Huntington e o debate sobre o choque de civilizações

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Ivan
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/1142
Resumo: Com o seu instinto para a frase sonante e para a formulação provocadora, Huntington suscitou, logo em 1993, uma reacção fora do comum à sua tese do choque de civilizações, formulada num artigo na revista Foreign Affairs. Mas o facto de ter falado no declínio da hegemonia ocidental numa altura em que o poder dos EUA estava no auge funciona agora a seu crédito, como também o facto de ter sido pessimista no imediato pós-Guerra Fria, também: esse período é hoje encarado como uma fugaz década de optimismo, iniciada em Novembro de 1989, quando caiu o muro de Berlim, e enterrada sob as Torres Gémeas de Nova Iorque, em Setembro de 2001. Ao dispor de uma linguagem aparentemente adequada para explicar os acontecimentos logo no momento em que se deu o 11 de Setembro, a tese de Huntington ganhou uma importância extraordinária no debate político à escala mundial (e não apenas ocidental). E, ainda, ao valorizar o papel, não da ideologia, mas da religião na política internacional, a tese parece tornar-se cada vez mais relevante à medida que nos afastamos do fim da Guerra Fria.
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