Ensino de Filosofia no Ensino Secundário: Problemas, reflexões e diversificação de práticas didáticas do ensino da filosofia de David Hume

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Patrícia Sofia Cristóvão Gomes Santana
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/164635
Resumo: Apresenta-se, sob a forma de relatório, a análise, reflexão e descritivo sobre a prática de ensino supervisionada em duas turmas do Ensino Secundário (E.S.) na disciplina de Filosofia, realizada na Escola Secundária de Miraflores, no decurso do ano letivo de 2021/2022, sob orientação prática da Professora Alice Santos e orientação científica do Professor Doutor Luís Bernardo. A didática tradicional da filosofia orientava-se a partir dos conteúdos. A partir desta orientação podia perder-se algo relativo ao acontecer filosófico, porque o que era ensinado podia não estar de acordo com a filosofia enquanto atividade autoproblematizadora, dialógica e crítica. Os objetivos específicos relativos à aprendizagem de David Hume só podem ser alcançados através de uma didática que privilegie o desenvolvimento de competências filosóficas como a problematização, o questionamento, o rigor conceptual, úteis para o domínio do fazer, da profissionalidade e da vida. O ensino ativo e problematizador da filosofia busca despertar nos alunos uma compreensão profunda e crítica, evitando uma abordagem expositiva e memorização de conteúdos. As atitudes de responsabilidade, empatia e participação são desejáveis e intrínsecas ao trabalho filosófico, no entanto, nem sempre presentes. Para tal é necessário desenvolver melhor entendimento sobre os mecanismos inerentes à formação de um problema para saber como induzi-lo em sala de aula e consequentemente possibilitar a formação de atitudes envolvidas na sua Estas envolvem planeamento e estratégias bem definidas, assim como competências pedagógicas capazes de pôr em marcha a intenção planificada. As tentativas de Hume para justificar o conhecimento e compreender os fundamentos e limites do conhecimento humano devem contribuir para a reflexão filosófica sobre os fundamentos do conhecimento. O ensino filosófico deve também contribuir para estimular a curiosidade científica e a busca da verdade perante a incerteza e a desvalorização da evidência na argumentação das sociedades cada vez mais dependentes da informação adquirida nas redes digitais e da aceitação acrítica das suas inverdades.
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A partir desta orientação podia perder-se algo relativo ao acontecer filosófico, porque o que era ensinado podia não estar de acordo com a filosofia enquanto atividade autoproblematizadora, dialógica e crítica. Os objetivos específicos relativos à aprendizagem de David Hume só podem ser alcançados através de uma didática que privilegie o desenvolvimento de competências filosóficas como a problematização, o questionamento, o rigor conceptual, úteis para o domínio do fazer, da profissionalidade e da vida. O ensino ativo e problematizador da filosofia busca despertar nos alunos uma compreensão profunda e crítica, evitando uma abordagem expositiva e memorização de conteúdos. As atitudes de responsabilidade, empatia e participação são desejáveis e intrínsecas ao trabalho filosófico, no entanto, nem sempre presentes. Para tal é necessário desenvolver melhor entendimento sobre os mecanismos inerentes à formação de um problema para saber como induzi-lo em sala de aula e consequentemente possibilitar a formação de atitudes envolvidas na sua Estas envolvem planeamento e estratégias bem definidas, assim como competências pedagógicas capazes de pôr em marcha a intenção planificada. As tentativas de Hume para justificar o conhecimento e compreender os fundamentos e limites do conhecimento humano devem contribuir para a reflexão filosófica sobre os fundamentos do conhecimento. O ensino filosófico deve também contribuir para estimular a curiosidade científica e a busca da verdade perante a incerteza e a desvalorização da evidência na argumentação das sociedades cada vez mais dependentes da informação adquirida nas redes digitais e da aceitação acrítica das suas inverdades.Presented in the form of a report, the analysis, reflection, and description of supervised teaching practice in two classes of Secondary Education (E.S.) in the subject of Philosophy, conducted at Miraflores Secondary School during the academic year 2021/2022, under the practical guidance of Professor Alice Santos and the scientific guidance of Professor Dr. Luís Bernardo. Traditional philosophy teaching focused on content, losing sight of the philosophical activity itself, which involves self-questioning, dialogue, and criticism. Specific objectives related to learning David Hume's philosophy and the strategic actions outlined in the Essential Learnings can only be achieved through didactics that prioritizes the development of philosophical skills such as problematization, questioning, and conceptual rigor, which are useful for mastery in professional and personal life. Active and problematizing philosophy teaching aims to awaken students' deep and critical understanding, avoiding an expository approach and rote memorization of content. Attitudes of responsibility, empathy, and participation are desirable and intrinsic to philosophical work, but are not always present. Therefore, it is necessary to better understand the mechanisms inherent in problem formation and problematization in the classroom to know how to induce them and, consequently, foster the formation of attitudes involved in their resolution. This requires well-defined planning and strategies, as well as pedagogical skills capable of implementing the planned intention. Hume's attempts to justify knowledge and understand the foundations and limits of human knowledge should contribute to philosophical reflection on the foundations of knowledge. Philosophical education should also help stimulate scientific curiosity and the pursuit of truth in the face of uncertainty and the devaluation of evidence in the argumentation of societies increasingly reliant on information acquired through digital networks and the uncritical acceptance of their falsehoods.Bernardo, Luís Manuel BernardoRUNRibeiro, Patrícia Sofia Cristóvão Gomes Santana2023-09-062026-09-06T00:00:00Z2023-09-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/164635TID:203361253porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:53:37Zoai:run.unl.pt:10362/164635Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T04:00:17.908434Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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