Redes comunitárias costeiras de cuidado: direito ao território e pandemia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Patricia
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/96777
Resumo: O presente artigo trata das políticas de vida e de morte explicitadas pela pandemia do coronavírus, com foco nas redes de cuidado mobilizadas na defesa dos povos e comunidades tradicionais guarani mbya, quilombolas e caiçaras na disputa de seus territórios em Ubatuba. Situada nesse ponto específico da costa atlântica e, a partir da abordagem dos entramados comunitários de Raquel Gutierrez Aguilar, investigo os sentidos do comum no âmbito das lutas territoriais costeiras face à colonialidade moderna contemporânea. Como resultado identificou-se que a experiência de defesa da vida nas escalas de territorialidades intracomunitária e intercomunidades durante a pandemia da Covid-19, ampliou o espaço público para além da dimensão privada e estatal, ao mesmo tempo que avançou na instituição de um direito comunitário insurgente de reprodução da vida. A partir do protagonismo feminino nas ações coletivas de defesa do direito ao território fortaleceu-se a permanência e retomada de seus territórios ancestrais num contexto de intenso acirramento dos conflitos decorrentes de novos ciclos de privatização.
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