A epidemia de tifo em Loriga (1927)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1996 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.7559/gestaoedesenvolvimento.1996.426 |
Resumo: | Antes de entrar no espaço mais envolvente do tema em análise penso não ser despropositado tecer algumas breves considerações sobre mudanças importantes que se foram verificando ao longo dos dois últimos séculos e que tiveram repercussões no modo de encarar a doença - e o doente - no mundo ocidental. Na verdade, a história das doenças funde-se - e confunde-se - na história geral da Humanidade: dos seus medos, das suas crenças, dos seus rituais ... e das vitórias sobre os medos e das ousadias de querer conhecer os segredos do mundo e da vida. História da luta contra a doença e contra a morte ou, utilizando a terminologia de Philippe Aries, "une révolution de la vie et une révolution de la mort" (P. Aries, 1993:304), conflui na história da ciência, a grande libertadora, aquela que, sobretudo desde o século XVIII, vinha prometendo ao homem a resposta a todas as questões e o fim de todas as angústias. O homem emancipava-se e emancipava o universo de qualquer poder exterior a si e, crente nas virtudes do cientismo, pensava estar a assistir ao nascer de um tempo novo, materialização do velho sonho de um paraíso, agora transposto do Céu para a Terra. A ciência traria a riqueza, o domínio sobre a doença, a vitória sobre a morte. |
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