Púrpura Trombocitopénica Imune: Revisão de 37 Casos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Beatriz
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Ramalho, Helena, Maciel, Idalina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2000.5408
Resumo: Objectivo: Analisar os aspectos clínicos, laboratoriais e terapêuticos dos episódios de púrpura trombocitopénica imune ocorridos no Serviço de Pediatria nos últimos quatro anos. Material e métodos: Os critérios de inclusão foram: idade entre 6 meses e 15 anos, contagem inicial de plaquetas < 150 000/mm3 e exclusão de outras causas de trombocitopenia. A decisão terapêutica baseou-se numa contagem de plaquetas < 20 000/mm3 e/ou presença de hemorragia activa. A amostra foi dividida em 3 grupos consoante a abordagem terapêutica: Grupo I: imunoglobulina G endovenosa; Grupo II: prednisolona oral e Grupo III: vigilância.Foi definida como resposta rápida uma contagem de plaquetas > 50 000/mm3 e resposta parcial uma contagem < 50 000/mm3 ao 3.2-4.° dia de tratamento. Resultados: Foram registados 37 episódios: 13 inaugurais e 24 recidivas. A relação sexo masculino/sexo feminino foi de 1:2,2. A idade média foi de 5,2 ± 2,9 anos. O tempo médio de internamento foi de 5,5 ± 3,7 dias. Nos antecedentes verificou-se história de infecção em 51% dos casos. A clínica foi de púrpura em 89% e hemorragia activa em 51% dos episódios. Não se verificou hemorragia intracraniana. Os Grupos I, II e III incluíram 23, 8 e 6 episódios, respectivamente. A contagem média inicial de plaquetas foi de 7 000/mm3 no Grupo I, 14 000 no Grupo II e 37 000 no Grupo III. Não se verificaram diferenças significativas entre os Grupos, quer na resposta rápida, quer na resposta parcial. Conclusão: No presente estudo não se verificou nenhum caso de hemorragia intracraniana apesar dos valores plaquetários referidos. A resposta terapêutica à imunoglobulina G vs corticoterapia foi sobreponível. A vigilância parece ser uma medida adequada em crianças com plaquetas > 20 000/mm3 e sem hemorragia activa.
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