Praça de Guerra de Estremoz - a formação (1640-1690)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, António Manuel Castanheira da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/65641
Resumo: Localizada entre Évora e a raia, Estremoz desempenhou desde muito cedo um importante papel estratégico para o reino de Portugal, testemunhado ainda hoje pela sua torre de menagem, estrutura central do castelo medieval. Em meados de Seiscentos, a muralha medieval, que defendia o núcleo primitivo da urbe estava obsoleta face à artilharia moderna e assistia ao extravasar da mancha urbana. Esta espraiava-se por toda a colina, atraída pelas atividades agrícolas e pré-industriais, potenciadas pela abundante água do sopé dessa colina, bem como pelos conventos erigidos nos arrabaldes. Na Guerra da Restauração (1640–1668), com o Alentejo como palco das principais ações, Estremoz vai assumir um papel determinante na estratégia militar, ao defender o itinerário de acesso a Lisboa e apoiar as praças mais avançadas da fronteira, como Elvas, acolhendo desde o início do conflito a vedoria do exército do Alentejo e albergando a partir de 1662 também o respetivo quartel-general. Para cumprir esse desiderato e proteger a povoação, as muralhas medievais foram adaptadas às leis da balística, pelo seu reforço e construção de um sistema de baluartes, complementados por uma segunda linha de fortificação abaluartada mais abrangente, formando uma praça forte de grande dimensão e impacto. O estudo sobre a formação desta estrutura reúne à partida o interesse pela complexidade do seu sistema defensivo, pela grande fábrica de fortificação que necessariamente envolveu em tempos de escassos recursos, ou ainda pelas alterações à urbe que terá obrigado. Acresce a estes fatores o período histórico em que esta formação se processou, que requereu urgência na construção, fomentando a implementação de sistemas defensivos sectoriais ou mesmo de estruturas provisórias. No entanto, foi um ciclo suficientemente longo para permitir alterações nas soluções adotadas.
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