Salto: da memória ao território
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/9000 |
Resumo: | A proposta a apresentar assenta num conjunto de conceitos que abordam uma relação entre a revisitação a um passado familiar, através das fotografias de família, e a construção documental fotográfica e sonora tendo o território e a fronteira como resposta. As fotografias de família são a alavanca e é nestas que encontro o ponto de partida. Numa leitura exaustiva sobre as mesmas, entendo que existe uma relação importante com aquilo que foi a viagem clandestina do meu pai em 1971 para França. Nestas mesmas fotografias existe uma falha: não existem fotografias que documentem a viagem que realizou. É a partir destes conceitos, entre o que é um memento e a ausência de parte desta memória, que pretendo metaforizar a sua viagem “a salto”. A partir das fotografias de família (e depois de encontrar o ponto de partida) é criada uma relação com o conceito de território e fronteira. A utilização destes conceitos sustenta a construção de uma viagem, realizada, no presente, por mim enquanto autor. Utilizo o território e aquilo que o identifica visualmente (estradas, trilhos, sinalética, etc…) como proposta de reconstrução do percurso até à fronteira. As imagens e sons realizados descrevem uma possível viagem na atualidade sobre um território que teria sido o que o meu pai atravessou. O facto de o meu pai apenas se lembrar que teria sido em Melgaço o lugar de passagem, ajudou a que a minha construção pudesse ser ampla e plasticamente polissémica. Assim, através de uma exposição e livro de autor, bem como da teorização a partir deste ensaio, existe a revisitação a um passado familiar, inscrevendo um assunto global (a emigração clandestina em Portugal) criando uma resposta à problemática. Realizo aquilo que poderia ter sido a sua viagem, mas que, pela construção e abordagem, pretende ser mais. Ou seja, este trabalho formaliza conceptualmente a construção de uma viagem visual pelo território sustentada naquilo que é a história pessoal do meu pai. |
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A proposta a apresentar assenta num conjunto de conceitos que abordam uma relação entre a revisitação a um passado familiar, através das fotografias de família, e a construção documental fotográfica e sonora tendo o território e a fronteira como resposta. As fotografias de família são a alavanca e é nestas que encontro o ponto de partida. Numa leitura exaustiva sobre as mesmas, entendo que existe uma relação importante com aquilo que foi a viagem clandestina do meu pai em 1971 para França. Nestas mesmas fotografias existe uma falha: não existem fotografias que documentem a viagem que realizou. É a partir destes conceitos, entre o que é um memento e a ausência de parte desta memória, que pretendo metaforizar a sua viagem “a salto”. A partir das fotografias de família (e depois de encontrar o ponto de partida) é criada uma relação com o conceito de território e fronteira. A utilização destes conceitos sustenta a construção de uma viagem, realizada, no presente, por mim enquanto autor. Utilizo o território e aquilo que o identifica visualmente (estradas, trilhos, sinalética, etc…) como proposta de reconstrução do percurso até à fronteira. As imagens e sons realizados descrevem uma possível viagem na atualidade sobre um território que teria sido o que o meu pai atravessou. O facto de o meu pai apenas se lembrar que teria sido em Melgaço o lugar de passagem, ajudou a que a minha construção pudesse ser ampla e plasticamente polissémica. Assim, através de uma exposição e livro de autor, bem como da teorização a partir deste ensaio, existe a revisitação a um passado familiar, inscrevendo um assunto global (a emigração clandestina em Portugal) criando uma resposta à problemática. Realizo aquilo que poderia ter sido a sua viagem, mas que, pela construção e abordagem, pretende ser mais. Ou seja, este trabalho formaliza conceptualmente a construção de uma viagem visual pelo território sustentada naquilo que é a história pessoal do meu pai. |
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