C++ é inadequado para ensinar OO
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/43650 |
Resumo: | Num curso superior de Informática não deve haver preocupação em ensinar a última novidade tecnológica, mas antes os fundamentos que permitam aos diplomados uma capacidade para aprender continuamente. No ensino da programação orientada ao objecto (POO) é importante utilizar-se uma linguagem com suporte coerente dos conceitos fundamentais do paradigma, sem características que entrem em contradição com o modelo central, sob pena da linguagem se tornar um obstáculo à aprendizagem. Neste artigo argumenta-se precisamente que C++ é um obstáculo à aprendizagem da POO. Muitos alunos acreditam que aprender C++ lhes dará todas as competências na área da programação de que necessitarão no futuro. Esta visão errada tem como consequência que poderão ficar pior preparados para se adaptarem às mudanças a que a informática está sujeita. C++ foi criado tendo em vista a compatibilidade com o C, pelo que todas as decisões de concepção do C++ estiveram dependentes das características, boas ou más, da linguagem anterior. Só este facto já permite questionar se tudo o que o C++ oferece será coerente, sobretudo se se considerar que o próprio C, por vezes classificado de “linguagem assembly estruturada”, dá suporte a vários paradigmas da programação. Na verdade C++ não é uma linguagem orientada ao objecto (LOO), mas uma linguagem multiparadigma, dotada dum suporte imperfeito dos conceitos da OO, misturados com conceitos oriundos de modelos de programação mais antigos. A seguir alude-se a alguns dos principais aspectos técnicos em que C++ apresenta imperfeições no suporte à POO. São feitas comparações com algumas das LOOs mais importantes, sobretudo Eiffel e Java. |
id |
RCAP_11981fb8c5fbccec631cb4e9fdb72153 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/43650 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
C++ é inadequado para ensinar OOEngenharia e Tecnologia::Engenharia Eletrotécnica, Eletrónica e InformáticaNum curso superior de Informática não deve haver preocupação em ensinar a última novidade tecnológica, mas antes os fundamentos que permitam aos diplomados uma capacidade para aprender continuamente. No ensino da programação orientada ao objecto (POO) é importante utilizar-se uma linguagem com suporte coerente dos conceitos fundamentais do paradigma, sem características que entrem em contradição com o modelo central, sob pena da linguagem se tornar um obstáculo à aprendizagem. Neste artigo argumenta-se precisamente que C++ é um obstáculo à aprendizagem da POO. Muitos alunos acreditam que aprender C++ lhes dará todas as competências na área da programação de que necessitarão no futuro. Esta visão errada tem como consequência que poderão ficar pior preparados para se adaptarem às mudanças a que a informática está sujeita. C++ foi criado tendo em vista a compatibilidade com o C, pelo que todas as decisões de concepção do C++ estiveram dependentes das características, boas ou más, da linguagem anterior. Só este facto já permite questionar se tudo o que o C++ oferece será coerente, sobretudo se se considerar que o próprio C, por vezes classificado de “linguagem assembly estruturada”, dá suporte a vários paradigmas da programação. Na verdade C++ não é uma linguagem orientada ao objecto (LOO), mas uma linguagem multiparadigma, dotada dum suporte imperfeito dos conceitos da OO, misturados com conceitos oriundos de modelos de programação mais antigos. A seguir alude-se a alguns dos principais aspectos técnicos em que C++ apresenta imperfeições no suporte à POO. São feitas comparações com algumas das LOOs mais importantes, sobretudo Eiffel e Java.Ordem dos EngenheirosUniversidade do MinhoMonteiro, Miguel PessoaFernandes, João M.2002-092002-09-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/43650porMonteiro MP, Fernandes JM; C++ é inadequado para ensinar OO, Ingenium 69:76-78, 2.ª série, Ordem dos Engenheiros, Lisboa, Portugal, ISSN 0870-5968, set/20020870-5968info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:25:33Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/43650Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:19:48.166376Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
C++ é inadequado para ensinar OO |
title |
C++ é inadequado para ensinar OO |
spellingShingle |
C++ é inadequado para ensinar OO Monteiro, Miguel Pessoa Engenharia e Tecnologia::Engenharia Eletrotécnica, Eletrónica e Informática |
title_short |
C++ é inadequado para ensinar OO |
title_full |
C++ é inadequado para ensinar OO |
title_fullStr |
C++ é inadequado para ensinar OO |
title_full_unstemmed |
C++ é inadequado para ensinar OO |
title_sort |
C++ é inadequado para ensinar OO |
author |
Monteiro, Miguel Pessoa |
author_facet |
Monteiro, Miguel Pessoa Fernandes, João M. |
author_role |
author |
author2 |
Fernandes, João M. |
author2_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Universidade do Minho |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Monteiro, Miguel Pessoa Fernandes, João M. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Engenharia e Tecnologia::Engenharia Eletrotécnica, Eletrónica e Informática |
topic |
Engenharia e Tecnologia::Engenharia Eletrotécnica, Eletrónica e Informática |
description |
Num curso superior de Informática não deve haver preocupação em ensinar a última novidade tecnológica, mas antes os fundamentos que permitam aos diplomados uma capacidade para aprender continuamente. No ensino da programação orientada ao objecto (POO) é importante utilizar-se uma linguagem com suporte coerente dos conceitos fundamentais do paradigma, sem características que entrem em contradição com o modelo central, sob pena da linguagem se tornar um obstáculo à aprendizagem. Neste artigo argumenta-se precisamente que C++ é um obstáculo à aprendizagem da POO. Muitos alunos acreditam que aprender C++ lhes dará todas as competências na área da programação de que necessitarão no futuro. Esta visão errada tem como consequência que poderão ficar pior preparados para se adaptarem às mudanças a que a informática está sujeita. C++ foi criado tendo em vista a compatibilidade com o C, pelo que todas as decisões de concepção do C++ estiveram dependentes das características, boas ou más, da linguagem anterior. Só este facto já permite questionar se tudo o que o C++ oferece será coerente, sobretudo se se considerar que o próprio C, por vezes classificado de “linguagem assembly estruturada”, dá suporte a vários paradigmas da programação. Na verdade C++ não é uma linguagem orientada ao objecto (LOO), mas uma linguagem multiparadigma, dotada dum suporte imperfeito dos conceitos da OO, misturados com conceitos oriundos de modelos de programação mais antigos. A seguir alude-se a alguns dos principais aspectos técnicos em que C++ apresenta imperfeições no suporte à POO. São feitas comparações com algumas das LOOs mais importantes, sobretudo Eiffel e Java. |
publishDate |
2002 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2002-09 2002-09-01T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1822/43650 |
url |
http://hdl.handle.net/1822/43650 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Monteiro MP, Fernandes JM; C++ é inadequado para ensinar OO, Ingenium 69:76-78, 2.ª série, Ordem dos Engenheiros, Lisboa, Portugal, ISSN 0870-5968, set/2002 0870-5968 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Ordem dos Engenheiros |
publisher.none.fl_str_mv |
Ordem dos Engenheiros |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799132658235604992 |