Riscos psicossociais na carreira de Técnico de Emergência Pré-Hospitalar

• Autor(a) principal: Dimas, Nuno Ricardo Mateus
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12207/5877
• topic: Fatores psicossociais; Riscos psicossociais; Serviços de emergência médica; Técnicos de emergência pré-hospitalar; Instituto Nacional de Emergência Médica; Segurança e higiene no trabalho

O corpo de conhecimento sobre os Riscos Psicossociais dos Técnico de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) é marcadamente escasso, não sendo possível identificar nenhum estudo direcionado a esta população profissional. Sendo os TEPH profissionais sujeitos a exigências cognitivas e físicas expressivas no âmbito do exercício da sua atividade no campo da saúde (por exemplo, horário, carga de trabalho, envolvimento emocional, etc.), e existindo já outros estudos com trabalhadores da área constatando que os riscos psicossociais impactam significativamente no bem-estar dos indivíduos, constata-se a pertinência de explorar esta realidade junto dos TEPH, a fim de contribuir para colmatar esta lacuna na literatura e identificar oportunidades de intervenção que melhorem a vida destes profissionais. Face ao referido, realizou-se uma pesquisa exploratória e descritiva, com enfoque quantitativo. Esta foi operacionalizada mediante a aplicação do instrumento Copenhagen Psychosocial Questionnaire (Kristensen & Borg, 2000) a uma amostra aos profissionais TEPH do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e dos meios INEM da Delegação Regional do Sul. Participaram do estudo uma amostra de 165 destes profissionais em exercício de funções, maioritariamente da faixa etária dos 35 aos 45 anos. De uma forma global, os resultados evidenciam a necessidade de analisar e intervir no Ritmo de Trabalho dos TEPH, assim como as Exigências Emocionais associadas ao exercício laboral, nas Exigências Cognitivas, no Apoio Social de Superiores e na Influência no Trabalho, sendo estes os fatores psicossociais de risco identificados nesta população no presente estudo e que devem ser intervencionados ativamente. Identificaram-se ainda 19 fatores psicossociais de risco intermédio que devem ser monitorizados ao longo do tempo a fim de perceber a sua evolução e possível necessidade de intervenção.