Exemplo de Monitorização do Solo em Montados/Dehesas num Intervalo de Três Anos: Propriedades Físicas de Camadas Superficiais.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alexandre, Carlos A.
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Bajouco, Rui, Penedos, Cláudia
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/33767
Resumo: A gestão sustentável do solo é um imperativo para todos os sistemas de uso da terra. Comprovar a sustentabilidade de qualquer prática de gestão requer uma avaliação periódica do estado do solo, com base em variáveis selecionadas, e a interpretação dos resultados obtidos relativamente a conjuntos de valores tomados como referência, por exemplo, os valores iniciais antes da implementação de uma medida. Neste estudo avalia-se a resposta do solo à implementação de medidas de adaptação às alterações climáticas em 12 locais de montados/dehesas: sete em Portugal (Alentejo) e cinco em Espanha (Andaluzia e Extremadura). Apresentam-se resultados da monitorização da massa da manta morta (>1 mm) (MM) e da massa volúmica (MV) do solo (0-5 cm) em janeiro-maio/2018 e junho-julho/2021, tomando os primeiros como valores de referência. Para cada local selecionaram-se aleatoriamente 6 a 10 unidades de amostragem (UA), distribuídas igualmente sob a copa das árvores (Q. suber L., Q. rotundifolia Lam. e Q. pyrenaica Willd.) e fora da influência das copas, em clareiras. Em cada UA recolheram-se duas amostras segundo o eixo N-S, a cerca de 1 m do tronco, sob a copa das árvores, e distanciadas 2 m entre si, no caso das clareiras, obtendo-se uma amostra composta para a MM e duas amostras para a MV (cilindros de 100 cm3). A média da MM para os 12 locais registou um aumento significativo de 48,1% relativamente a 2018 (1,06 kg m-2), sendo o aumento de 41,5% nas áreas sob a copa e de 72,7% nas clareiras (respetivamente, 1,71 kg m-2 e 0,44 kg m-2 em 2018). A média da MV também teve um aumento significativo de 4,9% em relação a 2018 (1,23 g cm-3) mas, neste caso, só teve significado estatístico o aumento de 8,1% nas áreas sob a copa, por contraste com o aumento de 1,5% nas clareiras (respetivamente, 1,11 g cm-3 e 1,35 g cm-3 em 2018). O aumento da MM e da MV de 2018 para 2021 justificam interpretações opostas: positiva, a primeira, pela contribuição potencial para a matéria orgânica do solo e negativa, a segunda, pelo aumento da compactação nas áreas sob as copas. No entanto, o curto intervalo de tempo entre as duas amostragens (intervalo ainda mais curto desde a implementação das medidas), a natureza muito localizada da maioria das medidas, bem como o desfasamento das épocas de colheita, devem ser levadas em consideração, justificando-se uma análise mais detalhada e uma interpretação mais cautelosa dos resultados obtidos.
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