O claustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova de Coimbra. Estudo arquitectónico do sistema hidráulico implementado com a reforma barroca
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/20483 |
Resumo: | Este artigo pretende incidir sobre a história da construção do claustro do Mosteiro de Santa Clara- -a-Nova de Coimbra, em particular na reforma que ocorre a partir de 1737. É sobre a tutela de protagonistas do Ciclo do Aqueduto que esta se opera, reflectindo preocupações não só estilísticas como políticas, inerentes à saúde dos povos. Propomo-nos analisar a história da construção, a tratadística e o estudo da arquitectura da água no claustro, através do desenho e da análise documental. A traça do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova (1648) é da autoria do engenheiro-mor do reino Frei João Turriano. A documentação relativa à obra sugere que é sua a planta universal, que estabelece as principais linhas orientadoras do cenóbio. Será ainda segundo a sua traça que, em 1722, se inicia a construção do claustro. Na sequência da ruína de uma ala, em 1737 é pedida a demolição da abóbada do lado do olival. É sobre a direcção de Custódio Vieira que se inicia a reforma estrutural do piso térreo, alterando definitivamente a sua tipologia original. Custódio Viera e o seu sucessor, Carlos Mardel, para além de alterarem a estrutura, introduzem a arquitectura da água, característica da cultura tratadística com base na política de felicidade dos povos, ligada às correntes do iluminismo (Carreira,2012; pp.3,4). A obra encetada no claustro a partir de Vieira é caracterizada por um conjunto de fontes que compõem o espaço, as quais fazem parte de um complexo sistema hidráulico, o qual deveria concluir-se com a construção do novo Aqueduto de Santa Clara (1789) de Manuel Alves Macomboa. A partir do estudo documental e da elaboração de desenhos do claustro, propõe-se relacionar a tratadística com o sistema construtivo empregue, que resulta num modelo híbrido, onde se conjugam diferentes culturas arquitectónicas. |
id |
RCAP_13ccb7f2646158fd73b389e87646ed18 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:dspace.uevora.pt:10174/20483 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
O claustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova de Coimbra. Estudo arquitectónico do sistema hidráulico implementado com a reforma barrocaClaustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Novatratadística arquitectónicaReforma Barroca do Ciclo do Aqueduto.Este artigo pretende incidir sobre a história da construção do claustro do Mosteiro de Santa Clara- -a-Nova de Coimbra, em particular na reforma que ocorre a partir de 1737. É sobre a tutela de protagonistas do Ciclo do Aqueduto que esta se opera, reflectindo preocupações não só estilísticas como políticas, inerentes à saúde dos povos. Propomo-nos analisar a história da construção, a tratadística e o estudo da arquitectura da água no claustro, através do desenho e da análise documental. A traça do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova (1648) é da autoria do engenheiro-mor do reino Frei João Turriano. A documentação relativa à obra sugere que é sua a planta universal, que estabelece as principais linhas orientadoras do cenóbio. Será ainda segundo a sua traça que, em 1722, se inicia a construção do claustro. Na sequência da ruína de uma ala, em 1737 é pedida a demolição da abóbada do lado do olival. É sobre a direcção de Custódio Vieira que se inicia a reforma estrutural do piso térreo, alterando definitivamente a sua tipologia original. Custódio Viera e o seu sucessor, Carlos Mardel, para além de alterarem a estrutura, introduzem a arquitectura da água, característica da cultura tratadística com base na política de felicidade dos povos, ligada às correntes do iluminismo (Carreira,2012; pp.3,4). A obra encetada no claustro a partir de Vieira é caracterizada por um conjunto de fontes que compõem o espaço, as quais fazem parte de um complexo sistema hidráulico, o qual deveria concluir-se com a construção do novo Aqueduto de Santa Clara (1789) de Manuel Alves Macomboa. A partir do estudo documental e da elaboração de desenhos do claustro, propõe-se relacionar a tratadística com o sistema construtivo empregue, que resulta num modelo híbrido, onde se conjugam diferentes culturas arquitectónicas.Rui Fernandes Póvoas e João Mascarenhas Mateus2017-01-31T13:19:26Z2017-01-312016-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10174/20483http://hdl.handle.net/10174/20483porCHAIApedro.manuel.tavares@sapo.ptssalema@uevora.ptfernandoabpereira@gmail.com739Tavares, PedroSalema, SofiaPereira, Fernando Baptistainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T19:10:21Zoai:dspace.uevora.pt:10174/20483Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:11:55.342318Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
O claustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova de Coimbra. Estudo arquitectónico do sistema hidráulico implementado com a reforma barroca |
title |
O claustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova de Coimbra. Estudo arquitectónico do sistema hidráulico implementado com a reforma barroca |
spellingShingle |
O claustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova de Coimbra. Estudo arquitectónico do sistema hidráulico implementado com a reforma barroca Tavares, Pedro Claustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova tratadística arquitectónica Reforma Barroca do Ciclo do Aqueduto. |
title_short |
O claustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova de Coimbra. Estudo arquitectónico do sistema hidráulico implementado com a reforma barroca |
title_full |
O claustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova de Coimbra. Estudo arquitectónico do sistema hidráulico implementado com a reforma barroca |
title_fullStr |
O claustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova de Coimbra. Estudo arquitectónico do sistema hidráulico implementado com a reforma barroca |
title_full_unstemmed |
O claustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova de Coimbra. Estudo arquitectónico do sistema hidráulico implementado com a reforma barroca |
title_sort |
O claustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova de Coimbra. Estudo arquitectónico do sistema hidráulico implementado com a reforma barroca |
author |
Tavares, Pedro |
author_facet |
Tavares, Pedro Salema, Sofia Pereira, Fernando Baptista |
author_role |
author |
author2 |
Salema, Sofia Pereira, Fernando Baptista |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Tavares, Pedro Salema, Sofia Pereira, Fernando Baptista |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Claustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova tratadística arquitectónica Reforma Barroca do Ciclo do Aqueduto. |
topic |
Claustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova tratadística arquitectónica Reforma Barroca do Ciclo do Aqueduto. |
description |
Este artigo pretende incidir sobre a história da construção do claustro do Mosteiro de Santa Clara- -a-Nova de Coimbra, em particular na reforma que ocorre a partir de 1737. É sobre a tutela de protagonistas do Ciclo do Aqueduto que esta se opera, reflectindo preocupações não só estilísticas como políticas, inerentes à saúde dos povos. Propomo-nos analisar a história da construção, a tratadística e o estudo da arquitectura da água no claustro, através do desenho e da análise documental. A traça do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova (1648) é da autoria do engenheiro-mor do reino Frei João Turriano. A documentação relativa à obra sugere que é sua a planta universal, que estabelece as principais linhas orientadoras do cenóbio. Será ainda segundo a sua traça que, em 1722, se inicia a construção do claustro. Na sequência da ruína de uma ala, em 1737 é pedida a demolição da abóbada do lado do olival. É sobre a direcção de Custódio Vieira que se inicia a reforma estrutural do piso térreo, alterando definitivamente a sua tipologia original. Custódio Viera e o seu sucessor, Carlos Mardel, para além de alterarem a estrutura, introduzem a arquitectura da água, característica da cultura tratadística com base na política de felicidade dos povos, ligada às correntes do iluminismo (Carreira,2012; pp.3,4). A obra encetada no claustro a partir de Vieira é caracterizada por um conjunto de fontes que compõem o espaço, as quais fazem parte de um complexo sistema hidráulico, o qual deveria concluir-se com a construção do novo Aqueduto de Santa Clara (1789) de Manuel Alves Macomboa. A partir do estudo documental e da elaboração de desenhos do claustro, propõe-se relacionar a tratadística com o sistema construtivo empregue, que resulta num modelo híbrido, onde se conjugam diferentes culturas arquitectónicas. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-12-01T00:00:00Z 2017-01-31T13:19:26Z 2017-01-31 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10174/20483 http://hdl.handle.net/10174/20483 |
url |
http://hdl.handle.net/10174/20483 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
CHAIA pedro.manuel.tavares@sapo.pt ssalema@uevora.pt fernandoabpereira@gmail.com 739 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Rui Fernandes Póvoas e João Mascarenhas Mateus |
publisher.none.fl_str_mv |
Rui Fernandes Póvoas e João Mascarenhas Mateus |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136600882413568 |