Memórias e construção de narrativas das rádios ocidentais sobre África

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Joanguete, Celestino
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.21814/rlec.2519
Resumo: Três marcos históricos permitem uma reflexão sobre as narrativas das rádios transnacionais em África: a expansão de canais transnacionais em África, depois da II Guerra Mundial e o início da Guerra Fria; a realização da “Conferência dos países não alinhados” em Bandung, 1955, que expressava a vontade de soberania dos países da África e Ásia; o “Fórum de meios de comunicação social e desenvolvimento” (2008) realizado em Uagadugu, Burquina Faso, que manifestava a vontade de “descolonização da informação”. Estes grandes acontecimentos despertaram um certo interesse no campo dos Estudos da Rádio na África. A presente reflexão tem como objetivo analisar as narrativas das rádios ocidentais em África, concentrando-se na revisão histórica do papel da rádio como meio de expansão do imperialismo ocidental. Numa outra perspetiva, a reflexão tenta capturar as últimas tendências de mudanças ideológicas e discursivas das rádios internacionais em África: a internacionalização comparticipada, a promoção de consciência de democracia e o despertar de direitos humanos. A emergência das novas narrativas das rádios africanas, mediadas por web rádios nas plataformas das redes sociais da internet e as suas potencialidades, constituem outros pontos de reflexão. Numa análise desta informação histórica, o estudo optou por uma abordagem de natureza interpretativa da documentação, declarações de conferências e literatura produzida sobre as rádios internacionais em África, naquilo que se aproxima da análise tipológica desenvolvida pelo sociólogo Max Weber sobre os tipos ideais, ou seja, uma hermenêutica de cunho interpretativo e explicativo, na qual se deve compreender textos, ideologias, culturas e períodos históricos como símbolos que devem ser elucidados dentro de seus próprios sistemas de significação. Este modelo de análise extrai do material bibliográfico os elementos típicos e descreve-os com detalhe.
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