Arcangelo Fuschini (1771-1834) e a pintura do neoclassicismo em Portugal

• Autor(a) principal: Gonçalves, Mónica
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/24522
• topic: Fuschini, Arcangelo, 1771-1834; Pintura - Portugal - séc.18-19; Neo-classicismo (Arte) - Portugal; Teses de mestrado - 2016; Arte, Património e Restauro

No panorama da historiografia da arte em Portugal da viragem do século XVIII para o XIX, um tema que cremos significativo para a compreensão da arte neste período é o que versa sobre a quase desconhecida obra pictórica de Arcangelo Fuschini, um pintor que pretendemos enquadrar dentro da vivência ideológica, estética e política da época em que viveu. De certo modo, o artista caiu no esquecimento, depois de uma vida de relativo sucesso, e que com o passar do tempo se agravou. O facto de, recentemente ter sido posto a descoberto um importante mural da sua autoria no Palácio Nacional da Ajuda (o qual foi destapado e restaurado) veio chamar a atenção para a sua personalidade, dados os evidentes méritos revelados pelo artista. Este mural, bem como outras pinturas existentes no Palácio da Ajuda, não só de Fuschini mas também de outros autores do mesmo tempo (obras que, no nosso entender, significam o último reduto do absolutismo em Portugal), reveste-se de extrema importância para o estudo de toda a obra deste pintor régio. Paulatinamente, uma série de obras identificadas alargou o enquadramento do artista no contexto da sua época, e esse é o objectivo deste nosso trabalho. Procuraremos englobar neste estudo o percurso de vida de Arcangelo Fuschini e as obras que dele se conservam, analisando a evolução do seu estilo e enquadrando-o no ambiente sociocultural e nos gostos da época. Sabendo desde já ser demasiado ambicioso compilar todo o espólio deste artista, tentaremos recolher e dar a conhecer a maior quantidade possível de obras que pudemos analisar, algumas das quais inéditas, dentro dos limites temporais que dispomos para a sua realização.