Os paradoxos de Adão : a antropossociogénese e a filogénese da justiça no Tratado da Natureza Humana de David Hume

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Paulo Alexandre Diogo Pacheco de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/62253
Resumo: Na Segunda Parte do Livro Terceiro do seu Tratado da Natureza Humana (1740), o jovem David Hume (1711-1776) procura mostrar como o sistema das “três regras de justiça” tem uma origem “artificial” a partir do estabelecimento de uma “convenção” entre os membros da primeira sociedade humana. Para esse efeito, é levado a esboçar uma História Natural da Sociedade Humana. Esta História Natural tem como fundamento a tese de que a socialidade é um traço essencial da natureza humana e expõe o processo de antropossociogénese e o correlato processo de filogénese da justiça. No entanto, a dupla teoria humeana sobre a origem da sociedade humana e sobre a origem das três regras gerais de justiça no seio dessa sociedade origina dois problemas sob a forma de paradoxos, a que chamámos os “Paradoxos de Adão”: O Paradoxo dos Genitores In-Gerados e o Paradoxo da Sociedade Humana In-Humana. Na segunda parte do nosso trabalho, procuramos encontrar uma resposta “humeana” para estes dois problemas. Para esse efeito, mostramos (1) que Hume teria aceitado uma solução evolucionista darwiniana para os dois paradoxos e (2) que as teorias humeanas da antropossociogénese e da filogénese da justiça podem efetivamente ser corrigidas – eliminando-se os “Paradoxos de Adão” – pela adoção de uma perspetiva evolucionista darwiniana. Teremos assim encontrado uma solução “humeana” para os “Paradoxos de Adão” e resgatado as teorias de Hume sobre a antropossociogénese e sobre a filogénese da justiça para um uso eventual numa Meta-Ética de cariz evolucionista.
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