxia (penicilina, ampicilina, eritromicina e clindamicina). Os isolados que apresentaram resistência a eritromicina (17.6%) foram estudados para determinar o fenótipo de resistência à eritromicina, sendo que 100% desses isolados apresentaram fenótipo MLSB constitutivo. Neste estudo foram também incluídos 39 isolados de S. agalactiae, obtidos de gestantes que apresentaram rastreio positivo para este agente, sendo este rastreio realizado no Centro Hospitalar do Porto- Hospital de Santo António. Estas amostras foram estudadas quanto ao perfil de resistência à eritromicina e clindamicina apresentando uma taxa de resistência, respetivamente, de 33.4% e 15.4%, sendo que 69.2% dos isolados resistentes à eritromicina apresentavam fenótipo MLSB constitutivo e 30.8% apresentavam o fenótipo M (resistência apenas a macrólidos).
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Estas recomendações foram revistas em 2002 e mais recentemente em 2010. O objetivo deste estudo foi verificar a ocorrência de colonização por Streptococcus agalactiae em gestantes saudáveis, avaliar a susceptibilidade dos isolados aos antibióticos e determinar os fenótipos de resistência à eritromicina. Realizou-se um estudo envolvendo 212 gestantes que realizaram rastreio para S. agalactiae no Laboratório de Patologia Clínica Hilário de Lima, em Braga, no período de 1 de Julho de 2012 a 31 de Agosto de 2012. Foram colhidas amostras vaginal e retal para rastrear a presença de colonização por S.agalactiae. O procedimento laboratorial para a deteção da colonização por S. agalactiae foi o recomendado pelo CDC. Os rastreios positivos (34) foram avaliados quanto ao perfil de suscetibilidade aos antibióticos de eleição para a profilaxia (penicilina, ampicilina, eritromicina e clindamicina). Os isolados que apresentaram resistência a eritromicina (17.6%) foram estudados para determinar o fenótipo de resistência à eritromicina, sendo que 100% desses isolados apresentaram fenótipo MLSB constitutivo. Neste estudo foram também incluídos 39 isolados de S. agalactiae, obtidos de gestantes que apresentaram rastreio positivo para este agente, sendo este rastreio realizado no Centro Hospitalar do Porto- Hospital de Santo António. Estas amostras foram estudadas quanto ao perfil de resistência à eritromicina e clindamicina apresentando uma taxa de resistência, respetivamente, de 33.4% e 15.4%, sendo que 69.2% dos isolados resistentes à eritromicina apresentavam fenótipo MLSB constitutivo e 30.8% apresentavam o fenótipo M (resistência apenas a macrólidos).Group B streptococcus is a leading cause of serious neonatal infections. Most neonatal infections can be prevented using the intrapartum antibiotic prophylaxis in women colonized by the bacteria and have an increased risk to transmit it to their babies. However, despite clinical trials that demonstrate the effectiveness of intrapartum antibiotic prophylaxis, prevention strategies were not implemented widely and consistently, and the incidence of neonatal GBS disease has not declined. To promote a coordinated application of preventive measures, the CDC together with representatives of professional associations, published in 1996, recommendations for the prevention of neonatal disease by Streptococcus agalactiae. These recommendations were revised in 2002 and most recently in 2010. The aim of this study was to determine the occurrence of colonization by Streptococcus agalactiae in healthy pregnant women, to evaluate the susceptibility of isolates to antibiotics and determine the phenotypes of erythromycin resistance. We conducted a study involving 212 pregnant women who were screened for S. agalactiae in the Laboratory of Clinical Pathology Hilary of Lima, in Braga, in the period 1 July 2012 to 31 August 2012. Samples were collected vaginal and rectal to track the presence of colonization by S. agalactiae. The testing procedure for detection of colonization by S. agalactiae was recommended by the CDC. The positive screenings (34) were evaluated for susceptibility to antibiotics of choice for prophylaxis (penicillin, ampicillin, erythromycin and clindamycin). The isolates that were resistant to erythromycin (17.6%) were studied to determine the phenotype of resistance to erythromycin, and 100% of these isolates showed constitutive MLSB phenotype. In this study we also included 39 isolates of S. agalactiae obtained from women who had screened positive for this agent, and this screening held at the Centro Hospitalar do Porto – Hospital de Santo António. These samples were studied as to their resistance to erythromycin and clindamycin resistance showing a rate of, respectively, 33.4% and 15.4%, and 69.2% of isolates were resistant to erythromycin constitutive MLSB phenotype and 30.8% had the M phenotype (resistance only macrolides).Universidade de Aveiro2013-04-26T10:05:01Z2012-01-01T00:00:00Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/10260porTorres, Sofia Isabel Ferreirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:17:53Zoai:ria.ua.pt:10773/10260Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:46:55.027144Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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