Apoio social e solidão: Reflexos na população idosa em contexto institucional e comunitário.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amaro da Luz, Helena
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Miguel, Isabel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11328/1485
Resumo: Objetivos: O apoio proveniente das redes sociais reflete, junto dos idoso, níveis de satisfação diferenciados, os quais se associam a variáveis contextuais, facultando, de igual modo, leituras explicativas sobre a predição da solidão. Deste modo, pretende-se, neste estudo, distinguir as redes sociais dos idosos que constituem a amostra, discutir os níveis de satisfação que apresentam com as redes de apoio social e a percepção que evidenciam relativa a sentimentos de solidão, tendo por base a influência da variável residência. A par, será retida a percepção subjetiva da solidão, para analisar os modelos explicativos que lhe estão hierarquicamente subjacentes. Método: A amostra deste estudo envolveu 221 idosos, dos quais 99 (44, 8%) vivem na comunidade e 122 (55,2%) residem em instituição. O protocolo foi composto por: Questionário Sociodemográfico; Escala de Redes Sociais de Lubben; Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS) e Escala de Solidão da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA). Resultados: A comparação nas redes de apoio social entre os participantes revela, a partir dos testes univariados, a existência de diferenças estatisticamente significativas em todas as dimensões consideradas: os residentes na comunidade apresentam uma rede de suporte familiar, de amigos e de confidentes mais alargada do que os residentes em estrutura residencial para idosos. Os testes subsequentes relativos à satisfação com a rede de apoio revelam diferenças estatisticamente significativas nas dimensões relativas à satisfação com os amigos, família e apoio social, sendo os participantes residentes na comunidade os mais satisfeitos. A regressão hierárquica múltipla revela acréscimos na variância explicada da solidão, evidenciando o modelo final que a satisfação com a família, a existência de confidentes e de uma rede de amigos se revelam bons preditores negativos da solidão. Conclusões: Os idosos a residir na comunidade reportam, comparativamente aos participantes em lar, níveis mais elevados de suporte social ativo ou recebido, bem como de suporte social percebido como disponível em caso de necessidade. Por si só, a variável residência não influi na percepção subjetiva da solidão dos grupos em análise. No entanto quando se focalizam as vivências em lar, o apoio recebido e a satisfação com o suporte social revelam ser contributos importantes para minimizar a solidão destes idosos.
id RCAP_10bb91288d6fc8918f8d3476813da6d0
oai_identifier_str oai:repositorio.uportu.pt:11328/1485
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str
spelling Apoio social e solidão: Reflexos na população idosa em contexto institucional e comunitário.Rede de apoio socialSatisfação com o suporte socialSolidãoIdososSocial support networkSatisfaction with social supportLonelinessElderlyObjetivos: O apoio proveniente das redes sociais reflete, junto dos idoso, níveis de satisfação diferenciados, os quais se associam a variáveis contextuais, facultando, de igual modo, leituras explicativas sobre a predição da solidão. Deste modo, pretende-se, neste estudo, distinguir as redes sociais dos idosos que constituem a amostra, discutir os níveis de satisfação que apresentam com as redes de apoio social e a percepção que evidenciam relativa a sentimentos de solidão, tendo por base a influência da variável residência. A par, será retida a percepção subjetiva da solidão, para analisar os modelos explicativos que lhe estão hierarquicamente subjacentes. Método: A amostra deste estudo envolveu 221 idosos, dos quais 99 (44, 8%) vivem na comunidade e 122 (55,2%) residem em instituição. O protocolo foi composto por: Questionário Sociodemográfico; Escala de Redes Sociais de Lubben; Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS) e Escala de Solidão da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA). Resultados: A comparação nas redes de apoio social entre os participantes revela, a partir dos testes univariados, a existência de diferenças estatisticamente significativas em todas as dimensões consideradas: os residentes na comunidade apresentam uma rede de suporte familiar, de amigos e de confidentes mais alargada do que os residentes em estrutura residencial para idosos. Os testes subsequentes relativos à satisfação com a rede de apoio revelam diferenças estatisticamente significativas nas dimensões relativas à satisfação com os amigos, família e apoio social, sendo os participantes residentes na comunidade os mais satisfeitos. A regressão hierárquica múltipla revela acréscimos na variância explicada da solidão, evidenciando o modelo final que a satisfação com a família, a existência de confidentes e de uma rede de amigos se revelam bons preditores negativos da solidão. Conclusões: Os idosos a residir na comunidade reportam, comparativamente aos participantes em lar, níveis mais elevados de suporte social ativo ou recebido, bem como de suporte social percebido como disponível em caso de necessidade. Por si só, a variável residência não influi na percepção subjetiva da solidão dos grupos em análise. No entanto quando se focalizam as vivências em lar, o apoio recebido e a satisfação com o suporte social revelam ser contributos importantes para minimizar a solidão destes idosos.Instituto Superior Miguel Torga2016-04-11T17:04:41Z2015-01-01T00:00:00Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11328/1485porAmaro da Luz, HelenaMiguel, Isabelinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-06-15T02:09:43ZPortal AgregadorONG
dc.title.none.fl_str_mv Apoio social e solidão: Reflexos na população idosa em contexto institucional e comunitário.
title Apoio social e solidão: Reflexos na população idosa em contexto institucional e comunitário.
spellingShingle Apoio social e solidão: Reflexos na população idosa em contexto institucional e comunitário.
Amaro da Luz, Helena
Rede de apoio social
Satisfação com o suporte social
Solidão
Idosos
Social support network
Satisfaction with social support
Loneliness
Elderly
title_short Apoio social e solidão: Reflexos na população idosa em contexto institucional e comunitário.
title_full Apoio social e solidão: Reflexos na população idosa em contexto institucional e comunitário.
title_fullStr Apoio social e solidão: Reflexos na população idosa em contexto institucional e comunitário.
title_full_unstemmed Apoio social e solidão: Reflexos na população idosa em contexto institucional e comunitário.
title_sort Apoio social e solidão: Reflexos na população idosa em contexto institucional e comunitário.
author Amaro da Luz, Helena
author_facet Amaro da Luz, Helena
Miguel, Isabel
author_role author
author2 Miguel, Isabel
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Amaro da Luz, Helena
Miguel, Isabel
dc.subject.por.fl_str_mv Rede de apoio social
Satisfação com o suporte social
Solidão
Idosos
Social support network
Satisfaction with social support
Loneliness
Elderly
topic Rede de apoio social
Satisfação com o suporte social
Solidão
Idosos
Social support network
Satisfaction with social support
Loneliness
Elderly
description Objetivos: O apoio proveniente das redes sociais reflete, junto dos idoso, níveis de satisfação diferenciados, os quais se associam a variáveis contextuais, facultando, de igual modo, leituras explicativas sobre a predição da solidão. Deste modo, pretende-se, neste estudo, distinguir as redes sociais dos idosos que constituem a amostra, discutir os níveis de satisfação que apresentam com as redes de apoio social e a percepção que evidenciam relativa a sentimentos de solidão, tendo por base a influência da variável residência. A par, será retida a percepção subjetiva da solidão, para analisar os modelos explicativos que lhe estão hierarquicamente subjacentes. Método: A amostra deste estudo envolveu 221 idosos, dos quais 99 (44, 8%) vivem na comunidade e 122 (55,2%) residem em instituição. O protocolo foi composto por: Questionário Sociodemográfico; Escala de Redes Sociais de Lubben; Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS) e Escala de Solidão da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA). Resultados: A comparação nas redes de apoio social entre os participantes revela, a partir dos testes univariados, a existência de diferenças estatisticamente significativas em todas as dimensões consideradas: os residentes na comunidade apresentam uma rede de suporte familiar, de amigos e de confidentes mais alargada do que os residentes em estrutura residencial para idosos. Os testes subsequentes relativos à satisfação com a rede de apoio revelam diferenças estatisticamente significativas nas dimensões relativas à satisfação com os amigos, família e apoio social, sendo os participantes residentes na comunidade os mais satisfeitos. A regressão hierárquica múltipla revela acréscimos na variância explicada da solidão, evidenciando o modelo final que a satisfação com a família, a existência de confidentes e de uma rede de amigos se revelam bons preditores negativos da solidão. Conclusões: Os idosos a residir na comunidade reportam, comparativamente aos participantes em lar, níveis mais elevados de suporte social ativo ou recebido, bem como de suporte social percebido como disponível em caso de necessidade. Por si só, a variável residência não influi na percepção subjetiva da solidão dos grupos em análise. No entanto quando se focalizam as vivências em lar, o apoio recebido e a satisfação com o suporte social revelam ser contributos importantes para minimizar a solidão destes idosos.
publishDate 2015
dc.date.none.fl_str_mv 2015-01-01T00:00:00Z
2015
2016-04-11T17:04:41Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11328/1485
url http://hdl.handle.net/11328/1485
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/embargoedAccess
eu_rights_str_mv embargoedAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto Superior Miguel Torga
publisher.none.fl_str_mv Instituto Superior Miguel Torga
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1777302549973434368