A Comunidade de Estados Independentes: desafios e resiliência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/2961 |
Resumo: | A Comunidade de Estados Independentes (CIS) foi estabelecida em 1991 pelo acordo de Minsk entre a Federação Russa, a Bielorrússia e a Ucrânia, com vista à gestão do processo de desmembramento da União Soviética e à promoção da cooperação multilateral nas esferas políticas, económicas e securitárias. A constituição de um espaço pós-soviético ficou marcada por claros desequilíbrios de poder entre os seus membros, por um carácter instrumental e pragmático da cooperação regional e por uma fragmentação dos formatos institucionais que, no seu conjunto, produziram resultados muito limitados nas três áreas. Apesar da resiliência da CEI, a organização enfrenta hoje um conjunto de desafios significativos que poderão colocar em causa a sua pertinência no actual contexto regional do espaço pós-soviético. Em primeiro lugar, a cooperação no âmbito da CEI continua a ser geograficamente fragmentada, após a saída da Geórgia (2008) e da Ucrânia (2014) e tendo em conta a participação limitada do Turquemenistão. Em segundo lugar, as assimetrias de poder favoráveis à Federação Russa e a sua aposta em formatos temáticos bilaterais e de geometria variável, limitando o poder negocial dos seus parceiros, refor- çam um princípio de desconfiança em relação a Moscovo. Um terceiro desafio prende-se com a criação de outros formatos de integração regional, como a União da Eurásia, que poderão esvaziar a CEI das suas funções e competências. |
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A Comunidade de Estados Independentes: desafios e resiliênciaComunidade de Estados IndependentesA Comunidade de Estados Independentes (CIS) foi estabelecida em 1991 pelo acordo de Minsk entre a Federação Russa, a Bielorrússia e a Ucrânia, com vista à gestão do processo de desmembramento da União Soviética e à promoção da cooperação multilateral nas esferas políticas, económicas e securitárias. A constituição de um espaço pós-soviético ficou marcada por claros desequilíbrios de poder entre os seus membros, por um carácter instrumental e pragmático da cooperação regional e por uma fragmentação dos formatos institucionais que, no seu conjunto, produziram resultados muito limitados nas três áreas. Apesar da resiliência da CEI, a organização enfrenta hoje um conjunto de desafios significativos que poderão colocar em causa a sua pertinência no actual contexto regional do espaço pós-soviético. Em primeiro lugar, a cooperação no âmbito da CEI continua a ser geograficamente fragmentada, após a saída da Geórgia (2008) e da Ucrânia (2014) e tendo em conta a participação limitada do Turquemenistão. Em segundo lugar, as assimetrias de poder favoráveis à Federação Russa e a sua aposta em formatos temáticos bilaterais e de geometria variável, limitando o poder negocial dos seus parceiros, refor- çam um princípio de desconfiança em relação a Moscovo. Um terceiro desafio prende-se com a criação de outros formatos de integração regional, como a União da Eurásia, que poderão esvaziar a CEI das suas funções e competências.OBSERVARE. Universidade Autónoma de Lisboa2017-01-26T19:15:10Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11144/2961por2183-4814Simão, Licíniainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-11T02:25:30Zoai:repositorio.ual.pt:11144/2961Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:35:09.984275Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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