Diagnóstico e Tratamento da Toxoplasmose Ocular em Casos Atípicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, André
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Portelinha, Joana, Isisdro, Filipe, Picoto, Maria, Guedes, Marta
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.48560/rspo.6147
Resumo: Objectivo: a toxoplasmose é a causa mais frequente de uveíte posterior, manifestando-se tipi- camente por uma lesão de retinite necrotizante satélite a uma lesão cicatricial mais antiga, com vitrite associada. O diagnóstico é clínico, auxiliado por testes serológicos. Em casos atípicos, a utilização de exames mais especificos como a PCR do humor aquoso (HA) pode ser útil, não só para confirmação da infecção mas também para exclusão de outras etiologias de retinite. Desenho do estudo: relato de casos clínicos. Métodos: apresentamos cinco casos de uveíte posterior associada a T. gondii que se apresentaram de forma atípica. Em todos os doentes foram colhidas amostras de HA para análise PCR e iniciada terapêutica com trimetoprim-sulfametoxazol (TMP-SMX) associada a corticoterapia oral. Resultados: a PCR do HA foi positiva nos cinco casos para T. gondii. Houve necessidade de substituição terapêutica para clindamicina oral num doente por trombocitopénia iatrogénica e associação com clindamicina intra-vítrea e azitromicina oral noutro doente por resposta inade- quada. Registou-se uma melhoria clinicamente significativa das lesões e da acuidade visual nos cinco casos. Conclusões: apesar da toxoplasmose ocular ser um diagnóstico essencialmente clínico, em ca- sos atípicos a utilização da análise PCR no HA para confirmação ou exclusão das principais etiologias infecciosas assume-se como um meio auxiliar de diagnóstico seguro, rápido e especí- fico, permitindo uma terapêutica dirigida. A associação TMP-SMX mostrou ser uma alternativa eficaz à terapêutica clássica com pirimetamina e sulfadiazina, embora possa ser necessário em casos refractários ou mais graves recorrer à clindamicina intra-vítrea ou associação com azitro- micina oral.
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