Segurança energética e economia do gás
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/32164 |
Resumo: | O presente texto procura pensar de forma sistémica a relação da energia com a segurança, através da estratégia, aclarando o que significa cada um dos termos, para fazer uma aproximação concetual e holística. Assim, os três pontos da nossa análise lidam com as ideias ou os conceitos de energia, segurança e estratégia. A revolução energética, ao permitir ao homem dominar as fontes fundamentais da vida, a biologia, a física nuclear, a inteligência, entre outras, deu um enorme impulso ao bem-estar humano, sem inicialmente se ter apercebido de que este domínio engendrava igualmente uma dinâmica abismal que a deixava extraordinariamente vulnerável, no limite à mercê do aniquilamento da própria humanidade Essa consciência impôs-lhe a criação de estratégias de segurança energética cada vez mais amplas e multidimensionais. |
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Segurança energética e economia do gásA humanidade demiúrgica sob o signo do aniquilamento : uma reflexão holística sobre o conceito de estratégia de segurança energéticaEnergia nas relações UE-Rússia : um estudo exploratório de segurança ontológicaSegurança energética : para quem, por quem e de que ameaças?O gás natural nos confrontos da geopolítica globalUm olhar sobre a cooperação energética UE-Rússia : Desafios numa nova era global da energiaA gas russian issue? : Segurança energética e um modelo para o futuro da EuropaUnião Europeia (a partir de 1993)Segurança energéticaSegurança ontológicaRelações internacionaisRecursos energéticosGás naturalGeopolíticaEstratégiaEnergiaSegurançaEconomiaAmeaçasConceitosInfraestruturasVulnerabilidadesCooperação internacionalRússiaUcrâniaO presente texto procura pensar de forma sistémica a relação da energia com a segurança, através da estratégia, aclarando o que significa cada um dos termos, para fazer uma aproximação concetual e holística. Assim, os três pontos da nossa análise lidam com as ideias ou os conceitos de energia, segurança e estratégia. A revolução energética, ao permitir ao homem dominar as fontes fundamentais da vida, a biologia, a física nuclear, a inteligência, entre outras, deu um enorme impulso ao bem-estar humano, sem inicialmente se ter apercebido de que este domínio engendrava igualmente uma dinâmica abismal que a deixava extraordinariamente vulnerável, no limite à mercê do aniquilamento da própria humanidade Essa consciência impôs-lhe a criação de estratégias de segurança energética cada vez mais amplas e multidimensionais.Este artigo analisa as relações entre a União Europeia (UE) e a Rússia em matéria de energia, com particular enfoque no gás natural, sob uma perspetiva de análise de segurança ontológica. Com base na evolução destas relações, com momentos de cooperação e competição, e com um registo de transformação de uma leitura economicista da energia para uma leitura geopolítica e securitária da mesma, o artigo visa perceber de que modo a perceção de segurança vem moldando políticas e práticas. Uma abordagem de (in)segurança ontológica permite perceber como os atores se autodefinem e têm vindo a lidar com incerteza e ansiedade causada pelo desacordo nesta matéria e a sua tradução em medidas concretas de retaliação em termos de preços, volume de abastecimentos, contratos comerciais, e identificação de alternativas – com impactos nacionais e transnacionais. O artigo argumenta que a perceção de insegurança ontológica na Rússia e na UE tem vindo a marcar esta relação, reforçando narrativas de afirmação de autonomia numa lógica interdependente assimétrica, que têm contribuído para maior ansiedade, e logo para continuidade nestas perceções de insegurança.O conceito de segurança energética tem vindo a ser ampliado e aprofundado, incluindo-se nele novas dimensões analíticas: a ambiental, a climática, o desenvolvimento sustentável, entre outros; e novos atores, que para além do Estado, incluem hoje o individuo, as empresas e as instituições. Por sua vez, com extensão das ameaças, a segurança deixa de residir apenas na garantia do fornecimento contínuo e acessível de energia para se passar a focar na segurança de todo o sistema energético. O artigo analisa a dicotomia entre os estudos clássicos e contemporâneos de segurança energética com base na resposta nas ques- tões: “Segurança para quem?”, “Segurança por quem?”, “Segurança de que ameaças?”.Neste artigo releva-se a importância do gás natural na atual matriz energética, através do protagonismo que este desempenha em muitas das disputas da geopolítica global. Por isso, a necessidade primeira, do enquadramento do espaço energético global e da formulação da importância da transição energética, nas valências da Segurança Energética dos Estados e dos modelos de sustentabilidade dos recursos existentes. Porque o gás natural «caminha por terra e por mar», dar-se-á destaque, ao protagonismo estratégico dos gasodutos e da recente revolução comercial, representada pelo gás natural liquefeito (GNL). O Nord Stream 2 servirá de exemplo sumário sobre a tipologia da disputa geopolítica entre as grandes potências: leia-se neste caso, a rivalidade entre os EUA e Rússia, no palco europeu, tendo o gás natural, como instrumento principal de influência e alinhamento estratégico.Neste artigo releva-se a importância do gás natural na atual matriz energética, através do protagonismo que este desempenha em muitas das disputas da geopolítica global. Por isso, a necessidade primeira, do enquadramento do espaço energético global e da formulação da importância da transição energética, nas valências da Segurança Energética dos Estados e dos modelos de sustentabilidade dos recursos existentes. Porque o gás natural «caminha por terra e por mar», dar-se-á destaque, ao protagonismo estratégico dos gasodutos e da recente revolução comercial, representada pelo gás natural liquefeito (GNL). O Nord Stream 2 servirá de exemplo sumário sobre a tipologia da disputa geopolítica entre as grandes potências: leia-se neste caso, a rivalidade entre os EUA e Rússia, no palco europeu, tendo o gás natural, como instrumento principal de influência e alinhamento estratégico.A União Europeia (UE) debate-se com uma fraqueza estrutural em termos energéticos, agravada pelos níveis médios de consumo que continua a manter e vê com inquietação as mudanças em curso na Federação Russa, um dos seus principais fornecedores. As medidas para aumentar a segurança energética comunitária – criação do mercado único da energia, aposta nas renováveis, entre outros –, enfrentam obstáculos resultantes de graus de dependência e opções políticas desiguais; falta de estratégia comum e de visão prospetiva pese o mercado único de energia. Este artigo discute a forma como a UE se está a adaptar à atual era energética, tomando como exemplo o gás natural, e os possíveis cenários enfrentados no futuro próximo no que respeita à ligação de (inter)dependência com a Rússia, também ela refém das exportações de recursos energéticos. Existirá de facto um Russian issue? Ou falamos de uma relação win-win? Ou todos perdem, a União Europeia e a Rússia, caso se altere de formas inesperadas/indesejadas a atual relação que, de facto, parece ser para estes atores vantajosa?Instituto da Defesa NacionalRepositório ComumDuarte, António PauloFreire, Maria RaquelFernandes, Carla PatrícioSousa, Eduardo Caetano deCamacho, PedroRodrigues, Teresa Ferreira2020-05-05T16:01:57Z20192019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/32164por0870-757Xinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-10T11:57:16Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/32164Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:37:37.731292Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Segurança energética e economia do gás Duarte, António Paulo União Europeia (a partir de 1993) Segurança energética Segurança ontológica Relações internacionais Recursos energéticos Gás natural Geopolítica Estratégia Energia Segurança Economia Ameaças Conceitos Infraestruturas Vulnerabilidades Cooperação internacional Rússia Ucrânia |
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O presente texto procura pensar de forma sistémica a relação da energia com a segurança, através da estratégia, aclarando o que significa cada um dos termos, para fazer uma aproximação concetual e holística. Assim, os três pontos da nossa análise lidam com as ideias ou os conceitos de energia, segurança e estratégia. A revolução energética, ao permitir ao homem dominar as fontes fundamentais da vida, a biologia, a física nuclear, a inteligência, entre outras, deu um enorme impulso ao bem-estar humano, sem inicialmente se ter apercebido de que este domínio engendrava igualmente uma dinâmica abismal que a deixava extraordinariamente vulnerável, no limite à mercê do aniquilamento da própria humanidade Essa consciência impôs-lhe a criação de estratégias de segurança energética cada vez mais amplas e multidimensionais. |
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