Alergia ocupacional ao Tetranychus urticae em trabalhadores agrícolas do Norte de Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos,Natacha
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Carolino,Fabrícia, Aguiar,Ana, Plácido,José Luís
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212015000200002
Resumo: Fundamentos: O Tetranychus urticaeé um ácaro fitófago, praga em diversas culturas agrícolas e responsável por sintomas de rinite, asma e urticária. No entanto, a alergia a este ácaro não foi previamente avaliada em Portugal em contexto ocupacional. Objetivo: Avaliar a frequência de sensibilização e de alergia ao T. urticae em diferentes contextos de produção agrícola. Métodos: Foram realizados testes cutâneos por picada (TCP) com aeroalergénios, incluindo ácaros domésticos e T. urticae(Leti®), prova de provocação conjuntival (PPC) com T. urticae (Leti®) e preenchido um inquérito de exposição ocupacional e sintomas alérgicos. Os TCP foram considerados positivos para um diâmetro médio da pápula aos 15 minutos ≥3 mm. A PPC foi realizada em ocultação simples com concentração crescente (0,002 - 0,02 - 0,2 - 2 mg/mL) de extrato de T. urticae com 10 minutos de intervalo. A prova foi considerada positiva na presença de hiperemia conjuntival, edema ou lacrimejo. Resultados: Foram incluídos 41 agricultores, 27 (66%) do sexo masculino, com idade média (DP) de 45 (12,3) anos. Doze trabalhavam em estufas, 6 na produção de vinho verde e 23 em vinho do Douro. Sete (17%) trabalhadores tiveram TCP positivo para T. urticae (78% dos atópicos), 2 dos quais monossensibilizados: 3 trabalhadores de estufa, 0 dos vinhos verdes e 4 do Douro. Três trabalhadores (43% dos sensibilizados) tiveram PPC positiva com T. urticae, todos cossensibilizados a ácaros: 2 trabalhadores de estufa com urticária de contacto com cultura de feijão na primavera/verão e 1 trabalhador do vinho do Douro com rinoconjuntivite ocupacional na primavera. Dos 4 sensibilizados a T. urticae com PPC negativa, 2 eram assintomáticos e 2 tinham rinite sazonal. Conclusões: Foi encontrada uma elevada prevalência de sensibilização e alergia ao T. urticae, sobretudo em trabalhadores de estufas, o que poderá dever-se a uma maior exposição ocupacional neste tipo de produção
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