Casamança: Província ou Colónia?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fadul, Francisco
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/3091
Resumo: Integrada no Senegal à independência deste, em 1960, a Casamança, «Invicta Felix", passa a ser uma das oito regiões político-administrativas do novo país. Mas em consequência do centralismo, do autoritarismo e da discriminação exercidas pelo poder central de Dakar, reacende-se, de forma viva e retomando antigas tradições identitárias, o particularismo casamancês. Os casamanceses sentem-se frustrados no espaço senegalês, convictos de que a incorporação neste país terá sido um logro trágico, do tipo da colonização directa e assente em práticas que consideram concebidas com vista a este fim, o que os leva a iniciar acções de contestação cujo tom vai-se agravando e radicalizando à medida das correspondentes reacções repressivas por parte de Dakar.
id RCAP_12abf1d31e9155a3f86289bb21691475
oai_identifier_str oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/3091
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Casamança: Província ou Colónia?ConflitoCasamança -- SenegalIntegrada no Senegal à independência deste, em 1960, a Casamança, «Invicta Felix", passa a ser uma das oito regiões político-administrativas do novo país. Mas em consequência do centralismo, do autoritarismo e da discriminação exercidas pelo poder central de Dakar, reacende-se, de forma viva e retomando antigas tradições identitárias, o particularismo casamancês. Os casamanceses sentem-se frustrados no espaço senegalês, convictos de que a incorporação neste país terá sido um logro trágico, do tipo da colonização directa e assente em práticas que consideram concebidas com vista a este fim, o que os leva a iniciar acções de contestação cujo tom vai-se agravando e radicalizando à medida das correspondentes reacções repressivas por parte de Dakar.Attached to Senegal when this territory became independent in 1960, the Casamance, «Invicta Felix», is at present one of the eight political-administrative regions of the new country. However, as a consequence of the centralism, authoritarianism and discriminations exercised by the central power located in Dakar, particularistic tendencies based on ancient social identities rapidly regain importance in the Casamance. The people of that regions feel frustrated within the Senegalese boundaries and are convinced their incorporation into that country has been a historical error, leading to a direct colonisation based on practices they consider as conceived for this objective. This feeling has made them launch activities of contestation which became more and more serious and radical, additionally stimulated by the repressive reactions from Dakar.Intégrée au Sénégal au moment où celui-ci accède à l'indépendance, en 1960, la Casamance, «Invicta Felix», devient une des huit régions politico-administratives du nouveau pays. Cependant, en conséquence du centralisme, de l'autoritarisme et de la discrimination exercées par le pouvoir central de Dakar, le particularisme casamançais renaît de manière vigoureuse, en reprenant d'anciennes traditions identitaires. Les casamançais se sentent frustrés dans l'espace sénégalais, convaincus de ce que l'incorporation dans ce pays aura été une leurre historique, conduisant à une colonisation directe fondée sur des pratiques qu'ils considèrent comme conçues à cette fin, ce qui est à l'origine d'actions de contestation qui s'aggravent et se radicalisent comme résultat des réactions répressives de la part de Dakar.Centro de Estudos Africanos do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa2011-12-30T16:15:43Z2002-07-01T00:00:00Z2002-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/3091por1645-379410.4000/cea.1269Fadul, Franciscoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:58:49Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/3091Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:30:42.077426Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Casamança: Província ou Colónia?
title Casamança: Província ou Colónia?
spellingShingle Casamança: Província ou Colónia?
Fadul, Francisco
Conflito
Casamança -- Senegal
title_short Casamança: Província ou Colónia?
title_full Casamança: Província ou Colónia?
title_fullStr Casamança: Província ou Colónia?
title_full_unstemmed Casamança: Província ou Colónia?
title_sort Casamança: Província ou Colónia?
author Fadul, Francisco
author_facet Fadul, Francisco
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Fadul, Francisco
dc.subject.por.fl_str_mv Conflito
Casamança -- Senegal
topic Conflito
Casamança -- Senegal
description Integrada no Senegal à independência deste, em 1960, a Casamança, «Invicta Felix", passa a ser uma das oito regiões político-administrativas do novo país. Mas em consequência do centralismo, do autoritarismo e da discriminação exercidas pelo poder central de Dakar, reacende-se, de forma viva e retomando antigas tradições identitárias, o particularismo casamancês. Os casamanceses sentem-se frustrados no espaço senegalês, convictos de que a incorporação neste país terá sido um logro trágico, do tipo da colonização directa e assente em práticas que consideram concebidas com vista a este fim, o que os leva a iniciar acções de contestação cujo tom vai-se agravando e radicalizando à medida das correspondentes reacções repressivas por parte de Dakar.
publishDate 2002
dc.date.none.fl_str_mv 2002-07-01T00:00:00Z
2002-07
2011-12-30T16:15:43Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10071/3091
url http://hdl.handle.net/10071/3091
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 1645-3794
10.4000/cea.1269
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Centro de Estudos Africanos do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa
publisher.none.fl_str_mv Centro de Estudos Africanos do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134869421293568