Segurança energética e economia do gás

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte, António Paulo
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Freire, Maria Raquel, Fernandes, Carla Patrício, Sousa, Eduardo Caetano de, Camacho, Pedro, Rodrigues, Teresa Ferreira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/32164
Resumo: O presente texto procura pensar de forma sistémica a relação da energia com a segurança, através da estratégia, aclarando o que significa cada um dos termos, para fazer uma aproximação concetual e holística. Assim, os três pontos da nossa análise lidam com as ideias ou os conceitos de energia, segurança e estratégia. A revolução energética, ao permitir ao homem dominar as fontes fundamentais da vida, a biologia, a física nuclear, a inteligência, entre outras, deu um enorme impulso ao bem-estar humano, sem inicialmente se ter apercebido de que este domínio engendrava igualmente uma dinâmica abismal que a deixava extraordinariamente vulnerável, no limite à mercê do aniquilamento da própria humanidade Essa consciência impôs-lhe a criação de estratégias de segurança energética cada vez mais amplas e multidimensionais.
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spelling Segurança energética e economia do gásA humanidade demiúrgica sob o signo do aniquilamento : uma reflexão holística sobre o conceito de estratégia de segurança energéticaEnergia nas relações UE-Rússia : um estudo exploratório de segurança ontológicaSegurança energética : para quem, por quem e de que ameaças?O gás natural nos confrontos da geopolítica globalUm olhar sobre a cooperação energética UE-Rússia : Desafios numa nova era global da energiaA gas russian issue? : Segurança energética e um modelo para o futuro da EuropaUnião Europeia (a partir de 1993)Segurança energéticaSegurança ontológicaRelações internacionaisRecursos energéticosGás naturalGeopolíticaEstratégiaEnergiaSegurançaEconomiaAmeaçasConceitosInfraestruturasVulnerabilidadesCooperação internacionalRússiaUcrâniaO presente texto procura pensar de forma sistémica a relação da energia com a segurança, através da estratégia, aclarando o que significa cada um dos termos, para fazer uma aproximação concetual e holística. Assim, os três pontos da nossa análise lidam com as ideias ou os conceitos de energia, segurança e estratégia. A revolução energética, ao permitir ao homem dominar as fontes fundamentais da vida, a biologia, a física nuclear, a inteligência, entre outras, deu um enorme impulso ao bem-estar humano, sem inicialmente se ter apercebido de que este domínio engendrava igualmente uma dinâmica abismal que a deixava extraordinariamente vulnerável, no limite à mercê do aniquilamento da própria humanidade Essa consciência impôs-lhe a criação de estratégias de segurança energética cada vez mais amplas e multidimensionais.Este artigo analisa as relações entre a União Europeia (UE) e a Rússia em matéria de energia, com particular enfoque no gás natural, sob uma perspetiva de análise de segurança ontológica. Com base na evolução destas relações, com momentos de cooperação e competição, e com um registo de transformação de uma leitura economicista da energia para uma leitura geopolítica e securitária da mesma, o artigo visa perceber de que modo a perceção de segurança vem moldando políticas e práticas. Uma abordagem de (in)segurança ontológica permite perceber como os atores se autodefinem e têm vindo a lidar com incerteza e ansiedade causada pelo desacordo nesta matéria e a sua tradução em medidas concretas de retaliação em termos de preços, volume de abastecimentos, contratos comerciais, e identificação de alternativas – com impactos nacionais e transnacionais. O artigo argumenta que a perceção de insegurança ontológica na Rússia e na UE tem vindo a marcar esta relação, reforçando narrativas de afirmação de autonomia numa lógica interdependente assimétrica, que têm contribuído para maior ansiedade, e logo para continuidade nestas perceções de insegurança.O conceito de segurança energética tem vindo a ser ampliado e aprofundado, incluindo-se nele novas dimensões analíticas: a ambiental, a climática, o desenvolvimento sustentável, entre outros; e novos atores, que para além do Estado, incluem hoje o individuo, as empresas e as instituições. Por sua vez, com extensão das ameaças, a segurança deixa de residir apenas na garantia do fornecimento contínuo e acessível de energia para se passar a focar na segurança de todo o sistema energético. O artigo analisa a dicotomia entre os estudos clássicos e contemporâneos de segurança energética com base na resposta nas ques- tões: “Segurança para quem?”, “Segurança por quem?”, “Segurança de que ameaças?”.Neste artigo releva-se a importância do gás natural na atual matriz energética, através do protagonismo que este desempenha em muitas das disputas da geopolítica global. Por isso, a necessidade primeira, do enquadramento do espaço energético global e da formulação da importância da transição energética, nas valências da Segurança Energética dos Estados e dos modelos de sustentabilidade dos recursos existentes. Porque o gás natural «caminha por terra e por mar», dar-se-á destaque, ao protagonismo estratégico dos gasodutos e da recente revolução comercial, representada pelo gás natural liquefeito (GNL). O Nord Stream 2 servirá de exemplo sumário sobre a tipologia da disputa geopolítica entre as grandes potências: leia-se neste caso, a rivalidade entre os EUA e Rússia, no palco europeu, tendo o gás natural, como instrumento principal de influência e alinhamento estratégico.Neste artigo releva-se a importância do gás natural na atual matriz energética, através do protagonismo que este desempenha em muitas das disputas da geopolítica global. Por isso, a necessidade primeira, do enquadramento do espaço energético global e da formulação da importância da transição energética, nas valências da Segurança Energética dos Estados e dos modelos de sustentabilidade dos recursos existentes. Porque o gás natural «caminha por terra e por mar», dar-se-á destaque, ao protagonismo estratégico dos gasodutos e da recente revolução comercial, representada pelo gás natural liquefeito (GNL). O Nord Stream 2 servirá de exemplo sumário sobre a tipologia da disputa geopolítica entre as grandes potências: leia-se neste caso, a rivalidade entre os EUA e Rússia, no palco europeu, tendo o gás natural, como instrumento principal de influência e alinhamento estratégico.A União Europeia (UE) debate-se com uma fraqueza estrutural em termos energéticos, agravada pelos níveis médios de consumo que continua a manter e vê com inquietação as mudanças em curso na Federação Russa, um dos seus principais fornecedores. As medidas para aumentar a segurança energética comunitária – criação do mercado único da energia, aposta nas renováveis, entre outros –, enfrentam obstáculos resultantes de graus de dependência e opções políticas desiguais; falta de estratégia comum e de visão prospetiva pese o mercado único de energia. Este artigo discute a forma como a UE se está a adaptar à atual era energética, tomando como exemplo o gás natural, e os possíveis cenários enfrentados no futuro próximo no que respeita à ligação de (inter)dependência com a Rússia, também ela refém das exportações de recursos energéticos. Existirá de facto um Russian issue? Ou falamos de uma relação win-win? Ou todos perdem, a União Europeia e a Rússia, caso se altere de formas inesperadas/indesejadas a atual relação que, de facto, parece ser para estes atores vantajosa?Instituto da Defesa NacionalRepositório ComumDuarte, António PauloFreire, Maria RaquelFernandes, Carla PatrícioSousa, Eduardo Caetano deCamacho, PedroRodrigues, Teresa Ferreira2020-05-05T16:01:57Z20192019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/32164por0870-757Xinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-10T11:57:16Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/32164Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:37:37.731292Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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