Défice de zinco no adolescente
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/31988 |
Resumo: | A deficiência de zinco é considerada um importante problema de malnutrição estimando-se, que cerca de 2 biliões de indivíduos, a nível mundial, possam sofrer desta deficiência. A sua prevalência é maior nos países em vias de desenvolvimento e em determinadas populações de risco, que apresentam necessidades aumentadas de zinco, como as crianças, os adolescentes, as grávidas, as mulheres a amamentar e os idosos. Em particular os adolescentes têm, frequentemente, uma ingestão dietética de zinco incapaz de satisfazer as suas necessidades e, globalmente, entre 60 a 80% dos adolescentes sofrem da deficiência de vários micronutrientes. Dentro destas deficiências, o zinco está em primeiro plano devido ao seu papel vital em várias funções durante o surto de crescimento correspondente à puberdade. Neste contexto foi feita uma revisão bibliográfica atualizada sobre o tema, de modo a clarificar e atualizar conhecimentos sobre o impacto da deficiência de zinco, sobretudo durante a adolescência. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica de artigos originais e revisões sistemáticas publicados entre 2007 e 2015. Os objectivos fundamentais desta revisão foram esclarecer as principais causas e consequências deste défice, doenças associadas à carência de zinco, métodos para avaliar os seus níveis e estratégias de prevenção desta deficiência. A principal causa da deficiência de zinco é a ingesta inadequada deste metal, por falta de aporte ou por dietas ricas em fitatos, os quais inibem a absorção de zinco. São também causa desta deficiência as patologias gastrointestinais que provoquem perdas excessivas ou mal-absorção deste mineral e a nutrição entérica ou parentérica de longa duração, sem a suplementação adequada de zinco. No que toca às manifestações deste défice, no adolescente, destacam-se: distúrbios dermatológicos, alopécia, diarreia, desaceleração de crescimento, atraso no desenvolvimento sexual, disfunção cognitiva, diminuição do paladar e comprometimento na função imunitária. As patologias mais comummente associadas a carência de zinco são as gastrointestinais. O excesso de peso e a obesidade, assim como as perturbações do comportamento alimentar, particularmente a anorexia nervosa, estão também associadas à deficiência de zinco. As principais estratégias de intervenção são a modificação ou diversificação dietética, a suplementação, a fortificação e a bio-fortificação. Atualmente, recomenda-se a inclusão de suplementos de zinco nos esquemas terapêuticos da diarreia em crianças com mais de 6 meses. Com a discussão e revisão do tema espera-se poder contribuir para alertar os profissionais de saúde sobre o interesse do equilíbrio deste oligoelemento e da detecção precoce de uma eventual deficiência. Em suma, é importante que os clínicos sejam capazes de reconhecer os sinais e sintomas clássicos do défice deste oligoelemento, e que tenham em atenção o status de zinco, perante crianças ou adolescentes em risco da deficiência deste metal ou de malnutrição generalizada. |
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Neste contexto foi feita uma revisão bibliográfica atualizada sobre o tema, de modo a clarificar e atualizar conhecimentos sobre o impacto da deficiência de zinco, sobretudo durante a adolescência. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica de artigos originais e revisões sistemáticas publicados entre 2007 e 2015. Os objectivos fundamentais desta revisão foram esclarecer as principais causas e consequências deste défice, doenças associadas à carência de zinco, métodos para avaliar os seus níveis e estratégias de prevenção desta deficiência. A principal causa da deficiência de zinco é a ingesta inadequada deste metal, por falta de aporte ou por dietas ricas em fitatos, os quais inibem a absorção de zinco. São também causa desta deficiência as patologias gastrointestinais que provoquem perdas excessivas ou mal-absorção deste mineral e a nutrição entérica ou parentérica de longa duração, sem a suplementação adequada de zinco. No que toca às manifestações deste défice, no adolescente, destacam-se: distúrbios dermatológicos, alopécia, diarreia, desaceleração de crescimento, atraso no desenvolvimento sexual, disfunção cognitiva, diminuição do paladar e comprometimento na função imunitária. As patologias mais comummente associadas a carência de zinco são as gastrointestinais. O excesso de peso e a obesidade, assim como as perturbações do comportamento alimentar, particularmente a anorexia nervosa, estão também associadas à deficiência de zinco. As principais estratégias de intervenção são a modificação ou diversificação dietética, a suplementação, a fortificação e a bio-fortificação. Atualmente, recomenda-se a inclusão de suplementos de zinco nos esquemas terapêuticos da diarreia em crianças com mais de 6 meses. Com a discussão e revisão do tema espera-se poder contribuir para alertar os profissionais de saúde sobre o interesse do equilíbrio deste oligoelemento e da detecção precoce de uma eventual deficiência. Em suma, é importante que os clínicos sejam capazes de reconhecer os sinais e sintomas clássicos do défice deste oligoelemento, e que tenham em atenção o status de zinco, perante crianças ou adolescentes em risco da deficiência deste metal ou de malnutrição generalizada.Zinc deficiency is considered an important problem of malnutrition worldwide and it is estimated that about 2 billion people may suffer from this deficiency. Its prevalence is higher in developing countries and in certain at-risk populations which have increased needs of zinc, such as children, adolescents, pregnant or breastfeeding women and the elderly. In particular, adolescents often have a dietary intake of zinc unable to meet their needs and, overall, between 60-80% of adolescents may suffer from the deficiency of several micronutrients. Within these deficiencies, zinc is in the foreground due to its vital role in various functions during the growth spurt corresponding to puberty. In this context it was made un updated bibliographic review on the topic, in order to clarify and update knowledge on the impact of zinc deficiency, especially during adolescence. A bibliographic research was preformed considering original articles and systematic reviews published between 2007 and 2015. The fundamental objectives of this review were to explain the main causes and consequences of this deficit, diseases associated with zinc deficiency, methods to assess its levels and strategies to prevent this deficiency. The main cause of zinc deficiency is the inadequate intake of this metal, by lack of suply, or by diets high in phytates, which inhibit zinc absorption. Other causes of this deficiency are gastrointestinal disorders which cause excessive losses or malabsorption of this mineral and long term enteral or parenteral nutrition without adequate zinc supplementation. In regards to the manifestations of this deficit in adolescents, it stands out: dermatological conditions, alopecia, diarrhea, stunting, delayed sexual development, cognitive dysfunction, decreased sense of taste and impairment in immune function. The diseases most commonly associated with zinc deficiency are gastrointestinal disorders. Overweight and obesity, as well as eating disorders, particularly nervous anorexy, are also associated with zinc deficiency. The main intervention strategies are modification or dietary diversification, supplementation, fortification and bio-fortification. Currently, it is recommended the inclusion of zinc supplementation in the treatment regimens of diarrhea in children over 6 months. With the discussion and review of the topic, it is expected to contribute to alert health professionals about the interest of the balance of this trace element and the early detection of a possible deficiency. In short, it is important that clinicians are able to recognize the classic signs and symptoms of the deficit of this trace element, and have in mind the zinc status towards children or adolescents at risk of deficiency of this metal or general malnutrition.2015-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/31988http://hdl.handle.net/10316/31988TID:201627035porMarques, Ana Isabel Piçarrainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:43Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/31988Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:49.434124Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A deficiência de zinco é considerada um importante problema de malnutrição estimando-se, que cerca de 2 biliões de indivíduos, a nível mundial, possam sofrer desta deficiência. A sua prevalência é maior nos países em vias de desenvolvimento e em determinadas populações de risco, que apresentam necessidades aumentadas de zinco, como as crianças, os adolescentes, as grávidas, as mulheres a amamentar e os idosos. Em particular os adolescentes têm, frequentemente, uma ingestão dietética de zinco incapaz de satisfazer as suas necessidades e, globalmente, entre 60 a 80% dos adolescentes sofrem da deficiência de vários micronutrientes. Dentro destas deficiências, o zinco está em primeiro plano devido ao seu papel vital em várias funções durante o surto de crescimento correspondente à puberdade. Neste contexto foi feita uma revisão bibliográfica atualizada sobre o tema, de modo a clarificar e atualizar conhecimentos sobre o impacto da deficiência de zinco, sobretudo durante a adolescência. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica de artigos originais e revisões sistemáticas publicados entre 2007 e 2015. Os objectivos fundamentais desta revisão foram esclarecer as principais causas e consequências deste défice, doenças associadas à carência de zinco, métodos para avaliar os seus níveis e estratégias de prevenção desta deficiência. A principal causa da deficiência de zinco é a ingesta inadequada deste metal, por falta de aporte ou por dietas ricas em fitatos, os quais inibem a absorção de zinco. São também causa desta deficiência as patologias gastrointestinais que provoquem perdas excessivas ou mal-absorção deste mineral e a nutrição entérica ou parentérica de longa duração, sem a suplementação adequada de zinco. No que toca às manifestações deste défice, no adolescente, destacam-se: distúrbios dermatológicos, alopécia, diarreia, desaceleração de crescimento, atraso no desenvolvimento sexual, disfunção cognitiva, diminuição do paladar e comprometimento na função imunitária. As patologias mais comummente associadas a carência de zinco são as gastrointestinais. O excesso de peso e a obesidade, assim como as perturbações do comportamento alimentar, particularmente a anorexia nervosa, estão também associadas à deficiência de zinco. As principais estratégias de intervenção são a modificação ou diversificação dietética, a suplementação, a fortificação e a bio-fortificação. Atualmente, recomenda-se a inclusão de suplementos de zinco nos esquemas terapêuticos da diarreia em crianças com mais de 6 meses. Com a discussão e revisão do tema espera-se poder contribuir para alertar os profissionais de saúde sobre o interesse do equilíbrio deste oligoelemento e da detecção precoce de uma eventual deficiência. Em suma, é importante que os clínicos sejam capazes de reconhecer os sinais e sintomas clássicos do défice deste oligoelemento, e que tenham em atenção o status de zinco, perante crianças ou adolescentes em risco da deficiência deste metal ou de malnutrição generalizada. |
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