O lugar para a participação - Bairro PRODAC

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, João Cláudio Rodrigues
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/15704
Resumo: Renovar a arquitetura a partir de processos que pretendem incorporar o utilizador no desenvolvimento de projeto é entender que o arquiteto possui a capacidade de negar a construção em si como maior objetivo. É evidenciar a competência de se moldar a diferentes contextos. É compreender o alcance social de qualquer intervenção no território, constituindo a prática arquitetónica como uma melhoria efetiva das condições e qualidade de vida dos utilizadores. O arquiteto desenvolve assim novas autonomias, procura oportunidades de intervenção, rejeita a lógica tradicional de encomenda, promove a mobilização das populações, compreende a participação e a transformação social como tema fundamental da arquitetura, integrando-se num processo aberto de diálogo que pondera sobre determinada realidade política, económica e cultural, bem como sobre os padrões sociais do lugar onde intervém. O Bairro PRODAC retrata um conjunto de operações que pelo seu caráter participativo e interventivo, determinam uma manifesta singularidade no contexto português e internacional. Mediante um Plano de intervenção defnido pela Associação de Produtividade na Autoconstrução (PRODAC) no início da década de 1970, o bairro construído em regime de autoconstrução realojou os moradores do Bairro Chinês, um dos maiores aglomerados de habitação de génese ilegal que Lisboa contemplou, em terrenos cedidos pela Câmara Municipal de Lisboa. Durante cerca de quatro décadas, os moradores, que participaram diretamente no processo de construção das casas, lutaram pelo direito de serem reconhecidos como proprietários legítimos das habitações. Desde 2011, a Associação de Moradores do Bairro PRODAC Norte cooperou com o gabinete de arquitetura Ateliermob para regularizar a estrutura de propriedade do bairro. Através do fnanciamento do Programa BIP/ZIP, produziram-se os processos de licenciamento necessários à conclusão da operação, assim como trabalhos de requalifcação do espaço público do bairro. A participação, comprometimento e trabalho dos moradores do bairro revelaram-se fundamentais à materialização destes exercícios.
id RCAP_12ad8fa50b2c9faa6592dab997d05f0e
oai_identifier_str oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/15704
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling O lugar para a participação - Bairro PRODACArquitetura contemporâneaCooperativa de habitaçãoRequalificação urbanaIntervenção socialParticipação socialTrabalho de projetoLisboaPortugalProcessos participativosCompromisso socialBairro PRODACParticipatory designSocial commitmentPRODAC neighborhoodRenovar a arquitetura a partir de processos que pretendem incorporar o utilizador no desenvolvimento de projeto é entender que o arquiteto possui a capacidade de negar a construção em si como maior objetivo. É evidenciar a competência de se moldar a diferentes contextos. É compreender o alcance social de qualquer intervenção no território, constituindo a prática arquitetónica como uma melhoria efetiva das condições e qualidade de vida dos utilizadores. O arquiteto desenvolve assim novas autonomias, procura oportunidades de intervenção, rejeita a lógica tradicional de encomenda, promove a mobilização das populações, compreende a participação e a transformação social como tema fundamental da arquitetura, integrando-se num processo aberto de diálogo que pondera sobre determinada realidade política, económica e cultural, bem como sobre os padrões sociais do lugar onde intervém. O Bairro PRODAC retrata um conjunto de operações que pelo seu caráter participativo e interventivo, determinam uma manifesta singularidade no contexto português e internacional. Mediante um Plano de intervenção defnido pela Associação de Produtividade na Autoconstrução (PRODAC) no início da década de 1970, o bairro construído em regime de autoconstrução realojou os moradores do Bairro Chinês, um dos maiores aglomerados de habitação de génese ilegal que Lisboa contemplou, em terrenos cedidos pela Câmara Municipal de Lisboa. Durante cerca de quatro décadas, os moradores, que participaram diretamente no processo de construção das casas, lutaram pelo direito de serem reconhecidos como proprietários legítimos das habitações. Desde 2011, a Associação de Moradores do Bairro PRODAC Norte cooperou com o gabinete de arquitetura Ateliermob para regularizar a estrutura de propriedade do bairro. Através do fnanciamento do Programa BIP/ZIP, produziram-se os processos de licenciamento necessários à conclusão da operação, assim como trabalhos de requalifcação do espaço público do bairro. A participação, comprometimento e trabalho dos moradores do bairro revelaram-se fundamentais à materialização destes exercícios.Renew the architecture from processes that claim to incorporate the user on the project development is to understand that the architect has the capability of denying the construction itself as the main object. Is to point the competence of molding to different contexts. Is to understand the social range of any territorial intervention, is to establish architecture practice as an effective improvement of the users conditions and quality of life. The architect itself unfold new autonomies, seek intervention opportunities, rejects the traditional logic request, promotes the inhabitants mobilization, understands the participation and social transformation as a fundamental subject of architecture, integrating itself in an open process of dialogue that ponders on ascertain politic, economic and cultural reality, as well as on social standards from the place where the intervention takes. PRODAC neighborhood portrays a set of operations that due to their participatory and interventional character, determine a manifest singularity in the Portuguese and international context. Through an intervention plan defned by the productivity Association in self construction (PRODAC) in the early 1970s, the neighborhood was built on a self-built regime to relocate Bairro Chinês residents, one of the largest illegal housing agglomerations that Lisbon had, which land was given by the Lisbon City Council. For nearly four decades, the residents, who participated directly in the building process, fought for the right to be recognized as legitimate homeowners. Since 2011, the Association of Residents of the PRODAC North Neighborhood has cooperated with architecture ofce Ateliermob to regularize the ownership structure of the neighborhood. Through the fnancing of the BIP / ZIP Program, the licensing processes required were completed, as well as rehabilitation of the public space in the neighborhood. The participation, commitment and work of the residents were fundamental to the materialization of these exercises.2018-04-24T14:01:56Z2017-01-01T00:00:00Z20172017-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/15704TID:201769751porMachado, João Cláudio Rodriguesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:44:10Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/15704Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:20:56.316680Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv O lugar para a participação - Bairro PRODAC
title O lugar para a participação - Bairro PRODAC
spellingShingle O lugar para a participação - Bairro PRODAC
Machado, João Cláudio Rodrigues
Arquitetura contemporânea
Cooperativa de habitação
Requalificação urbana
Intervenção social
Participação social
Trabalho de projeto
Lisboa
Portugal
Processos participativos
Compromisso social
Bairro PRODAC
Participatory design
Social commitment
PRODAC neighborhood
title_short O lugar para a participação - Bairro PRODAC
title_full O lugar para a participação - Bairro PRODAC
title_fullStr O lugar para a participação - Bairro PRODAC
title_full_unstemmed O lugar para a participação - Bairro PRODAC
title_sort O lugar para a participação - Bairro PRODAC
author Machado, João Cláudio Rodrigues
author_facet Machado, João Cláudio Rodrigues
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Machado, João Cláudio Rodrigues
dc.subject.por.fl_str_mv Arquitetura contemporânea
Cooperativa de habitação
Requalificação urbana
Intervenção social
Participação social
Trabalho de projeto
Lisboa
Portugal
Processos participativos
Compromisso social
Bairro PRODAC
Participatory design
Social commitment
PRODAC neighborhood
topic Arquitetura contemporânea
Cooperativa de habitação
Requalificação urbana
Intervenção social
Participação social
Trabalho de projeto
Lisboa
Portugal
Processos participativos
Compromisso social
Bairro PRODAC
Participatory design
Social commitment
PRODAC neighborhood
description Renovar a arquitetura a partir de processos que pretendem incorporar o utilizador no desenvolvimento de projeto é entender que o arquiteto possui a capacidade de negar a construção em si como maior objetivo. É evidenciar a competência de se moldar a diferentes contextos. É compreender o alcance social de qualquer intervenção no território, constituindo a prática arquitetónica como uma melhoria efetiva das condições e qualidade de vida dos utilizadores. O arquiteto desenvolve assim novas autonomias, procura oportunidades de intervenção, rejeita a lógica tradicional de encomenda, promove a mobilização das populações, compreende a participação e a transformação social como tema fundamental da arquitetura, integrando-se num processo aberto de diálogo que pondera sobre determinada realidade política, económica e cultural, bem como sobre os padrões sociais do lugar onde intervém. O Bairro PRODAC retrata um conjunto de operações que pelo seu caráter participativo e interventivo, determinam uma manifesta singularidade no contexto português e internacional. Mediante um Plano de intervenção defnido pela Associação de Produtividade na Autoconstrução (PRODAC) no início da década de 1970, o bairro construído em regime de autoconstrução realojou os moradores do Bairro Chinês, um dos maiores aglomerados de habitação de génese ilegal que Lisboa contemplou, em terrenos cedidos pela Câmara Municipal de Lisboa. Durante cerca de quatro décadas, os moradores, que participaram diretamente no processo de construção das casas, lutaram pelo direito de serem reconhecidos como proprietários legítimos das habitações. Desde 2011, a Associação de Moradores do Bairro PRODAC Norte cooperou com o gabinete de arquitetura Ateliermob para regularizar a estrutura de propriedade do bairro. Através do fnanciamento do Programa BIP/ZIP, produziram-se os processos de licenciamento necessários à conclusão da operação, assim como trabalhos de requalifcação do espaço público do bairro. A participação, comprometimento e trabalho dos moradores do bairro revelaram-se fundamentais à materialização destes exercícios.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-01-01T00:00:00Z
2017
2017-10
2018-04-24T14:01:56Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10071/15704
TID:201769751
url http://hdl.handle.net/10071/15704
identifier_str_mv TID:201769751
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/octet-stream
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134769920868352