Função respiratória: influência do posicionamento em decúbito lateral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Maria dos Anjos Pacheco
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11816/2142
Resumo: O internamento em unidades de cuidados intensivos pressupõe inevitavelmente a alternância de decúbitos. Com frequência é adoptada a variação entre o decúbito dorsal e os semi dorsais, contudo os decúbitos laterais podem ser amplamente potencializados uma vez que permitem maior expansão pulmonar pela libertação completa da grade costal supra lateral. Tornou-se então pertinente a realização de um estudo cujo objectivo geral é conhecer a influência da adopção do decúbito lateral na função respiratória, em doentes sob ventilação invasiva. Tratou-se de um estudo exploratório, descritivo, efectuado com 26 doentes críticos internados numa unidade de cuidados intensivos, e sob ventilação mecânica por um período superior a 24h, entre Fevereiro e Maio de 2012. Foram analisados parâmetros ventilatórios, valores gasométricos e dados de monitorização não invasiva, através do preenchimento de uma grelha, na qual se registaram os valores observados em decúbito dorsal e lateral. Os resultados relativamente aos volumes pulmonares foram positivos dado que sugerem um aumento global na expansão pulmonar: em posição supina os doentes apresentaram média no volume minuto de 9,17, e em decúbito lateral 9,40. Verificaram-se ainda melhorias significativas ao nível da auscultação e da saturação periférica de oxigénio, cuja média em decúbito dorsal foi 96,81 e no decúbito lateral apresentou-se nos 97,19. Contudo, houve uma ligeira involução em termos de trocas gasosas, sendo o valor médio da relação entre a fracção inspirada de oxigénio e a pressão parcial de oxigénio no sangue inferior em decúbito lateral. A adopção do decúbito lateral constitui uma estratégia funcional cuja implementação deve ser avaliada de forma personalizada e de acordo com as exigências respiratórias de cada cliente, sempre considerando que é fundamental prevenir a hipoxemia e garantir estabilidade ventilatória.
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