Arte urbana - Cidade. Bairro. Obra.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Papa, Maria Olguta
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/15222
Resumo: Desde a infância que trazemos connosco um impulso de experimentar, por curiosidade, de riscar e marcar os lugares. Um ato ancestral, primordial, de marcar o lugar habitado, de associar imagens a realidades vivida e, mais recentemente, como manifestação politicas ou de comunicações de desejos individuais e sociais. Este impulso de humanização do território mantém-se presente nas cidades, que se encontram cheias de imagens, de registos, com significados mais ou menos decifráveis. No Ocidente, a partir dos anos 1970, desenvolveu-se um género urbano de intervenção direta no espaço público: a cultura do "Graffiti". Inicialmente de carácter ilegal, executado de surpresa, com um carácter público sobre suportes privados, confrontava, de modo inesperado e por vezes violento, o cidadão comum. Intrometendo-se no espaço público impunha um discurso que nem todos compreendiam e, independentemente da qualidade da obra, o realizador procurava e ainda procura uma exposição surpreendente e provocadora. A disseminação do "Graffiti" abriu o caminho para ampliação do conceito de Arte Urbana. Atualmente a coroa urbana de Lisboa agrega inúmeras obras em inúmeros locais, contando inclusivamente com mais de 100 obras legais, isto é, encomendadas institucionalmente. Esta institucionalização reflete um reconhecimento de valor pela sociedade. Valor que conduziu a programação de intervenções em territórios urbanos deprimidos: locais desarticulados, marginalizados, sem espaço público estruturado, com uma população carente, onde o "graffiti", entendido como Arte Urbana, torna-se uma ferramenta de integração urbana e de inversão de estigmas existentes. Tomando como caso de estudo a Quinta do Mocho, este trabalho tenta compreender este fenómeno de transformação do "Graffiti" em instrumento de reabilitação urbana, onde um bairro social marginalizado passa a ser reconhecido como uma grande Galeria de Arte e a integrar um Festival de Arte Urbana.
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