José Leite de Vasconcelos archeólogo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/31864 |
Resumo: | O texto que aqui se apresenta não é propriamente original. Retoma, praticamente na íntegra, aquele que se publicou em O Arqueólogo Português, série iv, 26, 2008, p. 97-126 (Fabião, 2008). Resultara de uma palestra proferida no Museu Nacional de Arqueologia, a convite do seu diretor, no âmbito das comemorações do 150.º aniversário do nascimento do fundador da instituição. Agora, de novo em plano comemorativo, dos 120 anos do museu que Vasconcelos fundou, hoje Museu Nacional de Arqueologia, novo honroso convite surgiu para que abordasse o mesmo tema. Como se compreenderá, não seria tarefa fácil, nem desejável, realizar algo diferente. Por duas ordens de razões: porque os públicos a que se destina a presente publicação não serão necessariamente os mesmos que se interessam e leem uma revista científica de Arqueologia; porque não faria sentido buscar outro tipo de abordagem distinto do generalista ensaiado no mencionado texto. De resto, afigurava-se-me natural conservar o registo de oralidade da palestra proferida na Assembleia da República, tal como já procurara conservar análogo registo no texto anteriormente publicado. Aligeirou-se o aparato crítico e pretendeu-se conservar, sobretudo, a voz de Vasconcelos, nas diversas citações apresentadas, diretamente saídas da vastíssima obra leiteana.Como então escrevi, José Leite de Vasconcelos foi o mais relevante cientista social português. Contudo, cumpre o ingrato destino de ser, simultaneamente, referência incontornável, autor sempre nomeado, mas efetivamente pouco lido e estudado, na complexa multiplicidade da sua obra — provavelmente, é mesmo essa complexidade que inibe a análise —, ao mesmo tempo «arrumado» no capítulo das referências históricas, não faltando as observações que criticam a sua obra, por ter sido o que foi. Em âmbito comemorativo, Vasconcelos continua a sofrer o efeito de ser encomiasticamente evocado, mas uma vez mais pouco lido e estudado. Sobre o homem e a obra pairam algumas incomodidades e incompreensões que importa analisar e esclarecer. Ao conservar a grafia archeólogo no título deste texto, como já o tinha feito na publicação de 2008, pretendo, por um lado, evocar/homenagear as opções ortográficas do Mestre, distintas de outras, alternativas, que já se desenhavam em finais de Oitocentos, mas também sublinhar o devido contexto em que a obra de José Leite de Vasconcelos deve ser lida e analisada, para que se não espere dela aquilo que não podia ou não queria ser. |
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