O anonimato do dador de gamêtas e o direito ao conhecimento das origens genéticas no âmbito da procriação medicamente assistida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Trigo, Bruna Alexandra dos Santos
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10316/85722
Resumo: Dissertação de Mestrado em Direito: Especialidade em Ciências Juridico-Forenses apresentada à Faculdade de Direito
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spelling O anonimato do dador de gamêtas e o direito ao conhecimento das origens genéticas no âmbito da procriação medicamente assistidaThe Anonymity of the Giver of Gametes and the Right to the Knowledge of Genetic Originsin the scope of Medically Assisted RationingAnonimato do doador de gâmetasfiliaçãoPMAdireito à identidade pessoaldireito ao conhecimento das origens genéticasAnonymity of the donor of gametesfiliationMARright to personal identityright to the knowledge of genetic originsDissertação de Mestrado em Direito: Especialidade em Ciências Juridico-Forenses apresentada à Faculdade de DireitoOs progressos da engenharia genética e das práticas biomédicas têm gerado discussões no campo da ciência, da ética e do direito, em razão da complexidade que lhes é inerente e dos impactos sociais que têm provocado. Em Portugal a PMA foi regulamentada em diploma próprio pela Lei 32/2006. A utilização da PMA enquanto método subsidiário está em crise sendo que as técnicas de PMA são utilizadas como método complementar. O consentimento prestado pelos beneficiários tem efeitos ultra constitutivos no instinto da filiação, sendo que a filiação é estabelecida de acordo com a prestação do consentimento, rompendo assim com o tradicional critério biológico de estabelecimento de filiação. O direito ao conhecimento das origens genéticas é acolhido no ordenamento jurídico nacional, considerando a tutela que a constituição concede aos direito da dignidade da pessoa humana, direito à identidade pessoal, direito ao livre desenvolvimento da personalidade e direito à integridade pessoal. O anonimato viola o direito ao conhecimento das origens genéticas. Contudo está a enfraquecer e muitos tem sido os países que o têm abolido. Em Portugal, o legislador acolheu o anonimato no art. 15.º da Lei 32/2006, porém contemplou algumas excepções que podem levar ao conhecimento da identidade do dador. O direito ao conhecimento das origens genéticas configura-se num direito fundamental, imprescindível para a construção plena do indivíduo, é essencial para a garantia da sua historicidade pessoal, para a sua integridade psíquica, para o pleno desenvolvimento da sua personalidade e em face dos seus direitos de personalidade, sem que isso corresponda à anulação do seu estado de filiação estabelecido pelos vínculos jurídicos.The advances in genetic engineering and biomedical practices have generated discussions in the field of science, ethics and law, due to the complexity inherent in them and the social impacts they have been causing.In Portugal, MAR was regulated by the Law 32/2006.The use of the MAR as a subsidiary method is in crisis, with MAR techniques being used as a complementary method. The consent given by the beneficiaries has ultra constitutive effects in the instinct of the filiation, and the filiation is established according to the provision of consent, thus breaking with the traditional biological criterion of establishment of filiation.The right to the knowledge of genetic origins is accepted in the national legal system, considering the protection granted by the constitution to the right to dignity of the human person, the right to personal identity, the right to free development of personality and the right to personal integrity.Anonymity violates the right to the knowledge of genetic origins. However, it is weakening and many countries have abolished it. In Portugal, the legislator accepted anonymity in art. number 15 of the Law 32/2006, but contemplated some exceptions that may lead to the knowledge of the identity of the donor.The right to know the genetic origins is a fundamental right, necessary for the full construction of the individual, is essential for the guarantee of his personal historicity, for his psychic integrity, for the full development of his personality and respective rights, without this corresponding to the annulment of their state of filiation established by legal links.2018-03-232024-03-21T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://hdl.handle.net/10316/85722https://hdl.handle.net/10316/85722TID:202197654porTrigo, Bruna Alexandra dos Santosinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-05T01:18:16Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/85722Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:07:01.403259Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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